Hoje Francisco Louçã teve mais um rasgo de boa imaginação nas suas imagens figuradas para ilustrar a realidade.
Face aos problemas dos países do Sul, o governo de Paços Coelho inibe-se de tomar posição e defender-se junto daqueles com quem partilha os mesmos problemas (Grécia, Irlanda, Espanha e Itálida). Portugal vai beneficiar da contestação dos gregos e da sua dificuldade em cumprir os compromissos com a troica.
Em vez disso prefere fazer a figura de “bom aluno”, ou seja, neste caso, não reagir a nenhuma das imposições de austeridade, de pagamento de juros exagerados, defender o aumento de prazos de pagamento, etc.
Paços Coelho prefere fazer de morto e esperar que os problemas se resolvam sem ele ter de lutar.
Mais ou menos é como no desembarque da Normandia alguns soldados fazerem de mortos para não chamarem a atenção dos alemães. Individualmente esta estratégia pode aumentar ligeiramente a probabilidade de sobreviver, mas essa salvação será à custa de outros que lutam.
Imagine-se então que todos os soldados que desembarcavam tinham a mesma ideia e todos se deitavam na praia sem dar um tiro, à espera que os alemães tivessem pena deles e lhes poupassem as vidas. Poderiam morrer todos sem causar a mínima baixa aos alemães, ou então os alemães poderiam descer à praia, prender todos e enviá-los como escravos para um campo de concentração onde morreriam de fome. É esta a opção de Paços Coelho – a salvação através da cobardia e da submissão. É um coelho! Está tudo dito.