Um piloto de avião vai fazer um voo de Lisboa para os Açores.
No aeroporto da Portela vai ao departamento de plano de voos e pede os mapas mais atualizado para as rotas do Atlântico.
O comandante pede aos serviços de meteorologia as condições de tempo, consulta os controladores de tráfico e faz os seus cálculos num programa Excel.
A previsão são duas horas e meia de voo, manda encher os depósitos com 10 ton de combustível que dão para a viagem e para os destinos de recurso.
O avião levanta voo e logo após uma hora de voo o comandante avisa que afinal vão levar 3 horas de voo até ao destino. Às duas horas de voo o comandante diz que o combustível está a ser gasto mais depressa do que o esperado porque recebeu informações erradas quanto à velocidade do vento contrário, mas que vai corrigir o problema pedindo aos passageiros para atirarem as malas pela porta fora. Quando chegam às 3 horas de voo ainda não chegam ao destino e alguns passageiros começam a perguntar às hospedeiras se o comandante é competente para a tarefa. As “moças” dizem que o comandante tem experiência de programas de voo em computador mas que tudo vai correr bem. O comandante diz ao microfone que o mapa tinha um ligeiro erro e que já não aterrar em Ponta Delgada mas sim na Terceira.
Até ao momento em que escrevo esta história ainda não se sabe se o avião vai conseguir aterrar em segurança ou não.
Estão assustados?
Então, nesta história substituam “comandante” por “ministro das finanças”, “avião” por “economia portuguesa” e “Açores” por “objetivos da Troika”.
Agora passaram de “assustados” a “estado de pânico”. Também eu.