Segundo o texto bíblico, quando Jesus foi acusado pelos sacerdotes judeus perante Pôncio Pilatos, o governador da Judeia, depois de interrogá-lo, não encontrou motivos para sua condenação. Mas como o populacho, presente ao julgamento, vociferava contra o prisioneiro exigindo a sua crucificação, Pilatos mandou flagelá-lo e depois exibi-lo, ensanguentado, acreditando que a multidão se comoveria (um episódio conhecido como Ecce homo), mas tal não aconteceu. A população continuava a querer "justiça".
Pressionado, o governador Pilatos tentou um último recurso: mandou trazer um condenado à morte, tido como ladrão e assassino, chamado Barrabás, e, valendo-se de uma (suposta) tradição judaica, concedeu ao povo o direito de escolher qual dos dois acusados deveria ser solto e o outro crucificado.
Então, o povo manifestou-se democraticamente pela libertação de Barrabás.
Não saem bem desta história, nem a democracia, nem a justiça, nem a religião, nem os judeus.
A democracia tem destas coisas. Não serve se os povos não prestam, mas ainda não apareceu uma solução melhor que seja absolutamente garantida e justa.
Então, pensando nisto:
Não é certo que a democracia possa transformar os políticos em ladrões, mas o voto pode transformar um ladrão em político.
VOTEM BEM
Nota: Também a justiça não presta quando os juízes não prestam, assim como a religião não presta quando os religiosos são fanáticos ou a democracia não serve quando os povos são incultos e imbecis.