O governo e muitos dos seus apoiantes e consultores opinam que o governo não faz melhor porque não tem dinheiro.
Mais do que não ter dinheiro para pagar aos funcionários públicos da educação, saúde, segurança, formação e desemvolvimento industrial, e imaginação para os fazer trabalhar melhor e serem mais úteis à sociedade, acha que não fazem nada e que devem ser dispensados o maior número possível e o mais depressa possível.
Esta lógica, certa ou errada, teria de ser pelo menos consequente.
1 - O governo teve então a brilhante ideia de obrigar os funcionários (... os que eles dizem que não fazem nada ...) a trabalhar mais 5 horas por semana, com a justificação de fazer aumentar a produtividade e poupar ao Estado milhões de Euros por ano.
Para quem não faz nada em 7 horas de trabalho num dia, deixá-lo no emprego 8 horas vai aumentar a sua produtividade, só na lógica da batata.
2 - Tal como os transportes públicos. Davam prejuízo, portanto aumentaram os passes e os bilhetes, o que deu como resultado uma diminuição de milhões de bilhetes a menos no Metro e nos comboios e autocarros, fazendo as empresas perderem mais dinheiro. Lógica da batata.
Resultado final
Agora juntando as duas lógicas da batata, os funcionários levantam-se mais cedo - todos à mesma hora - para ir para ao emprego fazer mais uma hora e regressam mais ou menos à mesma hora, usando os seus velhos carrinhos.
Filas infernais nos acessos às cidades, com gastos de combustível importado, peças para reparações de carros velhos importadas, cansaço das pessoas, perdas de tempo inúteis.
Transportes públicos vazios