O governo fez uma grande alarido que os funcionários públicos trabalhavam menos horas do que os do privado. Toda a gente acreditou.
Então passaram as 35 horas semanais para 40 horas.
Mas esqueceram-se de um detalhe. Durante a hora de almoço, se um funcionário picar o ponto com um intervalo de 20 ou 30 minutos, conta sempre como uma hora. Ou seja, se uma pessoa comer uma refeição ligeira, como acontece nos refeitórios e pequenos bares nos serviços públicos, voltando de imediato para os gabinetes, acabam por trabalhar mais 30 a 40 minutos por dia que não contam para nada.
Entretanto a comunicação social, que não se informa convenientemente dos assuntos, ajuda à festa " ... é preciso aumentar a produtividade..., blá, blá, blá".
O problema como sempre é tomar-se uma parte pelo todo, neste caso o todo por uma parte, ou seja, por alguns funcionários serem oportunistas e viciarem as regras de horas, ficando a conversar nos cafés, pagam os que são leais e dedicados.
Tanto falam nos bons exemplos do estrangeiro. Na Holanda a hora de almoço é encurtada a meia hora e fazem todo o tempo de seguida, saindo a meio da tarde.
Aqui, se uma pessoa, para fugir ao trânsito infernal, chegar ao trabalho antes das 8 horas da manhã o tempo de trabalho só começa a contar a partir das 8 horas.
Conclusão
Em vez de se castigaram os infractores castigam-se os cumpridores.