O antigo presidente do BPN, Miguel Cadilhe, discordou da nacionalização do banco e chegou a apelidar a opção tomada pelo Governo de «política». «O Governo quis, preferiu e escolheu nacionalizar o banco. Não vislumbramos os reais motivos de tal acto», afirmou o responsável numa conferência de imprensa esta noite, nas instalações do BPN em Lisboa. Sendo o responsável, a opção foi «a mais radical». Em tom crítico, Miguel Cadilhe sublinhou igualmente que havia outras opções para a instituição e diz mesmo que em causa está uma «falha de Estado». «É evidente que nenhum accionista queria injectar capital a 31 de Outubro para ver o Governo a nacionalizá-lo a 1 de Novembro», disse ainda no mesmo encontro.
Voltar um pouco atrás no tempo ajuda a compreender algumas coisas. Reparem no olhar do senhor?
Notícia de Junho de 2008, no Diário de Notícias:
Em Outubro Cadilhe teve mais uma ideia luminosa. Propôs que o governo entrasse com um aumento de capital de 600 milhões de Euros, mas ficasse sem direito a voto correspondente a essas acções.
Era o que faltava.
Para despedida e boa recordação, Cadilhe levou para casa 10 milhões de Euros, por 6 meses de trabalho no banco.
Agora sabe-se que Arlindo de Carvalho, ministro da saúde de Cavaco Silva foi constituído arguído neste precesso BPN (16 Julho 2009).
Já são muitas coincidências. Ainda há quem tenha dúvidas que o BPN era o
Banco Nacional do Cavaquismo - BNC?