Porque é que em democracia, sobre assuntos que têm implicação na nossa vida diária, toma-se como razão a escolha baseada no maior número de pessoas a pensar dessa maneira. Nada garante que a terra gire à volta da lua só porque um maior número de pessoas pense que isso acontece assim. Aliás, pela lei das probabilidades, as ideias novas e boas são conhecidas por menos gente do que as ideias antigas. Portanto, se a verdade fosse sempre a da maioria, o conhecimento não avançava. Os génios e pessoas excepcionalmente inteligentes são sempre um acaso raro.
Então estamos num sistema viciado! E estamos realmente. O pior é que em política não se encontrou ainda um sistema melhor. Melhor seria certamente a ditadura de um iluminado. Mas quem é que escolhe a decide quem é o iluminado? Nada a fazer portanto.
Parece então que o melhor é dar cultura às pessoas para que melhor façam as suas escolhas e seja então a maioria a tomar as melhores decisões.
Mas também esta linda teoria falhou em Portugal.
No Concelho onde há mais licenciados e "gente culta" em Portugal - Concelho de Oeiras, o povo escolheu para seu governante local (Isaltino Morais), um condenado por fraude e enriquecimento ilícito (tudo bem provado), enquanto que em Felgueiras uma população maioritariamente com pouco mais do que a quarta classe, expulsou uma dirigente (Fátima Felgueiras), com evidentes suspeitas de comportamentos reprováveis.
Responda quem souber! Eu cá estou para tentar perceber o que está mal neste sistema.