Transcrevo o que outros afirmaram:
" Mas qual o problema dos transgénicos? Primeiro, não podemos esquecer que quem desenvolve os estudos sobre a segurança destes produtos não é a Agencia Europeia para a Segurança Alimentar mas sim as próprias empresas que estão interessadas na sua comercialização. Segundo, existem indícios fortes decorrentes de estudos desenvolvidos que revelam problemas de saúde decorrentes do consumo de transgénicos. Terceiro, as plantas geneticamente modificadas para, elas próprias, produzirem o pesticida que irá combater as pragas estão a provocar uma pressão selectiva fazendo aparecer insectos e outras pragas resistentes".
Autor:
Hélder Spínola *
* Presidente da Direcção Nacional da Quercus
Conclusão (minha): - Pelo menos deve discutir-se o assunto.
Não basta afirmar-se que não está provado fazer mal à saúde, pois também não está provado não fazer mal.
Para pensar: Nos anos 20 do século passado, alguns cientistas afirmaram que o aditivo da gasolina contendo chumbo (tetra-etilo de chumbo), era prejudicial à saúde. Sabia-se já nessa altura que a mistura de álcool à gasolina diminuía o poder detonante, melhorando a gasolina sem inconvenientes ambientais. No entanto, os fabricantes de automóveis e as refinarias fizeram estudos que demonstravam que o chumbo adicionado à gasolina não fazia mal. Havia um grande interesse na utilização do chumbo, porque era uma solução mais económica do que o álcool. Ninguém conseguiu contrariar a frase já nossa conhecida: - "Não está provado que faça mal à saúde".
Durante quarenta anos as boas características de funcionamento à gasolina foram à custa da saúde e vidas de humanos, de animais e de plantas. Só por volta dos anos 80 do século vinte a gasolina com chumbo veio a ser globalmente proibida, depois de se se provar sem qualquer dúvida que o chumbo provocava imbecilidade mental e mesmo a morte.
Só espero que a história não se repita, e que daqui a uns anos não se venham a provar graves inconvenientes para os "milagrosos" transgénicos.
A partir de meados da década de oitenta do século passado (mais concretamente entre 1986 e 1995) a indústria da madeira em Portugal viveu um dos melhores períodos da sua história. A vinda dos deslocados das colónias africanas (mais de 600 000 pessoas), a entrada da Comunidade Europeia, as privatizações e o fim da “revolução” – estabilização do regime, vieram trazer um período de expansão económica de um razoável aumento do poder de compra, que permitiu que muitos portugueses comprassem novas casas e as tivessem de mobilar. A 12 de Junho de 1985, realizou-se a cerimónia da assinatura da Acta Final da adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia, com envio de muitos fundos europeus para preparar a nossa integração e consolidar a coesão europeia (e enriquecer indevidamente alguns oportunistas).
A indústria da construção civil, da carpintaria e do mobiliário não tinham mãos a medir. Havia trabalho para todos, para os que sabiam trabalhar e para os curiosos. Na região do vale do rio Sousa (Paredes, Paços de Ferreira, Gondomar), havia indústrias instaladas em quintais, em vivendas, em simples garagens, e não era raro ver-se ocuparem a via pública para obras de pintura e acabamento de móveis.
Para alguns, neste período, o dinheiro não custava a ganhar. Nas duas fotos que se seguem vê-se como eram mal armazenadas as madeiras, supostamente para secar ao ar.
Estas madeiras, em vez de secarem, estavam a estragar-se. Por ano, cerca de 10% da madeira ficaria sem possibilidade de boa utilização. Ora um stock normal para uma empresa média pode ser de 1200 m3, que a um preço médio de 300 Euros o metro cúbico, dava um empate de capital de pouco mais ou memos 360 000 Euros. A perda de dinheiro por ano seria então calculada em cerca de 36 000 Euros (o preço de um automóvel de alta gama). Na altura, muitos industriais compravam muito mais madeira do a que precisavam, na esperança da grande inflação dos preços das matérias-primas lhe virem a dar grandes lucros especulativos.
No entanto, ainda em 2007, foi possível encontrar na mesma região, pelo menos um industrial “rico”, que se dá ainda ao luxo de estragar madeira. Veja-se a foto seguinte.
Para não mostrar apenas os maus exemplos, fica para terminar, a foto de um empilhamento para secagem ar ar, de alguém mais cuidadoso, ou “menos rico”, que não se dá ao luxo de deitar fora, todos os anos, o equivalente ao preço de um automóvel de alta gama.
Em férias é tempo para um pouco de humor.
Piada muito antiga, mas que demonstra o poder da imaginação do oportunismo, chico-espertismo português.
A mulher de um agricultor que se encontra preso, escreve para o marido a dizer que não sabia nada de agricultura portanto pedia ajuda para saber quando é que deveria plantar as batatas.
O agricultor preso, responde também por carta, dizendo para a mulher não plantar ainda as batatas porque tem umas coisas enterradas no quintal que não podiam ser vistas.
Passados uns dias o agricultor preso recebeu uma carta da mulher dizendo que tinham estado lá em casa os militares da GNR e que tinham cavado o quintal de uma ponta à outra. O que é que aquilo significava?
O agricultor apressa-se então a responder à mulher apenas com esta mensagem: - "Oh mulher, agora que o terreno está todo cavado é que é boa altura para plantar as batatas."
Nota final (pergunta para pensar nas férias): - Não é Portugal o país dos Berardos?