Uma árvore é constituída em cerca de 50 % da sua massa seca por carbono. Este carbono constituinte da madeira é obtido na sua quase totalidade do ar da atmosfera, através da bem conhecida função clorofilina que se dá durante o dia, enquanto há radiação luminosa solar. Ao absorver o carbono a partir do dióxido de carbono do ar liberta oxigénio. À noite a árvore respira consumindo um pouco de oxigénio, mas muito menos do que aquele que absorveu.
Assim, as árvores e a floresta funcionam como sumidouro de carbono, compensando os gases libertados pela actividade humana - CO2 resultante da queima de combustíveis.
Embora haja gases com um potencial de efeito de aquecimento global muito mais acentuado do que o dióxido de carbono (metano, óxido de azoto e compostos halogenados ) é, pela sua muito maior quantidade libertada, o CO2 que mais contribui para a alteração do clima.
Por razões de protecção das florestas e do clima foram criadas regras para limitar o abate excessivo de árvores, assegurando que a madeira consumida é reposta na floresta através da replantação de novas árvores. Também se pretende preservar a biodiversidade, que tem vantagens a nível de controlo de doenças, riqueza patrimonial da vida, etc.
Os dois sistemas de certificação mais conhecidos a nível Mundial são os que se apresentam seguidamente.
Quem quiser saber mais sobre estes assuntos basta procurar a abundante informação detalhada na internet.
Vamos aos centros comerciais comprar fruta e legumes e o que encontramos são na sua maioria produtos importados, possivelmente do outro lado do planeta, da Nova Zelândia, da Argentina ou do Chile. É assim porque as grandes superfícies preferem comprar em grandes quantidades e produtos com bonito aspecto para comercializar. Para isto são geneticamente manipulados, levam doses maciças de fertilizantes e pesticidas, são apanhados verdes e conservados por longos períodos em atmosferas controladas. Quanto a paladar e qualidade é outra conversa. Por exemplo, no caso das maçãs, a maioria das importadas são muito bonitas e grandes, mas também na sua maioria não têm paladar, não são doces nem amargas, não têm bicho, pouco ou nenhum sumo, numa palavra, o que chamamos “farinhentas”. Metade das que compramos vai para o balde do lixo.
As maçãs nacionais de pequenos produtores, ou das quintas dos nossos amigos, são frutos pequenos, alguns com deformações e uns poucos com picadelas de bicho, mas muito doces e com sabor bem característico, umas um pouco mais ácidas umas e outras um pouco mais adocicadas. Esta fruta não se consegue comprar nos supermercados, muito embora seja fruta boa, de confiança para a saúde, e muito mais barata.
É a globalização no seu pior. Transportar alimentos do outro lado do Mundo, para serem consumidos fora da época de produção normal no local de destino, e conservados artificialmente (quer com químicos, quer gastando doses de electricidade), tem impactes ambientais enormes.
É um erro não utilizar para alimento os recursos da nossa proximidade. É um erro não darmos preferência por comer uvas na época das uvas, cerejas na época das cerejas e laranjas na época das laranjas, comer sardinhas no tempo das sardinhas, etc.:
- Era melhor para a economia do nosso país;
- Era melhor para a nossa saúde;
- Era melhor para os nossos agricultores;
- Era melhor para o ambiente;
- Era mais barato para os consumidores;
- Era melhor para a nossa felicidade intelectual;
- Só era pior para os grandes proprietários de supermercados
e importadores.
Porquê persistir em erros tão grosseiros? Nalguns países já se começa a dar verdadeiro valor aos mercados de rua com produtos locais.
Tem de haver uma profunda reflexão sobra as actuais regras e comportamentos da nossa sociedade.
Prefira produtos locais e nacionais. Seja bom para si mesmo!