Jornal Sol - o jornal mais rigoroso e científico do Mundo. Mede as notícias ao minuto.
Transcrição de parte da notícia de capa:
“Segundo uma pesquisa feita pelo SOL, as primeiras notícias sobre a suspensão do programa de Moura Guedes só surgiram depois das 13h daquele dia 3 de Setembro, …
Na SIC, a informação surgiu às 13h11 …, "etc. …
Armando Vara soube por um amigo às 12h25 …" , etc, etc.
Para Sócrates poder ser informado por Vara antes de alguém ter ouvido na televisão e lhe ter contado de imediato, o SMS recebido de Vara teria de ter sido enviado entre as 12h25 e as 13h00 ou 13h11 (na SIC), entre 35 e 46 minutos. A partir daqui, os argumentos de que Sócrates mentiu à pergunta da comissão de inquérito deixam de ter sentido. Mas ainda há uma coisa a ter em conta (que o Jornal Sol não esclarece). Sócrates viajava de avião a essa hora e dentro dos aviões os telemóveis estão desligados. Sabemos a que hora o SMS foi enviado, mas a que horas é que a mensagem foi recebida por Sócrates? Isto não sabemos, Felícia Cabrita não diz, nem lhe interessa dizer, porque a história de intriga deixava de ser história. Jornalismo de sarjeta.
Dão uma importância ao nível da estabilidade de um país, levam meses e passam dias a discutir e a confabular notícias, por uma dúvida do que se passou num espaço de tempo de 35 a 46 minutos, para explicar um assunto sem o menor interesse para os portugueses – a presença na televisão de uma senhora que diz ser jornalista.
Só houve uma pessoa que soube da notícia de Moura Guedes pelos jornais e foi Manuela Ferreira Leite (verdade?).
Por estas e por outras é que os jornalistas do Sol José António Saraiva, Ana Paula Azevedo e Felícia Cabrita poderão ter de pagar mais de 25 000 Euros de multas por cada desobediência aos tribunais, por publicação de processos em segredo de justiça e violação de providências cautelares.
Pela lógica da Felícia Cabrita, pode-se desobedecer aos tribunais, desde que os fins sejam bons. Não se pode calar a verdade, afirma. Até parece que a justiça são os jornais e os juízes são ela e os seus colegas. Isto seria um estado de direito?
Mas, para o país isto é muito importante, dizem muitos. A minha resposta é: muuuuiiitíííssiimmo immpoorrttaante! (para quem não tem mais nada que fazer).
http://dn.sapo.pt/especiais/interior.aspx?content_id=1504552&especial=Face%20Oculta&seccao=ECONOMIA
http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=36905
Os sistemas de organização da sociedade têm evoluído ao longo dos tempos, desde as cavernas, ou antes das cavernas, nas árvores, quiçá antes das árvores na praia, depois de sair do mar.
Primeiro, deveria haver um chefe de grupo e depois de tribo. Mais tarde com as tribos maiores vieram os reis – o primeiro grande sistema organizado – Monarquia. Quando a monarquia falhava aparecia por vezes a Anarquia. Os gregos experimentaram a Democracia, mas acabou por ser derrotada pelo Imperialismo dos grandes líderes de várias nações e povos. A monarquia foi sobrevivendo, evoluindo para as monarquias constitucionais, em que havia escolha democrática para os governos, mas não para o Rei. A República manteve a democracia mandando o rei às ortigas. O Comunismo veio na tentativa de se atingir um estado mais evoluído e responsável da relação entre os humanos, baseado na partilha responsável, mas falhou porque as pessoas não eram o que se esperava, ou ainda não estão preparadas para este sistema.
As democracias acabaram por ser aprisionadas pelos partidos e pelos grupos de pressão, entre os quais o mais poderoso – a comunicação social.
A democracia parece ser o menos imperfeito dos sistemas porque supostamente teria a capacidade de se renovar e se escolher para governar os povos, os elementos mais bem preparados e competentes. No entanto nada garante que as maiorias ao votarem façam realmente as melhores escolhas.
Presentemente em Portugal os órgãos eleitos são permanentemente contestados e pressionados pela comunicação social e pelos comentadores de serviço. O que dá audiências e desperta simpatias nunca são as opiniões dos governos, mas sim as das vozes críticas dos governos. Porquê? Porque quem está de fora pode dar “palpites”, que não sendo realizados ficam sempre como sendo a solução perfeita. Quem ouve as televisões e lê os jornais fica com a impressão que os governos estão sempre enganados e tentam prejudicar o país. Os comentadores têm sempre solução para tudo. Ideias tão simples e evidentes que até parece incrível como só os governantes não percebem.
Conclusão
O melhor sistema político para a sociedade portuguesa deverá ser, o que eu passarei a chamar a Palpitocracia. O governo formado pelos que dão palpites. Seria um governo em que todos os ministros teriam todas as pastas ao mesmo tempo, uma vez que os “palpiteiros” sabem de todos os assuntos.
Mas teríamos bons candidatos para o governo da Palpitocracia? Claro que sim!
Entre os ministros deste revolucionário sistema teríamos já garantidos os seguintes nomes:
Marcelo Rebelo de Sousa
Medina Carreira
Campos e Cunha
Pacheco Pereira
Bagão Félix
Paulo Rangel
Belmiro de Azevedo
Filipe Menezes
Santana Lopes
Manuela Moura Guedes
Sousa Tavares
Como Secretários de Estado, porque não aproveitar outros “palpiteiros”, os entrevistados frequentes de Mário Crespo: José Luís Arnaut, Ângelo Correia, Mota Pinto, etc., e ainda para os serviços de justiça e segurança os jornalistas do Sol – Felícia Cabrita e José António Saraiva.
Porque não experimentar?
Talvez um governo formado por estes iluminados “palpiteiros” salvasse Portugal.
Pelo menos não se gastava dinheiro em eleições cada vez mais inúteis.
Nota: Palpite - opinião ou sugestão, podendo ou não fundamentar-se técnica ou profissionalmente; pressentimento. (Típicamente usado pelos treinadores de bancada).
Carvalho da Silva deu uma grande lição de matemática na televisão. A matemática dele.
O IVA para os produtos de primeira necessidade subiu de 5% para 6%.
Segundo Carvalho da Silva a subida do IVA foi de 20% e não de 1 % como disse o Primeiro-ministro e aparece nas capas dos jornais. E é verdade, quando 5 passa para 6 este aumento é de 20%. Brilhante raciocínio.
Com uma verdade matemática, o que Carvalho poderá estar a fazer é uma manipulação na opinião pública. Seja, fazer crer que os produtos de primeira necessidade aumentam mais do que foi dito pelo governo.
Um exemplo:
Quando o IVA passa de 5% para 6%, na realidade um café de 0,50€ vai aumentar para 0,5047€ e não para 0,60€.
Talvez alguns comerciantes também sejam tentados por esta matemática e digam aos clientes que têm de aumentar o preço do café de 0,50€ para 0,60€ por causa do IVA.
Obrigado Carvalho da Silva por contribuir para aumentar a inflação.
A família Cavaco Silva recebe o Papa na sua residência Real.
Foi preciso ficar na fotografia com toda a família. Só faltou o gato.
Que grande felicidade!
Uma das grandes qualidades que Cavaco viu no Papa, foi este ter conseguido dizer o nome dos netos. Nunca pensei que o Sr. Cavaco tivesse o Papa em tão baixa consideração e expectativa. Talvez Cavaco pensasse que o Papa era mesmo um pateta imbecil e surdo.
Conversa entre a família Cavaco e o Papa, contada pelo próprio Cavaco: "A Mariana. - Ai a Mariana. O Afonso. - À o Afonso". Achei ridículo e parolo.
Esta cena só se compara com a da D. Maria em Praga , a pedir a carteira ao marido para tirar umas moedinhas para dar aos músicos da ponte de S. Carlos.
Conclusões
A família Cavaco é coerente numa coisa – não usam preservativos.
A Campanha eleitoral de Cavaco começou em força.
Uma das discussões mais antigas da humanidade é sobre a existência de um Deus ou de vários Deuses. Há ou não há? É como nos dizem os religiosos? O problema é que há muitas religiões e todas dizem coisas muito diferentes. Também ao longo da história e todas as civilizações sempre houve a crença em algo superior ao próprio homem e sobre ele tem todos os poderes e decisão. A humanidade tem milhões de anos, embora só haja memória de há cerca de 10 000 anos atrás, as civilizações egípcia e chinesa entre outras deixaram claros sinais de crenças religiosas. Porque razão a verdade que a civilização ocidental tenta impor como única e definitiva – o cristianismo, tem de ser mais verdadeira do que das religiões dos habitantes das ilhas do pacífico ou dos feiticeiros de África?
Acreditar num Deus parece ser uma necessidade, uma inevitabilidade, muito mais do que uma invenção temporal por alguma vantagem de um grupo social. Uma invenção ou uma moda não pode ser, porque é demasiado constante no tempo e por todos os povos e civilizações conhecidas. Tem de haver portanto outras explicações.
Numa coisa todos estão de acordo e é o facto de atribuírem aos seus Deuses a sua própria criação, a protecção, o destino, a decisão do bem e do mal, que sabe tudo, e a quem nós não podemos compreender nem comandar.
Então pensem no que são os nossos pais enquanto somos bebés e crianças até aos 3 ou quatro anos. Com excepção de alguns pais, chamados “desnaturados”, todos os outros são realmente como um Deus para os seus filhos. Dão-lhes origem, alimentam-nos, protegem e orientam durante 24 horas por dia, tomam todas as decisões, sabem tudo, mas a própria criança, embora reconhecendo-os, nada compreende sobre eles.
Assim sendo, temos bem gravado no nosso cérebro que há qualquer coisa que é muito superior a nós e a quem temos de recorrer nas situações mais difíceis, incluindo a protecção da vida, mesmo com próprio sacrifício deles próprios.
Afinal há mesmo grandes semelhanças do que dizem ser um Deus e o que são os pais relativamente aos seus bebés e crianças pequenas.
Era realmente bom que pudéssemos continuar ao longo da nossa vida como jovens e adultos poder continuar a sentir a protecção de alguma coisa parecida com os nossos pais – os nossos Deuses particulares. Quem trabalhasse por nós para nos alimentar, que nos aconselhasse sobre o que é melhor em cada momento, que nos protegesse e compensasse das coisas boas que fazemos e ainda que nos perdoasse nas asneiras que cometemos.
Só que o Mundo é como é e não como nós queremos ou imaginamos, portanto penso que muita gente consegue “remediar” esta necessidade de uma coisa superior a eles próprios, com a fé num Deus que na realidade pouco ou nada se manifesta em situações concretas. Restou ao homem encontrar os religiosos profissionais, os padres, bispos, pastores, curandeiros, feiticeiros, bruxos, talibans, etc., até às mais altas hierarquias como Papa, o Dalai Lama, os Ayatolas, etc., para representarem na terra o seu Deus.
Veja-se então os milhões de pessoas que vão ver o Papa.
O Papa é um homem, mas representa para muitíssima gente muito mais do que realmente ele próprio é e vale.
Conclusões
Deus não se sabe se existe ou não mas é bom. Existiu pelo menos numa certa altura da nossa vida.
Os Deuses que as religiões nos “vendem” não existe com toda a certeza!
A pior pergunta que se pode fazer a um religioso é: Uma pessoa não acredita em Deus mas é uma pessoa boa e ajuda sempre que pode o seu semelhante. Por outro lado, há outra pessoa com fé, que vai à igreja e cumpre todas as regras da sua religião, mesmo fazendo mal a outros que não são da sua fé, pedindo o devido perdão ao seu Deus. Qual destas duas pessoas um Deus justo premeia por melhor comportamento? Claro que nenhum religioso responderá que é a pessoa sem fé, porque já o facto de não ir à igreja e não acreditar nos pastores já é crime suficientemente grave para merecer todos os castigos.
As religiões dependem dos seus representantes. Grande parte dos religiosos são gente bem intensionada e boa, mas é bom desconfiarmos de alguns deles.
Capa do Sol em 7 de Maio de 2010
Minha previsão de capa do Sol, feita em 18 Março de 2010.
O jornal Sol revela uma falta de imaginação jornalística sem precedentes na história escrita.
Este jornal é tão previsível no tema das notícias que não se vê grande futuro financeiro. Não serão certamente com alguns inimigos do partido socialista, que ficam felizes com todas as notícias que contribuam para a degradação da imagem de Sócrates, que o jornal vai sair da crise de vendas.
Estive em Inglaterra e por lá este tipo de jornalismo é muito comum. Li uma notícia cujo resumo é mais ou menos este: - Um jornal consegue destruir a imagem e o carácter de qualquer pessoa de que não goste. A insistência em doses continuadas de informações negativas, da vida privada de alguém, de supostas infidelidades, etc., mesmo que nunca confirmadas, vai criando no subconsciente dos leitores uma ideia, que ao fim de algum tempo parece já vir do sentimento da própria pessoa, que cada vez se torna mais convencida da veracidade das coisas que foi ouvindo. O s ingleses diziam mesmo que isto só não aconteceria numa população muito bem esclarecida, culta e com apurado espírito crítico. No fundo é a versão do velho ditado popular, ou teoria portuguesa, de que “Uma mentira, ao fim de muito repetida, acaba por se tornar em verdade”.
Ora os jornalistas do Sol, principalmente José António Saraiva e Felícia Cabrita e J. A. Lima, têm um problema de fixação em Sócrates. Eu acho até que já se está a tornar em obsessão doentia, pelo que recomendo vivamente que pensem em consultar um psicólogo. Elas não devem dormir uma única noite sem sonhar em novas ideias e capas de notícias para falar mal de Sócrates. Até não notícias se tornam em notícias. Só que o rasgo de inteligência e imaginação é fraco e as coisas já se tornam muito previsíveis.
O que pode acontecer é que, de tanto dizerem que vem aí o lobo, quando o lobo realmente aparece já ninguém acredita. Cada notícia no jornal Sol a falar negativamente de Sócrates tem sérias possibilidades de estimular a sua defesa e tolerância dos portugueses para as “supostas” fragilidades.
Ouvimos todos falar de julgamentos da inquisição, interrogatórios da GESTAPO e da PIDE, mas não fazemos ideia concreta do que sejam. Alguns filmes e leitura de livros dão-nos a ideia do que seria o interrogador insistir continuamente até o suspeito ter de dizer o que os outros queriam ouvir, fosse verdade ou fosse mentira.
Tenho assistido com alguma frequência na televisão, às sessões da comissão de inquérito à tentativa de compra da TVI / Média Capital pela PT. O “interrogatório” a Henrique Granadeiro no dia 30 de Abril de 2010 foi particularmente representativo do que é todo aquele mau espectáculo.
Os inquisidores João Semedo do BE, João Oliveira do PCP, Cecília Meireles do CDS e Pacheco Pereira do PSD fizeram–me lembrar o que seriam os julgamentos da PIDE. Henrique Granadeiro foi particularmente controlado, calmo, educado e credível nas respostas. Já os interrogadores, repetiram todos as mesmas perguntas: “Desde quando é que conhece o Dr. Rui Pedro Soares?”, “Em que dia falou pela primeira vez com Rui Pedro Soares?”; “Quantas vezes falou com Rui Pedro Soares?”; “Sabe de quem é que Rui Pedro Soares é amigo?”; "Quando jantou com Sócrates?" ; "O que lhe disse Sócrates?"; "O que pensou do que disse Sócrates?", etc., etc..
Incrível a insistência em certas perguntas! Enquanto a pessoa não responde da maneira que mais convém aos inquiridores estes não param. Até ultrapassaram o tempo que lhes era dado e depois começaram a discutir com o presidente da comissão Mota Amaral: “Desculpe Sr. Presidente, mas deu mais tolerância de tempo a este ou àquele …”.
Em resumo – um nojo de inquérito! Um comportamento deplorável.
Aqueles senhores têm o seu momento de glória a fazer interrogatórios. Parece claramente haver um espírito de justiceiro ditador. Acham-se com um poder superior, com uma moral irrepreensível. Sabem que estão a ser vistos nas televisões e então sentem uma importância superior. Pessoas perigosas que não seriam muito diferentes dos juízes de tribunais populares nos tempos de ditaduras brutais. Não agridem os inquiridos fisicamente mas a coacção psicológica está bem presente e é indisfarçável a mesma índole dos antigos algozes.
As pessoas estão ali para serem “queimadas”. Os juízes são os acusadores, pois eles próprios votam por maioria a sentença final.
Feio, feio, muito feio.
Aqueles senhores, pagos por todos nós, pois nada produzem que tenha valor, que sirva para compensar o défice português, passam quatro semanas da sua vida a chatear meio mundo, para saberem se o primeiro-ministro sabia ou não sabia de um negócio que não se realizou. Isto é história. Não se esqueçam de contar aos vossos filhos e netos. Isto aconteceu no século XXI em Portugal.