O governo decidiu há pouco mais de quatro anos que os Srs. Juízes passariam a ter direito a um mês de férias como toda a gente. Ou por esta ou por outras, o que é certo é que os Srs. Magistrados começaram uma guerra sem quartel contra Sócrates, como nunca se tinha visto na vida política portuguesa.
Como os Srs. Juízes tinham pouco tempo para trabalhar, acharam mais fácil deixar uma parte da tarefa à comunicação social, e assim, foram-lhe passando a informação em doses adequadas e tratamento de longa duração. Cozedura em lume brando, como o cozido das Furnas.
A oposição política, incapaz de derrubar Sócrates por via eleitoral aplaudiu exuberantemente todos os ataques da magistratura. Também optaram pela atitude mais fácil. Até diziam cinicamente, e era em parte verdade: – não somos nós que elaboramos os títulos dos jornais.
O agradecimento dos políticos tinha de vir mais cedo ou mais tarde.
27 de Agosto de 2010 - O Presidente da República promulgou o diploma sobre o regime de férias judiciais.
O diploma foi aprovado no Parlamento com votos favoráveis de toda a oposição e os votos contra do PS. O diploma agora promulgado teve origem em dois projectos do PSD e do PCP e revoga o decreto-lei do Governo que mandava suspender os prazos processuais entre 15 e 31 de Julho.
Em vez de suspender os prazos processuais, o diploma agora promulgado estipula que as férias judiciais decorrem de 22 de Dezembro a 03 de Janeiro (Natal), de domingo de Ramos à segunda-feira de Páscoa e de 16 de Julho a 31 de Agosto (férias de verão). Quase dois meses.
Porque razão os Srs. Magistrados têm muito mais férias do que um médico cirurgião que trabalha mais de dez horas por dia, salvando vidas, ou do que um condutor de metropolitano que transporta milhares de pessoas por dia e passa mais de oito horas por dia num buraco sem ver a luz do Sol?
Conclusão
Política a justiça não se devem misturar. O resultado é mesmo uma coisa muito suja.
Nota: Se os políticos que estão no governo não prestam substituam-se por outros melhores, escolhidos em eleições e não pelos jornalistas ou pelos juízes.
Portugal tem um problema de sustentabilidade crónico. Como todas as doenças crónicas aprendemos a viver com elas e já não nos esforçamos por procurar a cura. Primeiro vinha das Índias, depois do Brasil, depois das Áfricas, depois da CEE e agora?
Uma maneira de dizer isto diferente do pessimista mor Medina Carreira é imaginar por momentos como viveríamos se de repente os chineses não nos vendessem as suas chinesices, os holandeses não nos enviassem as batatas e os alemães não nos vendessem mais Mercedes e BMWs.
Nos primeiros tempos, mau, mau era não podermos comer aquilo a que estamos habituados, fruta fora de época, carne do Brasil ou maçãs da Nova Zelândia. Ao fim de algum tempo de fome e contrariedade lá nos habituaríamos às favas, ao frango e às maçãs pequeninas e com bicho.
A pouco e pouco a agricultura de quintal e depois das pequenas explorações iriam fazer o seu serviço.
Muitas coisas importadas não nos fazem falta nenhuma. Só servem para enriquecer os especuladores e intermediários importadores. Os automóveis de luxo também seriam dispensáveis e nos habituaríamos depressa a conservar mais anos os nossos carritos e a andar de bicicleta, a pé e de transportes públicos. Até nos fazia bem ao stress e ao coração.
De forma muito simplificada mostro os maiores sectores em que se faz sentir a sustentabilidade ou a falta dela.
O panorama não é muito agradável - dependemos demasiado do estrangeiro.
Quem tem a culpa disto? Muita gente. A começar pelos políticos e grandes economistas, daqueles que “nunca têm dúvi das e raramente se enganam”. Então não foram eles que deram ordens para abater barcos de pesca, para reduzir a agricultura e a produção de carne e leite?
Os Grandes empresários dos super e hiper-mercados, enriqueceram desmedidamente a vender-nos produtos importados. Fazem grandes negócios em compras nos mercados internacionais de produtos bonitos mas dispensáveis. Nos Continentes, Pingos Doces, Jumbos, Dolces Vitas, etc., só se encontram hortaliças de Espanha, roupas de Itália.
Os bancos internacionais não nos querem emprestar mais dinheiro e até será bom para nós que o façam. Pior para eles. Os alemães que fiquem com os seus automóveis de luxo e os seus submarinos. Passamos bem sem isso.
Baixar de nível de vida é quase uma certeza, mas Portugal há-de sobreviver.
O que nos falta verdadeiramente é orgulho, dignidade.
A história do vaso chinês:
Uma velha senhora chinesa possuía dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas. Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Este último estava sempre cheio de água ao fim da longa caminhada até casa, enqu anto que o rachado chegava meio vazio. Por longo tempo a coisa foi assim, com a senhora que chegava a casa com somente um vaso e meio de água.
Naturalmente o vaso perfeito era muito orgulhoso de si próprio e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só metade daquilo que deveria fazer. Depois de dois anos, reflectindo sobre a própria amarga derrota de ser 'rachado', o vaso falou com a senhora durante o caminho:
- Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho faz-me perder metade da água durante o caminho até a sua casa.
A velhinha sorriu:
- Já reparaste que lindas flores existem somente do teu lado do caminho? Eu sempre soube do teu defeito e, portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E todos os dias, enquanto a gente voltava, tu as regavas. Por dois anos pude recolher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa.
Cada um de nós tem o seu próprio defeito. Mas o defeito que cada um de nós tem é que nos torna diferentes e faz com que a nossa convivência seja interessante, gratificante e cheia de surpresas. O que é preciso é aceitar cada um como ele é, e descobrir o que cada um tem de bom.
Portanto, meu “defeituoso” amigo leitor deste blogue, tenha um bom dia e lembre-se de regar as flores do seu lado do caminho. Aproveite as coisas boas!
Nota: Adaptado da internet de: http://mentelouca.blogspot.com
Era uma forma de insulto ou desafio entre jovens quando começam a pensar que já são adultos. Quererão eles dizer que se até uma criança consegue fazer é porque é qualquer coisa muito fácil. Isto parte logo do princípio de que as crianças são estúpidas, o que está muito longe da verdade. Ora é mesmo isto que alguns comentadores e políticos têm vindo a sugerir, ou seja, soluções fáceis para assuntos que os próprios profissionais do assunto não conseguem resolver. É bom de ver que os ignorantes e imbecis acham tudo fácil. Se ouvem falar de um músico talentoso dizem: – fácil porque tem jeito para a música, se ouvem falar de economista brilhante dizem: – é muito fácil, eu já tinha dito blá, blá, ...
Vejamos alguns exemplos dos políticos quanto ao “muito fácil, até uma criança fazia isso”.
Os comunistas dizem que os problemas da economia se resolviam se cobrassem um imposto aos milionários capitalistas, os de direita dizem que os problemas da falta de segurança são devidos aos emigrantes, etc.
A cereja em cima do bolo veio este Verão do CDS. Mota Soares (o que fala aos solavancos) diz que o problema dos fogos se resolvia colocando os beneficiários do rendimento mínimo a limpar as florestas. Ou seja, um problema mundial que os maiores especialistas ainda não conseguiram resolver nos Estados Unidos, na Austrália, na Rússia, eram os pobres do rendimento mínimo que resolviam. Grande insulto aos bombeiros, guardas florestais, etc.
Na prevenção não precisavam de máquinas para cortar os matos, não precisavam de autorizações para entrar nos terrenos dos privados, não precisavam de se deslocarem, nem de meios para transportarem os produtos das limpezas.
Já agora, também muito fácil, para apagar os incêndios mandavam-se para lá os do rendimento mínimo, apagariam com baldes de água trazidos de casa em mochilas. Se morressem alguns também não fazia mal, não querem trabalhar e ainda se dedicam à marginalidade. Tudo tão simples e com baixos custos, até uma criança tinha esta ideia.
Conclusão
Despeçam uma parte dos deputados da Assembleia da República (proporcionalmente aos resultados eleitorias) e substituam por utentes do rendimento mínimo. Passos Coelho ficaria feliz porque se reduziria a despesa do Estado, e eu também, para deixar de ouvir certos "baboseiros".
Quais são as vantagens e desvantagens da “segurança no emprego”? Não a segurança na cabine de comando desta máquina.
1. Vantagens para o trabalhador da “segurança no emprego”:
1.1- O trabalhador tem interesse em contribuir para o desenvolvimento da empresa, sujeitando-se mesmo a um salário mais contido, mas que pode ser a troca pela estabilidade da empresa e, consequentemente, segurança do seu posto de trabalho.
1.2 - O trabalhador investe em formação profissional para aumentar a sua eficiência, melhora a qualidade de serviço prestado e dá maior rentabilidade.
1.3 – O trabalhador pode organizar a sua vida, ter filhos, comprar casa, fazer férias, enfim planear toda a sua vida.
2. Desvantagens para a empresa da “segurança no emprego”:
2.1 – Um trabalhador pouco empenhado, ou até preguiçoso, pode ser difícil de mandar embora ou até forçar a sua mudança de comportamento.
2.2 – Um trabalhador mais competente e maior experiência tem tendência a reivindicar um salário mais elevado.
3. Insegurança no emprego
3.1 - Vantagens para o trabalhador:
Nenhuma
3.2 - Vantagens para a empresa :
3.2.1 – Quando o trabalhador deixa de dar rendimento despede-se de imediato
3.2.2 – Quando o salário do trabalhador competente e profissional começa a crescer, pede-se para este ensinar o que sabe a um aprendiz e à primeira oportunidade substitui-se pelo que ganha menos salário.
3.3 - Desvantagens para a empresa da insegurança no emprego:
3.3.1 - O trabalhador sem segurança tende a comporta-se de forma irresponsável, como um oportunista ou até de forma danosa. Como sabe que vai estar lá pouco tempo rouba o mais que pode a faz o menos possível.
3.3.2 – O trabalhador sem segurança não faz o mínimo esforço para a melhoria da qualidade e inovação.
Problema geral – as pessoas
As pessoas não são perfeitas e há os que são cultos, responsáveis e com bom carácter, mas também há os oportunistas, os maldosos e os imbecis.
Para os primeiros todos os sistemas podem funcionar bem.
Para os segundos só o sistema da falta de segurança funciona. Não se porta bem – rua!
Conclusão
Melhorem-se as pessoas.
Nota final: Análise muio simplista, como não podia deixar de ser num blog. Caso contrário ninguém lia aqui um tratado sobre política de emprego.
Na política, tal como no futebol e na religião, ninguém muda de ideias por argumentos, mesmo que óbvios e muito bem fundamentados da parte contrária. É um defeito do ser humano, mas é mesmo assim. Só as pessoas muito inteligentes mudam de ideias. Infelizmente os medianos e os estúpidos mantêm as suas estupidezes até ao fim, e estes estão, em geral, em maioria.
Exemplos:
O defeito é mesmo dos Homens. Ou seja, da grande maioria deles. As excepções são muito poucas. Aliás isto passa-se na ciência, na música, no desempenho físico, etc., no passado, no presente e provavelmente, no futuro. Os cientistas que fazem o conhecimento avançar são sempre um pequeníssimo número de iluminados, muitas vezes contrariados e condicionados pela maioria estúpida (exemplo: quando Galileu disse que a terra girava à volta do Sol, caiu-lhe tudo em cima).
Portugal talvez seja o mais claro exemplo da falta de lógica no comportamento dos homens. Os políticos portugueses comportam-se como crianças, como imbecis ou como deficientes mentais.
Alguém que seja um pouco superior à mediocridade geral é diabolizado pela maioria, ou pelas maiorias de circunstância. Exemplo: Não temos um Primeiro-ministro perfeito, mas mesmo que tivéssemos os que lutam pelos partidos contrários nunca diriam que ele tem razão nisto ou naquilo. Se é do partido contrário, então o que se tem de dizer é dizer mal. É o que se vê todos os dias. Exemplos:
Democracia para quê? Para alimentar pançudos?
Então quais as alternativas? Um Rei? Um ditador? A anarquia? – Não sei a resposta!
Tenho de admitir que a resposta cada vez mais provável seja - “Sim”, uma pessoa que mande. Mas isto só funcionaria se fosse a autoridade de um iluminado, o que nunca está garantido à partida. Muito menos garantido está o facto do filho do rei ou do ditador virem a ser os continuadores das boas ideias dos antecessores.
Termino então como começámos. Todos os sistemas têm defeitos porque os homens têm muitos defeitos. À partida não há garantias que a democracia resulte, assim como podem não resultar as monarquias, nem o comunismo, nem as ditaduras. Tem de se pensar numa forma de cultura superior das pessoas para que a escolha dos dirigentes com autoridade seja feita de forma perfeita.
Os “dirigentes superiores” terão de demonstrar total dedicação ao seu trabalho, sem benefícios pessoais. O primeiro critério teria de ser – cumprir uma missão a favor de todos os seres humanos – a recompensa principal seria o bom nome na história.
Democracia à portuguesa
Quem aceitaria viajar num autocarro em que o motorista fosse escolhido por votação dos passageiros, mas ao mesmo tempo fossem eleitos mais cinco motoristas assistentes que enquanto o primeiro conduz ou outros passam o tempo a dizer: vira à esquerda, vira à direita, acelera, trava, cuidado olha para o autocarro do lado, estás a conduzir mal, nós sabemos conduzir melhor. Quando aparecesse a polícia na estrada os motoristas secundários sairiam do autocarro e relatariam todas as irregularidades, umas verdadeiras e outras inventadas, do motorista principal. Bom, se isto fosse mesmo um motorista de autocarro o mais certo era este mandar todos os outros à ... américa. E fazia bem!
Nota: Imagem obviamete manipulada.
2 de Agosto de 2010.
Finalmente temos um submarino.
Custou 1100 milhões de Euros.
São só 110€ a cada português, contando com crianças, terceira idade, Jacinto Leite Capelo Regos, etc., todos.
Gostaram deste? Então manda-se vir outro pelo mesmo preço.
Convém relembrar o argumento utilizado pelo Almirante Vieira Matias (chefe de estado-maior da armada entre 1997 e 2002) e por Paulo Portas, para comprarem os submarinos, “…indispensáveis para proteger os nosso património marítimo e submarino…”.
A superfície de mar sob a nossa guarda é igual à área do sub-continente Indiano, mais ou menos equivalente a duas horas de avião para ir de um extremo ao outro. Falta ainda contar com a profundidade do mar que vai até aos 5000 metros em muitos locais. Os nossos dois submarinos são portanto um micróbio num palheiro do tamanho do Alentejo.
Os serviços de socorro não conseguem apanhar uma pessoa caída ao mar ou a um rio, numa localização identificada de algumas centenas de metros e sendo o alerta dado 20 minutos depois do desaparecimento.
Os submarinos e porta-aviões inimigos devem estar “borrados de medo” com o nosso Tridente.
Por favor, arranjem outra justificação.