Um Novo Ano de 2011 com saúde, justiça e uma situação financeira que permita concretizar alguns sonhos.
Para preparação do novo ano nada melhor do que ouvir esta música até ao fim.
Não há insubstituíveis? Há sim!
Isto é a prova.
O problema é que quando não há melhor temos de viver com o que é mau.
O homem que disse na televisão que "... os que o criticam teriam de nascer duas vezes para serem mais honestos do que ele..." também pode ter dito que "nunca se engana e raramente tem dúvidas".
Destes sabichões já tenho o saco cheio.
Como ninguém nasce duas vezes, então temos que o homem mais honesto de Portugal, que em acções não cotadas na bolsa, compradas por convite e cujo preço de venda foi definido por um amigo, recebeu 240 Euros por cada 100 Euros investidos.
"Serei sempre um Presidente acima dos portugueses." O que é isto?
A cereja em cima do bolo: "Eu entreguei as minhas economias ao banco "BPN" e disse: - Façam as aplicações que quiserem de forma a tirar o máximo rendimento possível". Agora pergunto eu: - E se fosse uma D. Branca ou negócios de droga, prostituição ou armas, o homem mais honesto de Portugal dormia descansado? Pelos vistos sim!
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1248925
Bom Natal a todos.
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de Natal
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Eu já tinha levantado a questão neste blog.
Agora a confirmação vem dos próprios jornalistas.
Existe jornalismo de sarjeta e não só em Portugal.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=459961
"O erro e a falta de rigor são maiores pecados do jornalismo actual
As conclusões são de um estudo do Obercom - "Desafios do Jornalismo" - a partir de um inquérito a jornalistas.
Os erros factuais na produção noticiosa e o menor interesse na abordagem de assuntos de maior complexidade, são alguns dos pontos críticos na prática jornalística actual.
Estas são algumas da conclusões retiradas do estudo "Desafios do Jornalismo", da responsabilidade da Obercom, que coloca em relevo o olhar dos jornalistas sobre múltiplas dimensões da profissão. Da análise, composta por uma amostra de 212 profissionais da comunicação social, conclui-se que a larga maioria dos jornalistas considera que as notícias estão "cada vez mais cheias de erros factuais". Ou seja, mais de metade dos inquiridos considera que, aliado a esse aspecto, as peças jornalísticas são tratadas de forma cada vez menos rigorosa e precisa".
Julian Assange, Wikileaks, os documentos secretos e as duas meninas púdicas.
As duas suecas que acusam Julian Assange de violação e agressão sexual são: uma feminista de 31 anos; e uma admiradora de 27 anos.
Depois das acusações de crimes sexuais, chamadas de "cilada" em várias ocasiões por Julian Assange, a "Senhora A" e a "Senhora W" vivem afastadas da atenção da imprensa: uma cortou a linha telefónica; e outra mudou-se para a Cisjordânia com uma missão cristã.
Tudo se precipitou a partir de uma conferência de imprensa concedida pelo fundador do WikiLeaks no dia 14 de Agosto em Estocolmo, organizada por uma ala cristã do Partido Social-Democrata sueco, baptizada de "Fraternidade".
A "Senhora A" hospedou o australiano no seu estúdio de Estocolmo desde a chegada de Assange à Suécia, no dia 11 de Agosto. Segundo o depoimento da senhora tiveram relações vários dias, tendo Assange ficado em casa da senhora até dia 20 de Agosto.
Na conferência de imprensa do dia 14 de Agosto outra mulher sentou-se na primeira fila: a "Senhora W".
No depoimento, a "Senhora W" afirmou que viu Assange na televisão e o considerou "interessante, corajoso e admirável". A senhora tirou um dia de folga e insistiu para passar a tarde com o fundador do WikiLeaks. Na noite de 16 Agosto, a "Senhora W" convidou Assange para visitar a sua casa, em Enköping, a 50 km de Estocolmo. Na ocasião aconteceram as relações sexuais que ela depois denunciou à justiça.
No dia seguinte, o caso foi a manchete da primeira página do jornal Expressen (deve ser o jornal Sol lá da Suécia).
Mais um caso de justiça ao sabor do vento.
As senhoras são o que são. Mas o que admira é a justiça sueca prestar-se a este serviço. Pois é, nestes tempos difíceis, em que a indústria dos automóveis Volvo, Scania e Saab já não dão muito dinheiro, uma importação de 280 000€ em troca por quatro pernas de loiras suecas não é mau negócio para a Reino do Sol Nascente.
Neste caso todos fizeram pela vida:
Tudo gente suja dos países civilizados. Não é só em Portugal que a justiça suja usa motivos laterais para apanhar pessoas que não consegue apanhar pelos motivos verdadeiros.
Também ficámos a saber que Visa, Mastercard e PayPal são instrumentos da política externa dos EUA, já que os pagamentos dos donativos para ajudar Assange a sair da prisão foram bloqueados por aquelas empresas.
Quando estalou o caso Casa Pia, todos os jornais falavam abundantemente sobre o assunto. Muita gente sabia tudo sobre os abusos às crianças e jovens. Davam-se listas de nomes, locais, detalhes de quem sabia e não sabia, qual o partido político com mais pedófilos, etc.
Aconteceu que neste frenesi alguém se aproveitou para colocar os nomes de quem não se gostava, por exemplo para aproveitamentos políticos ou outros interesses. Com toda a opinião pública interessada e os jornais a vender a justiça lá foi inventando as acusações e compondo as condenações para alguns dos nomes (culpados ou inocentes). Mas não era possível inventar provas para todos, mesmo com a maior das imaginações e manipulações.
O resultado foi o esperado, Ferro Rodrigues perdeu as eleições para Durão Barroso em 17 de Março de 2002. Estava conseguido o objectivo de alguns.
A justiça nem sempre se faz nos tribunais e é muitíssimo lenta, mas há uma coisa que ninguém deve descurar que é a infinita força e persistência dos que são acusados inocentemente.
Assim foram-se clarificando as manipulações e desmascarando quem divulgou alguns dos nomes, por falsidade de testemunho e difamação.
Quem acabou desta vez por se sentar no banco dos réus foi Teresa Costa Macedo (ex-secretária de Estado da Família, no governo da AD), acusada pela jornalista Felícia Cabrita por lhe ter fornecido informações falsas (lista de nomes).
Durante o julgamento do processo Casa Pia, Teresa Costa Macedo negou a autoria das anotações, o que levou Felícia Cabrita a dizer agora que ao negar ter escrito os nomes, a ex-governante está a sugerir que a jornalista forjou a lista ou tentou simular a sua letra. Na sequência da queixa de Felícia Cabrita, o Ministério Público acusou Teresa Costa Macedo de falsificação de declarações no julgamento do caso Casa Pia.
“Felícia Cabrita afirmou ter a certeza de que Teresa Costa Macedo lhe fez chegar a folha durante a emissão em directo do programa "Hora Extra", em 26 de Novembro de 2002”.
Tão amigas que eram e agora atiram as culpas de uma para a outra. Vamos ver no que isto dá.
O julgamento termina hoje, dia 14 de Dezembro. Estejamos atentos ao resultado de tudo isto.
As duas querem tirar o rabo para fora deste assunto, mas uma delas está a mentir.
É muito fácil enviar alguém para o banco dos réus, mas também pode ser fácil os que mandam os outros, eles próprios, irem lá parar.
Ontem, quinta-feira (8 de Dezembro) a Alemanha tentou um empréstimo internacional (como agora se diz – vender dívida). Como a Alemanha é um país seguro os juros que lhes cobram, definidos pelas agências de rating, é baixo. Aconteceu que não houve compradores suficientes para tudo o que a Alemanha queria venderr. Ou seja, os especuladores pouco se importam com a segurança. O que querem é um bom lucro. Quando é posta à venda dívida de Portugal há sempre mais compradores do que o que temos para vender.
Bem feito para a Sra Angela Merkel.
Se quer dinheiro vai ter de pagar mais juro.
São os mercados. É a vida!
Nota: Uma coisa que não percebo é como um país tão trabalhador, tão competente em finanças, que vende produtos de luxo para todo o Mundo, ainda precisa de pedir dinheiro? :-(
Mas os mercados nada mais fazem do que defender os seus próprios interesses ==> também os bandidos!
O melhor é não precisarmos deles.
Miguel Sousa Tavares (www.expresso.pt)
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0:00 Quinta feira, 25 de Novembro de 2010 |
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- Vejo na televisão imagens de rua da Irlanda, da Grécia, da Espanha, e são iguais às de Portugal: as pessoas movem-se de ou para o trabalho, há transportes a funcionar, comércio aberto, crianças a irem para escola, enfim, a vida como habitualmente. A mim parece-me que estes países e estas pessoas estão vivas, que não estão à beira da morte. Mas não, é ilusão minha: todos os noticiários nos dizem que sobre esta gente e estes países pesa a mais tenebrosa ameaça destes sinistros tempos económicos que se vivem: os mercados.
- Estou farto dos mercados, estou farto da constante ameaça dos mercados: os mercados acordaram bem dispostos mas, depois do almoço, os mercados enervaram-se e subiram-nos outra vez as taxas de juro; os mercados não gostam disto, os mercados querem aquilo; os mercados querem um orçamento aprovado, os mercados não acreditam na execução do orçamento que queriam aprovado; os mercados assustam-se quando o ministro das Finanças fala, os mercados reagem em stresse se o ministro fica calado mais do que dois dias; os mercados querem que os Estados desçam o défice, diminuindo despesas e aumentando receitas, mas os mercados fogem se a PT pagar um euro que seja de imposto sobre as mais-valias do maior negócio europeu do ano; os mercados estão preocupados com a quebra do consumo, mas os mercados adoram os aumentos do IVA; os mercados recomendam cortes salariais, mas os mercados são frontalmente contra os cortes nos salários e prémios dos gestores das grandes empresas, porque isso é uma intromissão estatal que contraria a regra da concorrência... nos mercados.
- Sim, eu sei: à falta de alternativa, estamos na mão dos mercados e não os podemos mandar para onde bem nos apetecia e eles mereciam. Mas convém não esquecer que foi esta fé nos mercados, como se fosse o boi-ápis, a desregulação e falta de supervisão dos famosos mercados, que mergulharam o mundo inteiro na crise que vivemos, devido ao estoiro do mercado imobiliário especulativo e do mercado financeiro, atulhado do que chamam "activos tóxicos" - que deram biliões a ganhar a muito poucos e triliões a pagar por todos. A Irlanda, que hoje os mercados flagelam com juros acima dos 8%, está onde está, não porque a sua economia tenha ido à falência (pelo contrário, e como sucede com Portugal, está em crescimento), mas porque os seus tão acarinhados bancos, maravilha fatal dos mercados e do liberalismo selvagem, rebentaram de ganância e irresponsabilidade e obrigaram o Estado a resgatá-los à custa de um défice de 32%. Num mundo justo, os mercados deveriam ser os primeiros a pagar pela falência da Irlanda; no mundo em que vivemos, quem ganha com isso são os mercados outra vez e quem paga são os contribuintes - irlandeses primeiro, europeus depois - e os desempregados da Irlanda. Por isso, a srª Merkel disse que seria justo que os mercados (isto é, os investidores na dívida pública irlandesa) participassem também nos custos de resgatar a dívida irlandesa, se isso se vier a revelar inevitável. Mas, no mundo em que vivemos, o que sucedeu é que toda a gente caiu em cima da srª Merkel, porque a sua declaração logo fez subir as taxas de juro junto dos indignados mercados. Mesmo no Inverno, já nem espirrar se pode, porque os mercados não gostam.
- Mas é assim que estamos: nas mãos dos abutres. Sim, eu sei, não adianta para nada matar o mensageiro no lugar da mensagem. Nem eu o faço: já escrevi várias vezes que agora não há volta a dar. Vivemos há tempo de mais a gastar o que não tínhamos e a endividar-nos para o futuro. Todos - indivíduos, famílias, empresas, bancos, autarquias, Estado - instalámo-nos irresponsavelmente num modus vivendi que consistiu em pedir dinheiro emprestado por conta da riqueza que um dia iríamos ter e nunca tivemos. Um exemplo basta para dar conta da insanidade financeira em que o país mergulhou: convencemo-nos de que era possível que cada português fosse dono de habitação própria, coisa jamais vista em lugar algum. Mas também nos convencemos (e ainda há quem esteja convencido) de que podemos ter auto-estradas de borla, o maior consumo público de farmácia e tratamentos hospitalares de toda a Europa ou um sistema de pensões cujas despesas aumentam incessantemente enquanto as receitas diminuem paulatinamente. Era fatal que um dia teria de chegar a conta destas criminosas ilusões que uma geração irresponsável de políticos alimentou e uma geração de eleitores aplaudiu. Chegou agora e eu acho que não temos outro caminho senão enfrentar a inevitabilidade de começar a cortar brutalmente nas despesas para podermos matar o défice, cobrir os juros usurários que os mercados agora nos cobram e começar a amortizar a dívida acumulada. E seria justo que tal sucedesse enquanto está no poder a geração que nos enterrou em toda esta dívida e dela beneficiou.
- Isso é uma coisa. Outra, é assistir de braços cruzados à ditadura dos mercados e à retoma, como se nada tivesse sucedido, das regras de um capitalismo moralmente pervertido e socialmente insustentável. Países como Portugal, a Irlanda, a Grécia, não obstante todos os erros próprios cometidos e a responsabilidade que têm nas suas actuais situações, têm o direito de exigir condições decentes para pagarem o que devem. Bruxelas e o FMI sabem muito bem que, com juros entre os 7 e os 11%, não há sacrifícios, nem despedimentos, nem miséria que chegue para conseguir pagar, sobrevivendo. É um escândalo que a PT não pague um tostão de mais-valias num negócio de 7500 milhões de euros porque factura os lucros da operação através de uma sua subsidiária sediada na Holanda, onde a taxa de IRC é de... 0%! É um escândalo para a PT, um escândalo para um país como a Holanda, que serve de barriga de aluguer para dumping empresarial e fuga fiscal, e um escândalo para a UE, os Estados Unidos e todo o G-20, que nem sequer se atreveram ainda, mesmo depois de terem visto o que viram, a começar a concertar-se para pôr fim a essa coisa pornográfica que são as offshores - autênticos salteadores da riqueza das nações e fábricas de desempregados.
- Eu sei também qual é a resposta pronta, de cada vez que se fala nas offshores: "se nós não temos, têm os outros e as empresas fogem para os melhores mercados". Pois, mas se os senhores do mundo, concertados nas reuniões do G-20, decidirem todos boicotar as offshores e as empresas que lá existem, elas acabam, fatalmente. E, se já se conseguiu estabelecer regras universais para o comércio mundial e assuntos ainda mais complexos, porque não se consegue aqui? A resposta provável é esta: porque os senhores do mundo, ao contrário do que se possa pensar, não são Obama, nem Hu Jintao, nem Medvedev, nem Merkel ou Sarkozy: os senhores do mundo são uns cavalheiros que se reúnem uma vez por ano em fóruns como o de Davos, na Suíça, e aí, enquanto representantes do verdadeiro poder - financeiro, empresarial, político, militar e de informação e comunicação - entre si estabelecem as regras do jogo. E agora, com a Rússia e a China tão devotamente convertidas ao capitalismo, nunca foi tão fácil aos senhores do mundo estabelecerem as regras que lhes interessam. E nunca o capitalismo foi um jogo tão viciado e tão amoral. A falência óbvia do socialismo foi o caminho aberto para a libertinagem, sem regras, sem princípios morais e sem qualquer preocupação de que a economia sirva os povos, em lugar de os sugar. Se vivesse hoje, Adam Smith seria anarquista.
. Texto publicado na edição do Expresso de 20 de novembro de 2010.
Justificado pela crise e pelas restrições orçamentais, os políticos, os governantes, incluindo Presidente da República e os funcionários públicos, todos foram afectados nalgumas das suas regalias. Relativamente aos magistrados o Governo quer que o subsídio de renda de casa (775 euros) passe a ser tributado em IRS como um rendimento, pretende mesmo a eliminação do subsídio de habitação para os magistrados que se venham a aposentar a partir de agora, bem como a alteração do acesso à reforma dos magistrados, passando dos 60 anos para os 65 anos, como para toda a gente.
Perante as novas leis de distribuição da crise também pelos magistrados, António Martins (presidente do sindicato), não conseguiu melhor resposta do que esta: “Com todo o respeito pela profissão de sapateiro, só digo que um sapateiro não conseguiria fazer pior. O mal é termos sapateiros a fazer leis e não estadistas responsáveis”. ISTO NÃO É LINGUAGEM DE CAMIONISTA, sem querer ofender os camionistas?
Como tenho a certeza que algumas pessoas são incriminadas e prejudicadas pelo sistema de justiça (a culpa de tudo é das leis, dizem), eu daria a resposta aos Srs do sindicato: - Sim, alguns dos Srs. Procuradores e alguns inspectores, conseguiam fazer pior. Já fazem pior o seu trabalho do que um sapateiro faz o dele?
Por ter percebido a ligeireza como muitas coisas são feitas na nossa justiça, estou revoltado e não acredito mais neste sistema. Agora até já desconfio de todos os casos, mesmo dos que serão certamente bem avaliados e as condenações talvez sejam justas. Umas quantas ovelhas estragaram o rebanho.
Ninguém durma descansado porque não fez nada de mal. Algum inspector ou procurador pode sempre encontrar maneira de o "lixar". UM SAPATEIRO NUNCA LHE ESTRAGARÁ A VIDA desta maneira!
A propósito da crise financeira portuguesa e Europeia, dos nossos economistas e comentadores, da nossa justiça:
Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência,
Que às vezes fico pensando
Que a burrice é uma ciência.
António Aleixo