Alemanha: desemprego atinge 2,9 milhões de pessoas; uma taxa de 6,9%
http://expresso.sapo.pt/alemanha-desemprego-atinge-29-milhoes-de-pessoas-uma-taxa-de-69-rtrs=f763316
Isto é precisamente o síndroma do Titanic - tudo corre bem até ao momento em que começa a correr mal.
É o mesmo que perguntar a uma pessoa que está em queda do 20º andar, quando passa pelo 5 º andar: - Então como vai isso? Resposta: - Por enquanto vai bem!
Os passageiros da 1ª classe do Titanic viram os passageiros dos convés mais abaixo a molhar os pés e pensaram que a água nunca chagaria a eles.
O navio a meter água mas a banda continuou a tocar e os passageiros de luxo continuaram a dançar.
Claro que demorou mais tempo mas acabaram por ir parar à água fria como os outros, com a agravante que as baleeiras já estavam todas ocupadas quando quiseram entrar.
A crise há-de chegar à Alemanha, os tais que trabalham muito até aos 67 anos de idade, mas também estão habituados a gastar muito.
Oxalá que não tenham de pedir um resgate a Portugal e não se queiram refugiar no Algarve e no Estoril.
É que Portugal é pobre, pouco podemos emprestar, e eles são muito calmeirões e comem muito e bebem muita cerveja.
Vão bater a outra porta.
O Sr. Vitor Gaspar tem um humor muito próprio, digamos patético ou mesmo pateta.
Nas jornadas parlamentares do PSD e CDS disse que a situação da recuperação da economia portuguesa era como uma corrida de maratona, da qual já percorremos 2/3, e que nenhum atleta desiste ao quilómetro 27. Azar dos azares quanto à escolha desta comparação.
A origem da maratona vem de um mensageiro grego que percorreu 42 quilómetros na planície de Marathonas para dar a notícia em Atenas da vitória numa batalha contra os persas, e quando chegou ao destino deu a notícia “vencemos” e morreu.
Quanto ao ninguém desistir ao 27º quilómetro não sabia o ministro Gasparoico que um atleta português correu a prova da maratona nos jogos olímpicos de Estocolmo em 1912, de nome Francisco Lázaro, que caiu ao quilómetro 29º morrendo de exaustão poucas horas depois (a 15 de Julho de 1912).
O melhor que se pode dizer é que Gaspar tem azar com as imagens que tenta arranjar. Azar ou burrice. Porque não se cala?
Se a história se repetir Portugal está morto no fim do programa da troica, ou antes.
Isto casa perfeitamente com as declarações de Manuela Ferreira Leite "Portugal não consegue cumprir este programa de austeridade e se cumprir, chega ao fim e está tudo morto ...".
Não há nada a fazer!
Não há alternativa!
Não protestem!
Sejam bons alunos.
Não façam compras, não viagem, não vão a restaurantes.
Não incomodem os nossos parceiros Europeus do Norte. Afinal nós somos os "porcos".
Deixem-se estar sentados a ver televisão e a ler os jornais "C.Manha" e "Soil".
Daqui a um ano peçam equivalência a licenciatura em comunicação social na Universidade Lusófona.
Confiem no governo. Eles sabem o que estão a fazer.
Quando estivermos todos a ganhar 300 Euros por mês, os 78 mil milhões de empréstimo da troika, divididos por 10 milhões de portugueses, dão para 2100 anos. Durante várias gerações estamos benzinho.
Quem não estiver satisfeito que emigre.
Só assim vamos superar a crise.
Não há dinheiro e pronto.
Até que,
É fácil falar-se do que não se sabe, mas então alguém me explique.
Na página da presidência da República:
http://www.sg.presidencia.pt/orcamento.aspx
aparece a despesa anual da presidência da República.
15 milhões de Euros.
Pegando numa máquina de calcular e dividindo por 365 dias isto dá
41 095 Euros por dia.
Que grande crise para esta família pobre da Travessa do Possolo.
O dinheiro deve ir quase todo para os gabinetes dos anteriores presidentes.
Não parece um pouco demais?
É que na página da presidência não diz onde é gasto este dinheiro.
Transparência uma treta.
Escrevam a perguntar:
http://madespesapublica.blogspot.pt/2012/10/presidente-da-republica-continua-nao.html
Se a crise á para todos, esperemos que no orçamento para 2013 haja uma redução de 30% como vai acontecer à classe média.
Sempre se poupavam 4,5 milhões de Euros.
Ou então acabe-se com aquela porkaria. Privatizem para um hotel de 4 estrelas.
Lembram-se deste senhor?
O tal amigo de Mário Crespo, que no Plano Inclinado parecia ser capaz de resolver a quadratura do círculo?
O mesmo que fez um plano para a reestruturação da RTP, (definição de serviço público), que estava cheio de erros e que o governo de Passos Coelho/Relvas deitou para o lixo?
Agora João Duque diz isto relativamente ao orçamento de Estado para 2013:
http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO065653.html?page=0
Todos dizem tudo e o seu contrário.
Alguém há-de acertar.
O que mais me entristece nas opiniões mais recentes de João Duque é dizer que um dos futuros de Portugal é vir a ser o asilo de terceira idade dos países ricos da Europa. Por outras palavras, os nossos filhos vão limpar os "tutus" (não o vestido de ballet) dos velhinhos alemães reformados.
Um distraído ao ler a machete pensa que Passos foi escutado a falar com Sócrates. Isso sim, seria notícia.
Mas isto não tem importância nenhuma.
Pois não, mas dá para se perceber o que está dentro da cabeçorra de certos jornalistas.
Há doentes mentais que ainda não se curaram da fobia de escrever o nome "sócrates" a propósito de tudo e de nada.
Em tempos dei a explicação que era por ser uma "marca" que vendia jornais.
Além dos sintomas de doença mental isto revela burrice.
Se insistem muito no antigo "bombo da festa", nos tempos que se aproximam o mesmo nome pode começar a vender jornais pelas más razões de quem nos governa agora.
Nota: Só este jornal faz estas figuras.
Monstrinhos com pés de barro
Em vez de economia do estado vamos falar de medicina. Aliás, a ideia nem é original. Foram os atuais dirigentes do PSD que diziam que era necessário cortar as gorduras do Estado.
Então vamos falar em sentido figurado.
Temos um homem gordo, muito gordo que já não se sente muito bem de saúde.
Um anúncio do Correio da Manhã diz que há um médico muito bom que consegue resolver todos os problemas de saúde.
O homem vai ao medico e este logo lhe diz que o problema são as gorduras a mais. Promete resolver o problema se lhe pagarem muito bem, se o deixarem "ir ao pote" do pobre homem.
Uma pessoa doente aceita tudo.
Marca-se a operação e o operador milagroso rodeia-se de uma equipa de curandeiros e lá começam a tratar o pobre homem. Na sua incompetência em vez de tirarem gordura, tiram um músculo de uma perna. Pesam o homem e na verdade o peso menor parece indicar que tudo vai correr bem. Mas o homem tem muito mais dificuldade em andar. Diagnóstico do carniceiro-mor, gorduras a mais.
Marca-se nova operação para tirar as restantes gorduras. Desta vez tiram os músculos dos braços.
Inevitavelmente o homem fica pior. Já quase não andava e agora não consegue nem alimentar-se.
Nova junta médica com uma duração de 20 horas.
Relatório final da equipa médica. Realmente as coisas não correram bem, mas a culpa é do restaurante onde o homem andou a almoçar e a jantar durante os últimos seis anos. A equipa médica nada podia fazer de melhor. Não há alternativa.
Nota: Relatório da curandeira Merkelova. O peso do homenzinho diminuiu muito, o que só pode ser boa notícia.
(Aguardam-se novos episódios).
Do paizinho e do mano já sabemos o que são.
Quanto à senhora, muitos dizem que é boa pessoa, portanto vamos dar-lhe o benefício da dúvida.
Até prova em contrário não me custa acreditar que seja boa pessoa.
Dizem os biólogos que os genes maus nem sempre se transmitem à descendência.
Lagutrop? o que isto?
É isto:
E isto:
Por causa disto, mas não só:
A revista Visão fez o que é preciso que a comunicação social faça, seja, dar informação e não dar opinião.
Neste link podem ver quais as parcerias público-privadas, quem as promoveu e quanto custam.
http://visao.sapo.pt/conheca-os-responsaveis-das-ppp=f689608
Quanto ao custo não podemos comparar este valor com zero, porque se as mesmas obras fossem feitas pelo Estado e fossem pagas com empréstimos aos bancos custariam também muito dinheiro.
A questão é então se todas as obras de estradas e hospitais eram realmente necessárias, se são necessárias e se vão ser necessárias para o futuro a médio longo prazo. É preciso saber se houve engano nas previsões ou se houve roubalheira. Ainda estamos muito perto da montanha para ver a sua verdadeira dimensão, em comparação com a altura do horizonte distante.
Quanto às estradas, eu próprio pude testemunhar, lá pelos anos de 2000 a 2006, que a auto-estrada Lisboa Porto ao final da tarde parecia a segunda circular de Lisboa. Automóveis e camiões numa fila ininterrupta de 300 quilómetros. Nos comboios ao fim da tarde aconteceu-me uma hora antes já não haver lugar. Portanto tudo indicava que seria necessário aumentar a capacidade de transportes entre as principais cidades.
Mas veio a crise. Agora viaja-se a qualquer dia e hora e andamos muitos quilómetros sem cruzar outros carros. Na auto-estrada entre Figueira da Foz e Aveiro é uma miséria. Passa um carro de dez em dez minutos. O mesmo na A 41 e A 42.
Mas quem foram os responsáveis?
A maioria foi da responsabilidade dos governos socialistas, mas não cantem de galo os apoiantes do PSD. A primeira parceria PPP foi de Cavaco Silva – Ponte Vasco da Gama.
Mas, ironia do destino, algumas das auto-estradas mais vazias e inúteis presentemente, A17 – Figueira da Foz, foi da iniciativa de António Mexia – governo Santana Lopes, e a A41 e A42 – Grande Porto, foram da responsabilidade de Valente de Oliveira – Cavaco Silva.
Se o Mundo ou Portugal não acabarem entretanto, quanto custariam daqui a umas dezenas de anos a preparação de auto-estradas e túneis, com o território mais ocupado por casas e vilas? Ainda não sabemos o fim da história.
O ministro da Finanças veio anunciar medidas de austeridade a que ele próprio chamou "co-lo-ssais".
Sabem o que quer dizer colossal? Quer dizer do tamanho de uma estátua "colossus". Talvez uma estátua grande.
Temos então um aumento de impostos do tamanho de uma estátua grande, muito grande, tal como o colosso de Rhodes.
Mas a história conta que a ambição romana foi tão grande em fazer a estátua da entrada do porto de Rhodes que a estátua caiu sobre o próprio peso.
Dizem os economistas que não há alternativa. Se não forem os empréstimos não há dinheiro para pagar salários, não há dinheiro para comprar comida, não há dinheiro para comprar combustíveis e também não haverá dinheiro para comprar automóveis, nem telemóveis, nem computadores, nem roupa de marca, nem para viajar, nem para reformas de aposentação, nem para pagar a consultores do governo (25 mil euros por mês), etc. Não haverá dinheiro para nada.
Há uma grande parte da sociedade que está desempregada e já não tem dinheiro para comprar automóveis, nem barcos, nem roupa de marca, nem comida, nem transportes. Alguns deixaram de pagar seja o que for. E são cada vez mais os indignados. Para estes a diferença entre o FMI emprestar ou não emprestar dinheiro a Portugal não faz qualquer diferença.
Mas quem ainda compra e consome estas coisas de "luxo" é a classe média. Aquela que ensina as novas gerações a ler, aqueles que trabalham nos hospitais, aqueles que produzem eletricidade, os que plantam alfaces, batatas e pêra rocha, os que trabalham nos transportes.
Com o aumento de impostos "colossal" a classe média vai-se tornar, cada vez mais e em maior número, na classe que nada tem. Naqueles que não pagam nada e que não precisam dos empréstimos.
No limite vai acontecer com a austeridade "co-lo-ssal" o mesmo que aconteceu à estátua de Rhodes. Vai cair tudo.
Mas como não há alternativa, vamos ficando caladinhos, sem fazer muito barulho, sem protestar. Se ainda temos um pão para hoje a coisa ainda não está tão mal. Vamos esperar que outros nos vão dando umas esmolas. Não é preciso novas indústrias, não é preciso produzir mais energia e mais barata, não é preciso plantar árvores, nem batatas, não é preciso fabricar roupa ou sapatos. Tudo pode ser comprado com o dinheiro emprestado.
Não há alternativa. Nem vale a pena pensar em algo diferente. O que é preciso é estarmos caladinhos.
Vamos pagar as dívidas com silêncio e submissão. Basta nada fazer, basta nada escrever, basta nada pensar.
A central de comunicação do governo já está fazer o seu trabalho "... os ricos também vão pagar esta crise ... " (jornal Sol). Coitadinhos, os barquinhos, os aviõezinhos, as casinhas de mais de 1 milhão de Euros, blá, blá, blá.
"Portugueses - O melhor povo do Mundo", disse este banana ...
Vai gozar com outro pá :-{