Quando uma coisa é boa deve-se recordar.
Para descontrair desta desgraça do governo de Portugal e da Europa, ouçamos um pouco de boa música.
A banda de Benny Goodman já dava concertos nos anos 40 do século passado.
Em 1974, já com mais de 60 anos mostraram que quem sabe "andar de bicicleta" nunca esquece.
Estive hoje numa conferência sobre eficiência energética e energias renováveis. No período de debate fiz a seguinte pergunta a um dos oradores (um conhecido prof. de uma Universidade).
- Este ano temos tido uma grande produção de energias renováveis, pelo que, a certas horas, a oferta de energia eléctrica supera a procura (o consumo), razão pela qual o preço cai a zero e a energia é exportada a preço zero.
No gráficos em tempo real da página da REN pode-se ver a exportação, que em muitos casos se confirma ser a preço zero.
Nota: Negativo significa exportação. Exemplo do dia 13 de abril 2013.
O apresentador respondeu-me da seguinte forma: - A energia é como a pêra rocha. Se vários produtores colocarem ao mesmo tempo no mercado grandes quantidades de peras o preço vai descendo, podendo mesmo chegar a uma situação que o produtor fica com duas soluções: ou deita as peras para a lixeira ou dá a alguém. Como a energia não pode ser deitada fora resta dar a custo zero.
Claro que a resposta não me satisfez. O problema de dar a energia a Espanha não é o que me faz mais incómodo, o que me preocupa é que são os consumidores portugueses a pagar ao preço normal o que é oferecido a outros.
Voltando à imagens das peras, é como se o produtor oferecesse as peras aos que não são seus clientes, e quando vendesse peras aos seus consumidores habituais cobrasse o preço das peras oferecidas no período da fartura.
Outro orador confirmou tudo isto e disse que não era permitido passar a energia eléctrica para além dos Pirenéus porque não só os espanhóis não deixam, mas também os franceses não querem energia mais barata do que a que eles produzem nas centrais nucleares.
Então isto está viciado. É preciso alterar a legislação nacional e comunitária.
Quando pedirem a Portugal para pagarmos a nossa dívida dizemos que pagamos em energia,
porque n ã o h á d i n h e i r o.
Não há para umas coisas mas há para outras incompreensíveis. Isto é que me irrita.
Governo autoriza Presidente do IGCP a ganhar 10 mil euros mensais
Económico
10/04/13 10:08
Quem é João Moreira Rato?
João Moreira Rato, o homem escolhido por Vítor Gaspar para dirigir os destinos da emissão da dívida pública portuguesa e o regresso de Portugal aos mercados internacionais, era até agora editor executivo do Morgan Stanley. Quarta-feira foi um bom dia para os Moreira Rato. No dia em que João foi anunciado como presidente do IGCP, soube-se também que o seu irmão mais novo, Miguel – dono da consultora M Public Relations – tinha ganho a conta do Millennium bcp.
Doutorado pela Universidade de Chicago, o novo presidente do Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP), que em setembro completará 41 anos, passou pelo falido Lehman Brothers e pelo Goldman Sachs, o banco que coloca ex-funcionários nos lugares de topo que decidem o rumo da economia global - de tal forma que os concorrentes lhe dão a alcunha de Government Sachs.
Casado, dois filhos, João Moreira Rato saiu de Portugal em 1995 e vive em Londres desde 2000; foi também um dos três partners portugueses que lançou, em fevereiro de 2008, o Nau Capital, um hedge fund que tinha como objetivo chegar aos 500 milhões de euros em dois anos; a aventura terminou quatro anos depois, com a venda da totalidade do fundo ao Eurofin Capital. Esta experiência no mundo da alta finança será de extrema importância no diálogo com os mercados financeiros, que só oferecerão financiamento a taxas de juro comportáveis se acreditarem que Portugal é capaz de ultrapassar os seus problemas. João irá contar nessa tarefa com o apoio de Cristina Casalinho, economista-chefe do BPI, que assumirá o cargo de vogal do IGCP. O ministro das Finanças mostra saber onde estão as pessoas que contam. - Vítor Martins
http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO042611.html
Currículo resumido
Nota curricular de João de Almada Moreira Rato
1 — Dados pessoais:
Nome: João de Almada Moreira Rato.
Data de nascimento: 29 de setembro de 1971.
2 — Formação académica:
1993 — licenciatura em Economia na Universidade Nova de Lisboa.
2000 — doutoramento em Economia com especialização em Finanças
pela University of Chicago.
3 — Atividade profissional atual:
Desde outubro de 2010 — diretor executivo da Morgan Stanley.
4 — Funções anteriores
2008 -2010 — CEO, sócio gerente da Nau Capital LLP;
2006 -2008 — diretor executivo da Lehman Brothers;
2003 -2006 — diretor da Lehman Brothers;
2000 -2003 — associado da Goldman Sachs;
2000 — estagiário de verão na Goldman Sachs;
1997 — estagiário de verão no Banco Bozano Simonsen.
5 — Outras atividades:
Vice -presidente do Forum da Competitividade de 2008 a 2012;
Relator da Plataforma para o Crescimento Sustentável de 2011 a 2012
Mais outro do Lehman Brothers.
Mau negócio para quem vende petróleo, carvão e gás.
http://expresso.sapo.pt/renovaveis-abastecem-portugal-de-eletricidade=f797507
Nos últimos cinco dias de março Portugal viu as suas necessidades de energia eléctrica praticamente satisfeitas a 100% pelas renováveis.
Eólicas e barragens estão a gerar eletricidade suficiente para todo o país, incluindo nas horas de maior procura (das 8h às 10h e das 19h às 21h), tendo havido ainda lugar a um incremento na exportação de energia.
De acordo com os dados agora revelados pela REN - Redes Energéticas Nacionais, o recurso às centrais térmicas a carvão foi residual e, no caso das centrais a gás natural, já não são usadas desde o passado dia 27 de março.