Soubemos este domingo que Cavaco e uma razoável comitiva viajam brevemente para a China.
Enfim uma boa notícia.
Boa viagem a todos. A China é muito bonita. Divirtam-se.
Dívida dos países e juros dos empréstimos
A acreditar nos economistas iluminados a lógica dos juros será esta:
“O valor dos juros depende do risco para quem empresta”.
1 - No caso de um país, se os mercados acham que a dívida do país é muito alta e a capacidade económica é baixa, então aumentam os juros. Isto tem a ver com a possibilidade de não verem devolvido todo o dinheiro emprestado. Com os juros altos, se não receberem o dinheiro todo, pelo menos o que recebem de juros pode já dar para cobrir o prejuízo. Esta é a explicação de “economista - oportunista”.
2 – Outra explicação menos de “economista” é que se país está em dificuldade menos entidades estão dispostas a emprestar, para não correrem o risco de não receberem tudo, portanto, os que aceitam correr o risco percebem que podem ganhar muito dinheiro, porque o aflito tem poucas escolhas e aceita todas as condições. Esta é a explicação do “chantagista”.
Agora vejam o que acontece se o país vier a pagar todos os compromissos mesmo com juros altíssimos. Neste caso os “chantagistas” ganham fortunas.
Se os mercados fossem pessoas de bem, quando vissem que um país a quem emprestaram dinheiro a juros altíssimos, estava em bom caminho para pagar o que se comprometeu, podiam aliviar o valor em dívida, recebendo tudo o que emprestaram com um ganho razoável mas não exagerado. Isto nunca acontece!
Então o mais razoável e justo é que o país faça “justiça” pelas próprias mãos e quando vir que já pagou o valor em dívida mais qualquer coisita, deixa de pagar o correspondente aos juros exagerados.
Mas isto é uma revolução. Pois é! E por vezes faz falta. A revolução francesa pagou alguma coisa das dívidas do rei Luís XIV? Duvido. Os independentistas dos EUA pagaram algum empréstimo aos ingleses? Os chineses de Mao Tsé Tung pagaram algum juro ou empréstimo aos bancos ingleses ou americanos? Também acho que não.
E que mal sucedeu aqueles países por isso?
Que nomes chamariam a um banco que emprestasse a um rico a 1% de juro e emprestasse a um pobre a 10% de juro?
Conclusões
1 - Os economistas não percebem nada do assunto ou não dizem a verdade.
2 - Ao valor dos juros só depende da fraqueza de quem pede. Os abutres atacam as presas mais fáceis.
3 - Com este sistema os ricos serão cada vez mais ricos e os pobres serão cada vez mais pobres.
Talvez haja prós e contras quanto a esta decisão,
Mas …, há um grande problema
O Sr. Ministro da Economia tem indústrias de bebidas ...
O que é bom para os portugueses é prejudicial para o Sr. Ministro Pires de Lima, portanto
STOP
A discussão deixou de ser técnica, passou a ser sobre a carteira do Sr. Ministro que não se tem cansado de promover as suas cervejas e "compais" nas suas viagens oficiais ao estrangeiro.
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=26&did=145069
Coisas sem sentido:
Portugal era um dos países industrial e culturalmente mais atrasados da Europa.
Pelo menos com esta justificação convenceram-nos que era muito bom entrarmos para um clube de ricos da União Europeia. Também aceitámos pertencer ao mesmo clube de moeda única, porque o Euro era bom.
Resultado: Não se viu nada. Vinte anos depois continuamos o país economicamente mais frágil da Europa rica. Recuperámos um pouco na cultura e na preparação cultural e científica, mas os governantes logo acharam que era demais e incentivaram os jovens mais bem preparados a emigrar para conseguirem uma vida melhor para eles próprios. No global estamos pior do que antes.
Cá no “cantinho” não há lugar para luxos, portanto quem quer viver um pouco melhor deve partir para outras paragens. Aqui o Estado Social não tem dinheiro para alimentar vícios como “ter emprego”, “receber reformas de velhice”, “receber subsídios de desemprego”, “ter direito a um hospital e ser bem tratado”, etc., estas coisas são lá para os povos superiores lá do Norte.
Cá nada disto é viável, mas nos outros países parece que é possível, por isso é que os nossos jovens mais bem preparados vão para lá e não regressam.
Em vez da maior igualdade entre ricos e pobres e entre países do Norte e do Sul, as diferenças são cada vez maiores.
Nada disto faz sentido.
Então o que fazer?
Deitar os treinadores de bancada e políticos de pacotilha pela janela fora e começar tudo de novo.
Porque razão os Europeus do Norte estão tão preocupados com Portugal?
Deixem-nos em paz. Há muito tempo que somos independentes.
Só perdemos a nossa autonomia quando tivemos governantes fracos que não gostavam dos portugueses e os acusavam de todas as fraquezas, tal como agora.
Não há alternativa, dizem. Sim com estes políticos e com os falsos amigos europeus não há mesmo.
Lembram-se do video que Marcelo incentivou sobre a comparação da situação económica e social dos portugueses e dos alemães?
Parecia ridículo na altura.
Os alemães proibiram a exibição na Alemanha.
Vejam, nem que seja por curiosidade. Mais importante do que a forma interessa pensar no conteúdo.