Então, para quê arriscar?
A minha grande dúvida, que verei esclarecida no dia 6 de setembro, é saber se as sondagens do Correio Manhoso são verdadeiras ou se são uma mãozinha escondida atrás do arbusto para ajudar o trio maravilha (Passos + Portas + Mário Luís).
Como os séculos passam e tudo parece igual, pelo menos o Homem não tem mudado assim tanto. Acho até que já foi melhor.
Mas fica aqui um aviso de Thomas Jefferson feito em 1802.
Thomas Jefferson foi o 3º Presidente dos Estados Unidos.
Elaborou projectos de propostas políticas, como seja a de uma «Declaração dos direitos do cidadão».
Como não há ninguém perfeito (excepção, O Homem Invulgar, de Felícia Cabrita), Jefferson como muitos donos de terras do seu tempo, possuía escravos. Há mesmo controvérsias de que teria filhos de uma sua escrava, portanto, para certas coisas não era racista.
Eu não sei nada de bancos, assim como parece também acontecer com o governador do banco de Portugal, a Ministra das Finanças, Passos Coelho e a maioria dos deputados e comentadores económicos.
Todos se têm enganado e nos têm enganado com as suas previsões.
Assim, sinto-me também autorizado para dar mais uma contribuição estúpida sobre este imbróglio económico-financeiro.
Pois a acreditar na ministra Luís (porque não Luísa, seria mais apropriado), e do ex-marido das Doce, a não venda do Novo Banco vai permitir ao Estado Português receber mais tarde e com bons juros o empréstimo que fez de 3 900 milhões de Euros.
Conclusão
Portanto, tudo indica, um bom negócio para o Estado.
Querem lá ver que a falência do BES ainda vai dar lucro ao Governo, diga-se, a todos nós? Então até foi bom! MUITO OBRIGADO!
Libertem já Ricardo Salgado e façam uma homenagem de agradecimento.
PS. Um dia ouvi uma pessoa amiga dizer sobre um mentiroso e ambicioso.
" - Se fosse verdade metade do que ele diz de si próprio já seria uma grande pessoa".
Apliquem isto a quem quiserem.
Nas eleições Europeias de 2014 também a empresa de sondagens do Correio da Manhosice, a Aximage, fez uma sondagem que dava vantagem à coligação PSD CDS. Foi esta,
Depois viu-se o que aconteceu. PSD+CDS tiveram 27,7%
Agora repete-se o filme. Uma sondagem dá grande vitória da coligação de direita.
Esta sondagem foi feita com pouco mais de 600 entrevistas telefónicas. Se é que foram mesmo feitas foi para números dos amigos certamente.
Trata-se claramente de uma forma pouco séria de manipulação. Até o professor Martelo, na sua missa dominical afirmou que o que valiam eram as sondagens mais recentes, diga-se, as da Aximage. Ele com certeza que não é estúpido, mas quer fazer dos outros estúpidos.
Quem não os conhecer que os compre. Quem cabritos vende e cabras não tem de algum lado lhe vem!
Até pode ser que a coligação venha a ganhar as eleições, mas esta forma de fazer política é um nojo. Mesmo correndo o risco da desonestidade passar despercebida e vier a dar bons resultados, a viciação da opinião pública é sempre um sinal de pobreza intelectual.
Zé Manel:
Primeiros passos no jornalismo em 1976, passando por vários jornais ligados à UDP, até ingressar na redação d' A Voz do Povo. UDP - União Democrática Popular, organização política de tendência marxista-leninista criada em Dezembro de 1974, por onde andaram alguns radicais e outros extremistas, apoiantes da candidatura de Otelo Saraiva de Carvalho à presidência da República.
Foi o homem ligado à invenção do sistema de escutas montado a Cavaco Silva, alegadamente pelo governo Sócrates. Tudo claramente desmascarado e Zé Manel teve de deixar o Público.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1365623
O novo diário online Observador publicou a sua primeira edição em meados de 2014, José Manuel Fernandes assumiu o cargo de publisher da nova publicação.
Observador
Dúvidas imbecis
http://observador.pt/2015/09/11/foto-de-socrates-7-curiosidades-em-que-talvez-nao-tenha-reparado/
Vejam o nível a que desceu este pasquim da internet a quem alguns inocentes ainda atribuem o estatuto de nova comunicação social livre e independente.
O Correio da Manha não fazia melhor.
O blog O Jumento respondeu às dúvidas.
http://www.jumento.blogspot.pt/
“Tentando a tirar o máximo partido de uma imagem de Sócrates e de um grupo de amigos que assistiram ao debate Passos -Costa um jornalista da Voz do Povo armou-se em Rosário Teixeira e ficou cheio de dúvidas em relação à imagem.
Viu um fundo em todos os copos e concluiu que se tinha bebido vinho, sugerindo uma dúvida perigosa, onde estará a garrafa de vinho? O imbecil não reparou em duas coisas, que o fundo dos copos tem sempre a mesma dimensão e que mesmo a água num copo vermelho num ambiente escuro criaria a ilusão de ser vinho.
Concluiu maldosamente que a casa teria de ter ar condicionado em função do preço. Para o jornalista a casa teria de ter ar condicionado, todos os convivas gostariam de ar condicionado e nenhum deles sofreria de problemas de alergias.
Pergunta onde está o conviva no topo da mesa, mas a resposta é óbvia, "está tirando a fotografia ó imbecil!".
Contou os copos e reparou que havia mais copos do que convivas. Enfim, um estava tirando a fotografia os outros poderiam estar a mijar ou não gostam de ser fotografados.
O jornalista ainda ficou incomodado por se usarem copos e guardanapos pouco ecológicos e com a presença de uma ventoinha. Enfim, os redatores da Voz do Povo preocupam-se com tanta coisa!”
Para mim está claro o que é o Observador e ao que vem. Escondido atrás do arbusto com o rabo de fora.
Goste-se ou não se goste de Sócrates, há limites para tudo. Só falta acusar Sócrates de tomar banho. Vejam lá o abuso, gastar água e sabão, prejudicando o ambiente (quem paga a água?).
Miguel Macedo está metido em sarilhos, mas não é mal tratado pela imprensa rasca como é Sócrates e todos os conhecidos de Sócrates.
Assim se vê de que lado estão a justiça e a comunicação social, e ainda o nível de seriedade inteletual dos socialistas, comparado com os Marcos Antónios e os Paulos Rangéis.
Artigo de Clara Ferreira Alves* no Expresso, em 22 de novembro de 2014.
Podia ser publicado hoje e ainda estava atual.
(* Escritora e jornalista portuguesa. Licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra, trocou a advocacia pelo jornalismo e a escrita)
http://expresso.sapo.pt/opiniao/opiniao_clara_ferreira_alves/a-justica-a-que-temos-direito=f899406
Aqui fica a reprodução integral:
"A Justiça é antes de mais um código e um processo na sua fase de aplicação. Ou seja, obediência cega, essa sim cega, a um conjunto de regras que protegem os cidadãos da arbitrariedade. Do abuso de poder. Do uso excessivo da força. Essas regras têm, no seu nó central, uma ética. Toda e qualquer violação dessa ética é uma violação da Justiça. E uma negação dos princípios do Direito e da ordem jurídica que nos defendem.
Num caso de tanta gravidade como este, o da suspeita de crimes graves e detenção de um ex-primeiro-ministro do Partido Socialista, verifico imediatamente que o processo foi grosseiramente violado. Praticou-se, já, o linchamento público. Como?
1) Detendo o suspeito numa operação de coboiada cinemática, parecida com as de Carlos Cruz e Duarte Lima, a uma hora noturna e tardia, num aeroporto, quando não havia suspeita de fuga, pelo contrário. O suspeito chegava a Portugal. Porque não convocá-lo durante o dia para interrogatório ou levá-lo de casa para detenção?
2) Convidou-se uma cadeia de televisão a filmar o acontecimento. Inacreditável.
3) Deram-se elementos que, a serem verdadeiros, deviam constar em segredo de Justiça. Deram-se a dois jornais sensacionalistas, o "Correio de Manhã" e o "Sol", que nada fizeram para apurar o que quer que seja. Nem tal trabalho judicial lhes competia. Ou seja, a Justiça cometeu o crime de violação do segredo de Justiça ou pior, de manipulação do caso, que posso legitimamente suspeitar ser manipulação política dadas as simpatias dos ditos jornais pelo regime no poder. Suspeito, apenas. Tenho esse direito.
4) Leio, pela mão da jornalista Felícia Cabrita, no site do "Sol", pouco passava da hora da detenção, que Sócrates (entre outros crimes graves) acumulou 20 milhões de euros ilícitos enquanto era primeiro-ministro. Alta corrupção no cargo. Milhões colocados numa conta secreta na Suíça. Uma acusação brutal que é dada como certa. Descrita como transitada em julgado. Base factual? Fontes? Cuidado no balanço das fontes, argumentos e contra-argumentos? Enunciado mínimo dos cuidados deontológicos de checking e fact-checking? Nada. Apenas "o Sol apurou junto de investigadores". O "Sol" não tem editores. Tem denúncias. Violações de segredo de Justiça. Certezas. E comenta a notícia chamando "trituradora" de dinheiro aos bolsos de Sócrates. Inacreditável.
5) Verificamos apenas, num estilo canhestro a que a biógrafa de Passos Coelho nos habituou (caso Casa Pia, entre outros) que a notícia sai como confirmada e sustentada. Se o Watergate tivesse sido assim conduzido, Nixon teria ido preso antes de se saber se era culpado ou inocente. No jornalismo, como na justiça, há um processo e uma ética. Não neste jornalismo.
6) Neste momento, não sei nem posso saber se Sócrates é inocente ou culpado. Até prova em contrário é inocente. In dubio pro reo. A base de todo o Direito Penal.
7) Espero pelo processo e exijo, como cidadã, que seja cumprido à risca. Não foi, até agora. Nem neste caso nem noutros. Isto assusta-me. Como me assustou no caso Casa Pia. Esta Justiça de terceiro mundo aterroriza-me. Isto não acontece num país civilizado com jornais civilizados. Isto levanta-me suspeitas legítimas sobre o processo e a Justiça, e neste caso, dada a gravidade e ataque ao regime que ele representa, a Justiça ou age perfeitamente ou não é Justiça.
8) Verifico a coincidência temporal com o Congresso do PS. Verifico apenas. Não suspeito. Aponto. E recordo que há pouco tempo um rumor semelhante, detenção no aeroporto à chegada de Paris, correu numa festa de embaixada onde eu estava presente. Uma história igual. Por alturas da suspeita de envolvimento de José Sócrates no caso Monte Branco. Aponto a coincidência. Há um comunicado da Procuradoria a negar a ligação deste caso ao caso Monte Branco. A Justiça desmente as suas violações do segredo de Justiça. Aponto.
9) E não, repito, não gosto de José Sócrates. Nem desgosto. Sou indiferente à personagem e, penso, a personagem não tem por mim a menor simpatia depois da entrevista que lhe fiz no Expresso há um ano. Não nos cumprimentamos. Não sou amiga nem admiradora. É bizarro ter de fazer este ponto deslocado e sentimental mas sei donde e como partem as acusações de "socratismo" em Portugal.
10) As minhas dúvidas são as de uma cidadã que leu com atenção os livros de Direito. E que, por isso mesmo, acha que a única coisa que a Justiça tem a fazer é dar uma conferência de imprensa onde todos, jornalistas, possamos estar presentes e fazer as perguntas em vez de deixar escorregar acusações não provadas para o "Correio da Manhã" e o "Sol". E quejandos. Não confio nestes tabloides para me informarem. Exijo uma conferência de imprensa. Tenho esse direito. Vivo num Estado de Direito.
11) Há em Portugal bom jornalismo. Compete-lhe impedir que, mais uma vez, as nossas liberdades sejam atropeladas pelo mau jornalismo e a manipulação política.
12) Vou seguir este processo com atenção. Muita. Ou ele é perfeito, repito, ou é a Justiça que se afundará definitivamente no justicialismo. Na vingança. No abuso de poder. Na proteção própria. O teste é maior para a Justiça porque é o teste do regime democrático. E este é mais importante que os crimes atribuídos a quem quer que seja. Não quero que um dia, como no poema falsamente atribuído a Brecht, venham por mim e não haja ninguém para falar por mim. A minha liberdade, a liberdade dos portugueses, é mais importante que o descrédito da Justiça. A Justiça reforma-se. A liberdade perde-se. E com ela a democracia".
CONCLUSÃO
Uma das boas formas de saber se alguém é intelectualmente sério e competente é ler o que escreveram como previsão do futuro em dias passados. Assim podemos verificar se acertaram. Lembro Paulo Portas no parlamento em 2006 a insultar Ferro Rodrigues, que ainda se havia de lamentar quando fossem mostradas as provas das armas de destruição maciça que deram origem à guerra do Iraque. Bom, até hoje nada! Ferro Rodrigues ainda não teve de se arrepender por duvidar.
E ainda há pessoas que pensam que o progresso é garantido e que as civilizações não podem andar para trás.
A história ensina que já muitas culturas se perderam e voltaram à barbarie, quase sem darem por isso.
É a triste realidade. Com os jornais, jornalistas, justiça e políticos que temos já não falta muito para os interesses egoistas tomarem conta da solidariedade e da generosidade.