Crise? Qual crise?
Estou a dizer uma coisa que toda a gente já sabe, mas eu quero que ninguém esqueça.
A crise não é para todos!
Sérgio Monteiro e Catroga são os mais acabados exemplos que a crise e as restrições de dinheiro quando nascem não são para todos.
Fico por aqui à espera que lhes faça bom proveito.
Podem comprar carros e casas, mas, para o céu é que não vão de certeza.
Portugal é um país original em muitas coisas, uma delas é no cumprimentos e/ou não cumprimento de regras. Cada um acha-se no direito de cumprir ou não as regras estabelecidas em função da sua própria vontade. São exemplos disto os horários das reuniões e dos encontros, ou mesmo das próprias leis. E isto acontece quase sem consequências.
Há sempre uma maneira de não cumprir uma lei, quanto mais não seja, pelas próprias exceções que a lei estabelece. Convém relembrar que as leis são feitas pelos deputados consultores de gabinetes de advogados que depois são chamados para interpretar a lei à vontade dos seus interesses, dos seus clientes e dos seus amigos.
O exemplo mais recente e mais mediático foi o fim de prazo de inquérito do processo em que está envolvido José Sócrates. O prazo, já dilatado pela complexidade do processo (e que já estava consolidado há quase um ano), terminou em 19 de outubro de 2015.
Estamos em finais de novembro e nada. Nem acusação nem arquivamento. Agora diz o ministério público e alguns comentadores convenientes, que os prazos escritos na lei como “máximos” são meramente indicativos.
Veja-se na prática o que isto significa. A velocidade máxima nas autoestradas é de 120 quilómetros por hora, mas será apenas um valor indicativos. Os carros de boa cilindrada sentem-se no direito de circular a 160 km/h ou mais. Até acendem as luzes a quem vai a cumprir a velocidade estabelecida. Portanto sentem que estão dentro da razão.
Para abreviar vou mostrar exemplos mais fáceis de demonstrar a falsidade da interpretação dos máximos “indicativos”.
Em vez de palavras fiquem com os vídeos:
Altura indicativa 1:
Altura indicativa 2:
Agora vão perguntar ao Alex e aos advogados e juízes pafiosos o que têm a dizer aos motoristas destes camiões. Podem continuar a passar nas pontes baixas porque os avisos de altura máxima são apenas indicativos, tal como prazos da justiça portuguesa? São estes especialistas que eu não gostaria de ver a conduzir camiões, a pilotar aviões, a fazer intervenções cirúrgicas, ou sequer a cortar o meu cabelo. São um perigo para a natureza e uns inúteis.
Nota: De um país que elegeu duas vezes o presidente que temos em Belém, o que era de esperar?
Está tudo louco!
Depois das cagarras só falta ver um porco a andar de patins.
O circo chegou
Depois de ouvirem a letra desta canção ficam a perceber melhor o que é uma perfeita loucura. A imaginação ao serviço da loucura e da falta de ligação lógica entre os vários assuntos.
É assim que estou a ver Portugal nos últimos tempos.
Lamentável.
Boi de piranha é uma expressão utilizada no Brasil para caricaturar a situação dos políticos sacrificarem um dos seus para distrair a justiça e a opinião pública deixando os restantes do seu grupo na paz e sossego para continuarem ou esconderem as suas tropelias.
O termo tem origem numa técnica utilizada pelos grandes criadores de gado do Brasil que consiste em deitar um boi para um rio que esteja infestado de piranhas, normalmente um boi escolhido por ser mais fraco ou mais velho. Enquanto todas as piranhas se ocupavam o comer o chamado “boi de piranha” o resto da manada pode passar o rio sem perigo de mordidelas das piranhas.
O mesmo que aqui refiro parece estar a ser feito com Miguel Macedo do PSD. Este antigo deputado e ministro da administração interna foi nitidamente atirado às piranhas da justiça e da comunicação social. Deste modo pretende-se passar a manada do resto dos malfeitores do partido (Marcos Antónios Costa, Menezes pai e filho, Migueis Relvas, Dias Loureiros, etc., etc.).
Estas capas não têm outro significado?
5 Nov. 15
8 Nov. 15
É sempre de desconfiar quando as notícias são repetidas e dadas de forma sensacionalista, como também foi acontecendo com Sócrates. Escolhe-se a fotografia mais desfavorável e umas letras bem gordas. O conteúdo da notícia pode dizer o contrário, ou nada, porque pouca gente lê e sempre dá geito para desculpa perante a justiça. A lavagem ao cérebro dos mais distraídos é uma técnica praticada por jornalismo de sarjeta, diga-se, com grande eficácia e profissionalismo. Também existe o termo do "crime perfeito", nestes casos as difamações perfeitas.
O que acho, quer para os da minha simpatia política, quer para todos os outros:
- Enquanto os casos estão nas mãos da justiça, não interessa, não se deve, nem se pode, estar a deitar lama para cima das pessoas.
As suspeitas são suspeitas, só depois de provadas, se forem provadas, é que se tornam crimes.