Carvalho da Silva disse ontem no congresso da CGTP uma verdade que estava a escapar a todos nós. O país tem sido devastado financeiramente, não pela corrupção em atos classificados como crime, mas muito mais em "corrupção" em atos perfeitamente legais. A soma de todos os dinheiros pagos a Manuel Godinho, Isaltino de Morais, José Sócrates, Armando Vara, etc., aliás, muito mal ou nada provados, são uma pequeníssima, mas mesmo muito pequeníssima parte do que foi dado a bancos, empresas públicas e até privadas, na maior impunidade e dentro da "lei".
O alarido dos casos mediáticos servem apenas como cortinas de fumo para os grandes tubarões passarem pelos pingos da chuva sem se molharem. Ninguém pergunta como é que Miguel Relvas é "dono" (ou intermediario na venda) de um banco "legal", ninguém pergunta como é que Dias Loureiro ganhou fortunas, ninguém questiona como é que a Caixa Geral de Depósitos dá prejuízos, com todo o dinheiro que tem e dando juros aos seus depositantes de 0,35% ao ano (é o meu caso, tenho lá todas as poupanças e recebo ao fim de um ano uma centena de Euros).
Poucos se incomodam com os fabulosos lucros dos Pingos Doces, das SONAIs, das EDPs, das Portugal Telecoms, com o dinheiro a ir parar às mãos dos chineses e dos governos da Holanda e do Luxemburgo "legalmente".
Quando Portugal mais precisava de ajuda, a Finlândia ridicularizou-nos e castigou-nos com ameaças de veto. Agora, tem de engolir o amargo do seu próprio remédio…
Portugal é uma nação quase milenar, a Finlândia é uma antiga colónia russa cuja independência não conta sequer um século. Em 2011 os finlandeses acharam por bem tentar humilhar Portugal, demonstrando bem o seu sentido de “solidariedade europeia”.
A Finlândia, ficou rica a vender papel e madeira aos russos, e telefones Nokia ao resto do mundo. Quando Portugal precisou de um resgate devido às políticas despesistas erradas impulsionadas por Bruxelas, a “solidariedade europeia” dos finlandeses traduziu-se numa ameaça constante de veto e em insultos constantes ao nosso povo.
Fomos apelidados de preguiçosos, burros e gastadores do “dinheiro deles”. Até um jogo ‘online’ fizeram, intitulado “o rei de Portugal”, em que os portugueses irresponsáveis queimavam o dinheiro finlandês.
Outros fizeram vídeos a gozar connosco no youtube.
A situação mediática ficou tão negra que até Marcelo Rebelo de Sousa, viu necessidade de fazer um pequeno filme a explicar aos finlandeses que Portugal não era tão mau como parecia. Uma boa iniciativa patriótica, mas o patético filme nunca passou nem na Alemanha, nem na Finlândia.
O antigo primeiro-ministro da Finlândia, Alexandre Stubb, culpa… a empresa de computadores Apple pela desgraça que está a afectar o seu país: “o iPhone matou a Nokia e o iPad matou a indústria do papel finlandês”. Mas quando a competição externa matou grande parte da indústria têxtil portuguesa, lançando milhares no desemprego, os países nórdicos pouca, ou nenhuma, solidariedade mostraram para connosco.
Adaptado de um texto de Pedro Santos
http://jornaldiabo.com/internacional/finlandia-crise/
Mas há mais,
Finland is expected to be Europe’s worst performing economy in 2016 after Greece
http://www.focus-economics.com/countries/finland
Prevê-se que a Finlândia venha a ter a economia com pior desempenho em 2016 logo a seguir à Grécia.
Que grandes preguiçosos!
Vão trabalhar malandros!
Alguns títulos dos Correios das Manhãs do outro lado dos Pirenéus.
Finland after the boom: 'Not as bad as Greece, yet, but it's only matter of time'
Finland’s economy is heading for a ’perfect storm’ of economic problems which risk undermining growth
Finland Economy - GDP, Inflation, CPI and Interest Rate
Finland is the poster child for why the euro doesn’t work
Nordea Bank: Only a miracle can revive Finnish economy
Finland Anti-Austerity Strike Shuts Down Public Transport, Flights
As Recession Pits Labor Unions Against Government
Greve contra a austeridade em 18 de setembro de 2015 em Helsínquia.
(*) Bancada vem de Banco? Ou é Banco que vem de Bancada?
Com um nome destes não podia ser boa pessoa.
Jeroémio Dissel Blum? Seria mais fácil chamar-lhe "mabeco".
Foi este ex-ministro holandês, agora presidente do Eurogrupo, que pressionou Grécia, Portugal e Espanha para adotarem as medidas de austeridade, depois de ele próprio ter transformado a Holanda num dos maiores paraísos fiscais da Europa senão do Mundo. O dinheiro dos países do Sul “dos preguiçosos e desonestos” foi passando para os bolsos dos “honestos e trabalhadores” do Norte. Basta ver o exemplo das grandes empresas portuguesas com sede fiscal na Holanda – Portugal Telecom, Pingo Doce, Sonae, etc..
Agora percebo porque lhe chamam Países Baixos. É porque são muito baixos em moral e usam truques baixos para passarem a perna aos outros.
Colocar o lobo a tomar conta do galinheiro.
O que não se sabe deste senhor – porque não se publica em nenhum dos maiores meios de informação – é quem ele realmente é. Esse personagem jogou um papel crucial no trabalho de transformar a Holanda num paraíso fiscal onde as maiores empresas europeias (incluindo algumas espanholas) e norte-americanas evitam pagar seus impostos nos países onde se realiza a produção, a distribuição ou o consumo dos seus produtos. A política impositiva desse país está desenhada para atrair as companhias multinacionais, que estabelecem suas sedes na Holanda. As vantagens fiscais e subsídios públicos, assim como seu tratamento favorável às rendas do capital, são bem conhecidas no mundo financeiro e empresarial.
Desprezo esta gente insensível e cínica.