Os políticos e sindicalistas de esquerda radical enchem as ruas com manifestações monumentais, dizendo que têm de ser os ricos a pagar a crise. Também os habituais palpiteiros das televisões começam as suas pregações com a frase “É muito simples, basta …, blá, blá, blá, …”.
Então se é tão simples, e os governos são por natureza preguiçosos, porque é que não adoptam as soluções simples e eficazes dos treinadores de bancada?
Resposta:
Porque mesmo os ministros das finanças mais burros sabem fazer algumas contas.
Como podem ver, a explicação está nos grandes números. Os políticos e as profissões liberais podem ganhar muito mais do que os trabalhadores, mas acontece que o número de trabalhadores é muitíssimo maior.
Não consegui saber os números exactos de todas as parcelas, mas para o raciocínio que pretendo desenvolver um erro mesmo de 30% não altera muito as conclusões.
Exemplo de ordenados | nº de pessoas | |
Prof. Liberais | 5.000,00 € | 5.000 ? |
Deputados | 3.708,00 € | 230 v |
Políticos | 3.500,00 € | 10.000 ? |
Funcionários públicos | 1.200,00 € | 708.000 v |
Trabalhadores privados | 1.000,00 € | 3.500.000 ? |
Conclusão
Por enquanto a redução de ordenados dos políticos é uma brincadeira.
Quando as coisas piorarem vão a seguir os funcionários públicos.
Para o fim ficam os milhões de trabalhadores.
O problema é que os trabalhadores privados estão já nos limites mínimos de sobrevivência, à beira de pobreza.
O mais fácil é mesmo “atacar” os funcionários públicos, que constituem a maioria da classe média citadina que não consegue fugir aos impostos. Para os palpiteiros das televisões e os economistas de pacotilha é mesmo o alvo mais fácil e suculento.
Preparem-se colegas.