Do processo de acusação:
"785.º Com esta conduta, Manuel Godinho e a “O2” procuraram obter benefício patrimonial de, pelo menos, 128,80€ e causar à REN um prejuízo, ao menos, equivalente”.
Neste artigo o Sr. Dr. Juíz declara o prejuízo causado à empresa Pública e o benefício para Godinho, supostamente à custa de suborno de quadros da empresa.
Façamos então umas contas. Godinho teria de dar uma gorjeta, admitamos de 15%, para ainda poder ganhar qualquer coisa, dá 19,32€. Com são vários envolvidos, ficaria cada um com menos de 10€.
Provas? Nada! Godinho teria de ter uma contabilidade para os subornos senão arriscava-se a perder mais dinheiro do que o que ganhava com o negócio. Para além da famosa lista das prendas, onde estão os dinheiros devidos?
Claro que escolhi este exemplo por ser o mais ridículo de todos, mas dentro do processo há outras contas mal feitas, tudo interpretado segundo a mais elaborada teoria da efabulação. O que me entristece é que isto demonstra o espírito e o carácter de um alto quadro da justiça. Para piorar as coisas junta-se ainda uma certa comunicação social cega e imbecil. Tiveram acesso ao processo antes dos próprios visados, mas não leram ou não quiseram ler com espírito crítico e imparcialidade tudo o que está lá escrito. É pena!