Julian Assange, Wikileaks, os documentos secretos e as duas meninas púdicas.
As duas suecas que acusam Julian Assange de violação e agressão sexual são: uma feminista de 31 anos; e uma admiradora de 27 anos.
Depois das acusações de crimes sexuais, chamadas de "cilada" em várias ocasiões por Julian Assange, a "Senhora A" e a "Senhora W" vivem afastadas da atenção da imprensa: uma cortou a linha telefónica; e outra mudou-se para a Cisjordânia com uma missão cristã.
Tudo se precipitou a partir de uma conferência de imprensa concedida pelo fundador do WikiLeaks no dia 14 de Agosto em Estocolmo, organizada por uma ala cristã do Partido Social-Democrata sueco, baptizada de "Fraternidade".
A "Senhora A" hospedou o australiano no seu estúdio de Estocolmo desde a chegada de Assange à Suécia, no dia 11 de Agosto. Segundo o depoimento da senhora tiveram relações vários dias, tendo Assange ficado em casa da senhora até dia 20 de Agosto.
Na conferência de imprensa do dia 14 de Agosto outra mulher sentou-se na primeira fila: a "Senhora W".
No depoimento, a "Senhora W" afirmou que viu Assange na televisão e o considerou "interessante, corajoso e admirável". A senhora tirou um dia de folga e insistiu para passar a tarde com o fundador do WikiLeaks. Na noite de 16 Agosto, a "Senhora W" convidou Assange para visitar a sua casa, em Enköping, a 50 km de Estocolmo. Na ocasião aconteceram as relações sexuais que ela depois denunciou à justiça.
No dia seguinte, o caso foi a manchete da primeira página do jornal Expressen (deve ser o jornal Sol lá da Suécia).
Mais um caso de justiça ao sabor do vento.
As senhoras são o que são. Mas o que admira é a justiça sueca prestar-se a este serviço. Pois é, nestes tempos difíceis, em que a indústria dos automóveis Volvo, Scania e Saab já não dão muito dinheiro, uma importação de 280 000€ em troca por quatro pernas de loiras suecas não é mau negócio para a Reino do Sol Nascente.
Neste caso todos fizeram pela vida:
Tudo gente suja dos países civilizados. Não é só em Portugal que a justiça suja usa motivos laterais para apanhar pessoas que não consegue apanhar pelos motivos verdadeiros.
Também ficámos a saber que Visa, Mastercard e PayPal são instrumentos da política externa dos EUA, já que os pagamentos dos donativos para ajudar Assange a sair da prisão foram bloqueados por aquelas empresas.