Os cálculos são difíceis de fazer porque os salários foram variando ao longo dos anos.
Para simplificar suponhamos que o salário não variava.
Os descontos para aposentação são para a minha categoria, cerca de 11% do salário.
Assim, quando me reformar aos 65 anos com quarenta e dois anos de serviço, terei descontado a mais 4,6 anos de salário. Ou seja, até aos 69 anos e meio não me estarão a dar nada. Estou a consumir do dinheiro que adiantei.
Se viver mais tempo, terei de consumir verba de alguém que morreu mais cedo, ou dos novos que estão ainda a descontar.
Acontece que eu, ou muitos dos que estão nas minhas condições, provavelmente não vão viver até aos 70 anos, portanto pagarão mais do que o que vão receber.
Entretanto o Estado ficou com o nosso dinheiro e investiu, transformando-o num valor maior (se forem espertos e sérios).
Nos tempos antigos não havia reformas a não ser para os militares e uns poucos funcionários. Então as pessoas punham o dinheiro no banco para as suas reformas. Não descontavam, mas também não pediam nada a ninguém.
Conclusões “aproximadas”
No meio destas compensações, metade de nós ou mais, não ficam a dever nada a ninguém. Recebem aquilo que descontaram.
Ponham os descontos voluntários, e muitos de nós cá nos encarregamos de fazer as nossas reservas. Se nos quisermos reformar mais cedo não teremos de pedir nada a ninguém.
Se morrer antes dos 69 anos e meio dei as minhas poupanças a alguém que está na reforma há mais de 4 anos e meio.
Sistema mais justo
Quando chegar a altura da reforma fazem os cálculos do que descontámos. Dão-nos o salário igual ao que recebemos a trabalhar durante um número de meses ou anos até esgotar a nossa reserva. Depois reduz-se a 20%, apenas para dar para as despesas de alimentação e medicamentos. Viagens e carro novo só para quem tiver outras reservas.