O comunismo já deu o que tinha a dar – faliu.
O capitalismo está a dar as últimas badaladas.
O sistema político a que chamamos democracia tem de ser renovado.
De vez em quando votamos, mas a maior parte das vezes escolhemos apenas um homem entre três ou quatro possibilidades. A nossa decisão é tomada, quase certamente, pela maior ou menor simpatia relativamente aos líderes políticos dos maiores partidos. Não estou a imaginar ninguém votar no PSD não gostando nada de Passos Coelho mas achando que Relvas e a restante equipa é de excelente qualidade. Votamos apenas nos líderes porque é a eles que cabe depois escolher os restantes colaboradores. Isto é teoricamente, porque na prática a liberdade de escolha pelos próprios líderes fica limitada a compromissos partidários, jogos de poder escondidos e outros compromissos.
Isto é, na prática os ministros frequentemente não são as pessoas melhor preparadas para decidir bem e governar. Veja-se por exemplo os “cromos” mais recentes desta coleção: – o que entende de agricultura a Ministra Cristas, ou o que entende de saúde Paulo Macedo, ou ainda o que entende de energia e trabalho o Álvaro?
Portanto, na prática, em troca da escolha de uma pessoa levamos em cima com uma tralha rançosa e fedorenta de ministros e secretários de estado parasitas e inúteis.
Em relação aos deputados ainda pior. Escolhemos quatro ou cinco e levamos com mais cinquenta ou oitenta ranhosos oportunistas.
Não vai para ministro ou deputado quem sabe dos assuntos, mas quem é de um partido ou quem tem bons conhecimentos nos partidos ou nas maçonarias ou na opus dei.
Por outro lado, se um governo cai por indecente e má figura do primeiro-ministro, lá se vão 10 ou 15 ministros, mesmo que cinco ou dois deles possam ser excelentes pessoas e profissionalmente competentes.
Portanto tudo isto está mal. Há uma tendência para a incompetência obediente.
A tudo isto dizem os conformados: - “Temos de aguentar isto porque não há sistema melhor”.
Pergunto eu! Como podemos saber que não há melhor se não procurarmos, se não nos esforçarmos por fazer alguma coisa mudar, tentar algo diferente?
Tenho uma proposta:
Meritocracia Democrática
Dois em dois anos fazem-se eleições para cada ministério. Se o ministro das finanças é bom fica, ao mesmo tempo que podemos correr com a ministra da justiça, e por aí fora. O primeiro-ministro passa a ser um porta-voz e secretário dos outros. O presidente da república – rua já.
Nas eleições para um ministério ou vários ministérios, cada candidato faz a sua campanha independente e ganha o que mais pessoas escolherem.
Os seus vencimentos são os das profissões onde trabalhavam antes.
Demagogia da minha parte? Inocência talvez!
Mas estou a dar a minha ideia … Não vejo os mais inteligentes procurarem novas soluções.
Haverá algum inconveniente em ter em cada ministério a pessoa mais conhecedora desse assunto, mais bem preparada e competente, fosse de que partido fosse? Eu acho que não!
Acabava-se também com as negociatas das coligações e das oposições.
Quem fosse melhor avançava. Quem estivesse a fazer melhor trabalho ficava.
Só não tenho a certeza se devíamos pagar muito bem a estes dirigentes ou se deviam estar lá apenas por missão de serviço à sociedade?
Outra reflexão era se só devriam votar para determinado ministério quem percebesse ou tivesse interesses nesse tema. Podia ser bom ou mau !?
Vou continuar a pensar neste sistema.
Com sistemas eletrónicos era possível fazer isto barato.