O governo mandou, e bem, fazer um estudo sobre as Fundações. Saber quais são e onde estão, para que servem e quanto gastam. Os comentadores do costume começaram logo a ler o relatório (passado por baixo da mesa para a comunicação social amiga) de forma parcial e enviezada. Foi logo dada a notícia do escândalo das fundações que tivessem algo a ver com o partido Socialista, em particular a Fundação Mário Soares e a Fundação Magalhães. Muita gente se incomodou logo com os gastos destas duas fundações sem sequer se informarem sobre o que têm feito. Por exemplo, a Fundação Magalhães foi a que recebeu mais dinheiro, mas o serviço que prestou foi a informatização das escolas desde os níveis mais baixos de scolaridade, preparando os jovens para no futuro preencherem o IRS, o IRC, a contribuição autárquica IMI, o imposto automóvel IUC, a renovação do cartão de cidadão, etc., etc., através da internet, vindo o Estado a poupar no futuro próximo milhões de Euros em impressos, em número de funcionários, em horas de trabalho e em papel. Seremos nós a fazer o trabalho que caberia ao Estado.
A Fundação Mário Soares tenho algumas dúvidas, mas sei que tem servido de centro de difusão de conhecimentos e debates, pelo menos tem um cheirinho a cultura e melhoria da sociedade.
Mas há outras fundações de que poucos falam, a Fundação PSD Madeira, que serve para as festas do partido e a notícia mais recente, a Fundação PortoGaia para o Desenvolvimento Desportivo.
Leram bem?
Fundação PortoGaia para o Desenvolvimento Desportivo
Esta fundação, fortemente apoiada por Filipe Menezes, o pai do deputado Luizinho Chafurda, gastou mais de 15 milhões de Euros, dos quais mais de 4,5 milhões dinheiro directo do Estado (nosso bolso portanto), para construir o Centro de Estágios do Futebol Clube do Porto, pagando este rico clube uma renda de 500 Euros mensais, um pouco mais elevada do que um estudante paga por um quarto alugado. – Bons negócios heim?
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/politica/menezes-acaba-com-portogaia
Uns pontapés na bola e ninguém chora o dinheiro. Esperemos pelas extinções para saber quem são os amigos.