Correio Manhoso perseguido – quem acredita? Coitadinhos!
Depois da detenção de Sócrates no aeroporto da Lisboa em 22 de novembro de 2014, o Correio Manhoso publicou capas consecutivas com a cara de Sócrates durante mais de dois meses. Digo consecutivas é mesmo todos os dias, todas as edições. Nenhum outro jornal fez tal coisa nem parecido.
Veja-se em, Prémio Jornalismo de Sarjeta 2014
http://eu-calipto.blogs.sapo. O pior é que iam aparecendo muitas “mentiras?”, mas muitas coisas que só poderiam vir do sistema de justiça, como se veio a comprovar mais tarde. Isto constituiu uma campanha de julgamento popular que condicionou a própria justiça, se é que não foi propositadamente alimentada por alguns elementos da justiça. Foi o julgamento popular chinês à moda portuguesa (manhosa). Ficou visto e provado que o super juiz almoçou pelo menos uma vez com jornalistas do grupo do Correio Manhoso. Nada de mal, mas que levanta suspeitas isso é inegável. Cada um tem os amigos que merece. Os advogados de Sócrates não podiam desmentir as notícias do Correio Manhoso, não só porque isso os obrigasse a dizer o que estava realmente no processo, mas porque eles próprios não tinham acesso aos detalhes da acusação e às provas recolhidas. Só o Correio Manhosos sabia tudo e passava aos outros meios de comunicação social. A cegarrega continuou mais ou menos continuamente, alguns dias de descanso ou notícias requentadas em letras muito pequeninas, até ao dia em que o tribunal da relação obrigou ao fim do segredo de justiça para os arguidos, 17 de outubro de 2015. Depois desta data começaram a aparecer todos os dias grandes capas do Correio Manhoso com informações do processo. Até que o tribunal da relação aprovou em 27 de outubro uma providência cautelar a proibir os “sarjetos” de continuar a publicar peças do processo em segredo. O que aqui aparece, ou são coisas tiradas do segredo de justiça, ou são mentiras. As duas opções são crime! O Tribunal da Comarca de Lisboa deferiu na terça-feira, 27 outubro, a providência cautelar interposta pela defesa de José Sócrates para impedir a divulgação de notícias relacionadas com o processo "Operação Marquês" pelo grupo Cofina, proprietário do Correio da Manhã. Segundo escreveu Eduardo Dâmaso (CM), “Numa democracia que tem a liberdade de imprensa e de expressão como pilares, este tipo de silenciamento aproxima-se perigosamente da ideia de censura prévia". Esta providência cautelar só foi pedida para alguns órgão de (des)informação, diga-se Grupo Cofina (os mal-cheirosos). Surpresa geral? Mas é não querer ver a realidade, penso eu. O segredo de justiça foi aberto só para os interessados. Supresa sim, é: “Operação Marquês - A lista de assistentes inclui jornalistas de quatro órgãos de comunicação social: “Correio da Manhã”, “Sol”, “i” e “Sábado”. O quê? A que propósito? Com que utilidade? Mas o segredo continuou a ser obrigatório para a sociedade em geral. Isto é a lei. Quem deve julgar são os tribunais, por muito que não confiemos neles (ou nalguns juízes). Os jornalistas comentadores, tipo Rodrigues dos Santos & Comp. Lda., começaram aos berros que está a haver censura, blá, blá, blá., Logo a estratégia dos manhosos mudou e agora são as vítimas de perseguição. Os coitadinhos! As virgens ofendidas. Mas mesmo assim não deixam de continuar a tomar a mesma droga e a servir o mesmo veneno aos outros. Optam agora por denegrir os juízes e todos os que ousem dar opinião contrária. Isto é a vingança à moda dos mafiosos. Aparece logo a vida privada, a fotografia, a difamação, o mal dizer. Um nojo. Um mau cheiro que não se aguenta. Só não vê quem não quer ver.