Terminou o julgamento de Oscar Pistorius o atleta olímpico deficiente, que foi acusado de ter assassinado a sua namorada com tiros de pistola através de uma porta da casa de banho, dizendo ele que pensava tratar-se de um assalto.
Pois os juízes Sul Africanos, presididos por uma juíza africana de pele escura, condenaram Pistorius a 5 anos de cadeira. Muitos queriam uma pena mais pesada, mas estes juízes ouviram as duas partes e não foram sensíveis à opinião pública. Como não tinham a certeza absoluta de que Pistorius teria tido a intenção de matar, pensando tratar-se de ruídos provocados por um assaltante, condenaram com moderação. Uma pena equilibrada e não deixa de ser um castigo para, na melhor das hipóteses, ter-se tratado de precipitação e falta de cuidado. Já basta o remorso de perder a namorada e vergonha da acusação e stress do julgamento, mais a condenação da opinião pública.
Que pena não termos juízes destes em Portugal, onde as penas são muito pesadas quando não se gosta de uma pessoa, mesmo não havendo crime grave ou sequer a certeza do crime ter sido cometido. Aqui em Portugal até se julgam e condenam as intenções. Veja-se que Manuel Godinho foi condenado a 17 anos de prisão por oferecer algumas prendas de umas centenas de Euros, e José Penedos a 5 anos de prisão por ter recebido uma taça de cristal e ter telefonado ao filho a dizer “Não me chateies mais, a carta já seguiu...”. No meio de tudo isto pouco mais se terá passado do que umas trafulhices de um sucateiro, mas escusavam de inventar o resto da história a partir de sonhos de um inspetor paranóico "... corrupção, associação criminosa ...".
A antiga Ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues levou 3 anos de prisão com pena suspensa porque contratou serviços de um advogado por ajuste direto (o que é feito todos os dias por este e por outros governos).
Que grande lição que a juíza africana tem para dar aos nossos justiceiros Rauis a Alexes.