Um pasquim encontra sempre uma maneira manhosa de dar uma notícia.
A imaginação do jornalismo de sarjeta, desonesto e ranhoso, não tem limites.
Einstein dizia: "Existem apenas duas coisas infinitas - o Universo e a estupidez humana. E não tenho tanta certeza quanto ao Universo".
O exemplo mais recente:
Para quem tiver um pouco mais de tempo e paciência para me aturar eu explico melhor o que se passa.
Há um certo jornalismo que em vez de dar as notícias opta pela estratégia de fazer intriga política, devassar a vida íntima das pessoas mais conhecidas, fazer investigação policial, entrar em guerras e polémicas pessoais. Isto é também uma forma de ganhar audiências e vender jornais. Para completar a cereja em cima do bolo, colocam umas fotos de umas raparigas quase nuas e umas notícias de crimes horrendos contados com todos os detalhes.
Em Portugal nenhum jornal ou órgão de comunicação social desempenha melhor este papel do que o CM - Correio Manhoso.
O pior e mais preocupante, é que há todos os sinais que este pasquim recebe informações de alguns elementos do sistema de justiça.
É todos os dias. Uma vez é Sócrates (de umas das vezes durante mais de 40 dias seguidos), depois foi por algum tempo Miguel Macedo, agora é Pinto da Costa.
Quando a justiça decide de forma contrária ou menos simpática para as preferências do Correio Manhoso, este serve-se do meio de comunicação para deturpar as opiniões e decisões dos outros.
Veja-se o exemplo do título que inicia este artigo. Um processo contra Rui Rangel foi arquivado, portanto aproveita-se para levantar a suspeita que foi jogo de secretaria. Tem sido sempre assim. Alguém que seja contrário à “pasquinice” aparece logo na capa do dia seguinte com qualquer insinuação caluniosa. Se alguém protesta, vem o grito de socorro:
"-Aqui-d’el-rei" que querem amordaçar a informação independente".
Um nojo!