Na física diz-se que tudo está em equilíbrio ou a tender para um estado de equilíbrio.
Na política é mais realista dizer-se que, ou se está a caminhar para o equilíbrio, ou a afastar do equilíbrio.
Na verdade as sociedades estão sempre em movimento, por esta razão há duas possibilidades, ou variam dentro de certos limites ou vão até um extremo de radicalismo e depois, num movimento violento ou revolucionário, invertem o sentido em que caminhavam.
O que pretendo dizer é bem demonstrado no movimento pendular da política, exemplificado em dois modelos:
Como se vê na figura, o movimento do pêndulo é impulsionado por duas forças (tendências) contrárias que atuam à vez, as "nacionalizações" e as "privatizações".
A forma de sabermos em que direção caminhamos torna-se assim fácil de identificar. Basta ver num determinado momento qual a tendência predominante "nacionalizações" ou "privatizações".
Quanto mais desequilibrado forem estas forças contraditórias mais alto vai o pendulo num dos extremos.
Quando o pêndulo atinge o ponto mais alto num dos lados só pode começar a descer e vai a toda a velocidade na direção do outro extremo.
Na impossibilidade de impedir este movimento pendular da política e das sociedades, o ideal seria que estes movimentos não atingissem os extremos, portanto que as amplitudes sejam pequenas. É o que se vai conseguindo com sucesso nos países mais desenvolvidos, nas democracias participativas.
Conclusão
Vejamos a situação de Portugal. Com esta explicação, e lendo as notícias da política nacional, todos percebem em que direção caminhamos neste momento.
O pior é que vamos com tante força que vamos seguramente atingir o ponto mais alto de um dos extremos, portanto com grande potencial para inverter o movimento e caminhar depois a grande velocidade para o extremo oposto.
Como expliquei, Portugal tem todas as caraterísticas dos países subdesenvolvidos, em que o pêndulo tem grandes amplitudes.
Tanto pior para nós. Vejam no lado direito do modelo 1 no que nos vamos tornar.
Isto vai estar melhor para uns quantos e muito mal para quase todos.