Há amianto em edifícios públicos, com vários casos reportados de mortes. Uma estatística do Direção Geral de Saúde diz que se registam cerca de 40 óbitos por ano diretamente relacionados com o amianto em Portugal.
Neste caso não é tão importante empurrar para baixo de tapete as culpas porque isso não resolve nada. Lá veio de Passos Coelho a desculpa imbecil “Os Socialistas estiveram no governos e não resolveram o problema”.
Desde 2012 que em conversas circulava o receio de que haveria amianto no edifício que alberga a Direcção-Geral de Energia e Geologia, em Lisboa, onde trabalham cerca de 120 funcionários, e que seria essa a causa de muitos problemas de saúde dos trabalhadores, incluindo 19 casos de cancro.
Passos Coelho minimizou a situação da DGEG. "De acordo com a avaliação que foi feita, o grau de perigosidade é relativamente baixo para não dizer negligenciável", disse no debate quinzenal no Parlamento, sublinhando que na maior parte das situações o amianto "não comporta um risco significativo para os trabalhadores".
Claro que para Passos Coelho morrerem 40 pessoas por ano, ficando muitos mais com doenças prolongadas não é nada de grave.
Parece que morrerem 19 funcionários públicos até é um bom serviço para o governo, a favor da sustentabilidade da segurança social – portanto é bom. Se morressem 500 mil até seria melhor.
Mas,
Passos contrata empresa por 25 mil euros para atender telefones em São Bento
Passos Coelho contratou uma empresa, em regime de outsourcing, para assegurar o atendimento telefónico na residência oficial do primeiro-ministro por 25,1 mil euros. Isto apesar de ter no seu gabinete dez secretárias pessoais, nove auxiliares, e 12 pessoas a prestar apoio técnico-administrativo em São Bento.
O contrato, assinado no dia 6 de Dezembro com a empresa We Promote - Outsourcing e Serviços, Lda. mas só publicado no dia 5 de Fevereiro no portal Base dos contratos públicos, inclui "designadamente as funções de atendimento telefónico, gestão, registo e encaminhamento de chamadas".
O gabinete do primeiro-ministro fundamenta a necessidade deste ajuste directo com "a ausência de recursos próprios".
O prazo do contrato é de um ano mas pode ser renovado por idêntico período "mediante aviso prévio por parte do gabinete de Passos Coelho.
Este já é o terceiro contrato celebrado pelo gabinete do primeiro-ministro com a empresa. O primeiro foi assinado no dia 4 de Fevereiro de 2012 por 10,4 mil euros e tinha um prazo de nove meses. O segundo foi celebrado a 15 de Janeiro de 2013 mas já por um prazo de 11 meses e 15 dias e por 12,5 mil euros. A justificação para adjudicar directamente com esta empresa foi sempre a mesma: "ausência de recursos próprios".
O jornal I questionou o gabinete do primeiro-ministro sobre as razões que levaram a a contratar esta empresa, tendo em conta que o próprio gabinete já tem um número considerável de secretárias/assistentes mas até à hora de fecho desta edição não obteve qualquer resposta.