Sócrates - Os truques da justiça e/ou da defesa, ou ambos!
Segredo de justiça? Onde?
Dois jornalecos publicaram transcrições do interrogatório a Sócrates realizado pelo procurador Rosário Teixeira no dia 27 de junho de 2015.
Foi de imediato aberto um processo de investigação à violação do segredo de justiça.
Alguém falou para onde não devia e sobre o que não podia.
Os apoiantes de Sócrates dizem que está visto que só pode vir do sistema de justiça.
Acontece que os serviços do Ministério Público se apressaram a dizer que tinham dado aos advogados de Sócrates uma cópia das gravações do interrogatório, portanto abrem a porta à possibilidade de ter sido a defesa a violar o segredo de justiça.
Em quem acreditar? Receio bem que cada um decida a favor das suas simpatias pessoais! Eu também …, sou um deles. Tenho a minha ideia.
O que me espanta seria que a defesa de Sócrates fosse confiar nos jornais mal cheirosos que mais perseguição têm feito a Sócrates – Correio da Manha e revista Sábado. Nem mais nem menos, foram só estes a revelar as conversas, nenhum outro jornal. Vejam o risco que os advogados corriam se confiassem nos jornais que eles tanto odeiam. Era uma boa cilada para acabar de vez com os advogados, bastava o jornaleiro ter seguido o rasto de chegada da informação. Só se os advogados fossem malucos, acho eu.
Por outro lado, a partir do momento em que o sistema de justiça (procurador ou seus funcionários) deram uma cópia do inquérito aos advogados sentiram-se livres para passar as informações por baixo da mesa aos informadores habituais. Nada lhes pode acontecer agora. A verdade só se saberá se o culpado cometer um dia um erro fortuito muito evidente.
Estejamos portanto preparados para nunca saber a verdade, sabendo que alguém está a mentir.
Conclusão
Justiça nunca haverá. Há muito que se finou. Não percam mais tempo com isto!
Eu sei uma maneira de desvendar a origem das fugas de informação e violação do segredo de justiça. Era prender o jornalista até ele dizer quem lhe passou a informação. Pelo menos não estávamos a condenar um inocente mas um colaborador próximo do criminoso e também criminoso. Com Felícia Cabrita e Octávio Ribeiro na prisão queria ver se mais alguém abria a boca.