Uma árvore é constituída em cerca de 50 % da sua massa seca por carbono. Este carbono constituinte da madeira é obtido na sua quase totalidade do ar da atmosfera, através da bem conhecida função clorofilina que se dá durante o dia, enquanto há radiação luminosa solar. Ao absorver o carbono a partir do dióxido de carbono do ar liberta oxigénio. À noite a árvore respira consumindo um pouco de oxigénio, mas muito menos do que aquele que absorveu.
Assim, as árvores e a floresta funcionam como sumidouro de carbono, compensando os gases libertados pela actividade humana - CO2 resultante da queima de combustíveis.
Embora haja gases com um potencial de efeito de aquecimento global muito mais acentuado do que o dióxido de carbono (metano, óxido de azoto e compostos halogenados ) é, pela sua muito maior quantidade libertada, o CO2 que mais contribui para a alteração do clima.
Por razões de protecção das florestas e do clima foram criadas regras para limitar o abate excessivo de árvores, assegurando que a madeira consumida é reposta na floresta através da replantação de novas árvores. Também se pretende preservar a biodiversidade, que tem vantagens a nível de controlo de doenças, riqueza patrimonial da vida, etc.
Os dois sistemas de certificação mais conhecidos a nível Mundial são os que se apresentam seguidamente.
Quem quiser saber mais sobre estes assuntos basta procurar a abundante informação detalhada na internet.
A Pegada Ecológica é uma estimativa da quantidade de recursos necessária para produzir, de uma forma continuada, os bens e serviços que consumimos, e absorver ou eliminar todos os resíduos e poluentes que produzimos. Explicado por palavras simples, a pegada ecológica individual será calculada pela área em hectares que uma pessoa necessitaria para produzir os próprios alimentos, para obter água e energia para as suas necessidades, espaço para eliminar os seus lixos, e plantas verdes para capturar a poluição do ar produzido nas nossas actividades, transportes, aquecimento, etc.
A pegada Ecológica Média de Portugal é cerca de 4,5 hectares globais por pessoa – duas vezes e meia acima da capacidade média aceitável para o planeta (1,8 hectares por pessoa).
No fundo, tudo se resume à quantidade de poluição que cada um faz e à quantidade total de pessoas. Se uma única pessoa morando numa área de 10 ha tivesse uma pegada individual de 1 ha , a sua contribuição pessoal seria imensa, mas como era o único em toda a área a situação global era perfeitamente sustentável, porque a média da pegada ecológica seria de 0,1 ha . Pior seria se nessa mesma área de 10 ha houvesse 1000 pessoas (pequena aldeia), pois mesmo que cada uma tivesse uma pegada de “apenas” 0,2 ha , a pegada ecológica do conjunto seria de 200 ha . Portanto, neste último caso estaríamos 111 vezes acima da sustentabilidade do planeta.
As médias são feitas contando com muitas pessoas que estão muito abaixo dos padrões máximos exigidos para a sustentabilidade, e por outras que, embora em menor número, contribuem com quase toda a poluição e consumo excessivo de recursos. As idades influenciam também muito o tamanho da pegada ecológica.
Se assim não for, nós ou os nossos descendentes estarão perdidos a longa prazo. Para quem quiser ter uma estimativa da sua pegada ecológica individual é muito interessante uma consulta à página Internet:
http://www.earthday.net/footprint/info.asp?language=portuguese&country=portugal