“A redução do número de passageiros não significa uma perda. O número de validações é que está a diminuir, mas os transportes estão cheios e existe menos um quarto de automóveis a circular. Não tendo desaparecido as pessoas, nem tendo havido um aumento de automóveis, significa que continuam a andar de transportes”, afirmou à Agência Lusa.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=604773
O secretário de estado dos transportes Sérgio Monteiro teve este rasgo de inteligência negativa.
Os transportes públicos davam grandes prejuízos.
Então a solução mais óbvia parecia ser aumentar o preço dos bilhetes, dos passes, eliminar os descontos para os jovens e terceira idade, diminuição de oferta - menos horários.
Resultado. Com estes aumentos e com a crise as pessoas deixaram de andar de transportes públicos. Uns levam os carros a cair de podres e "sem inspeção?", outros simplesmente ficam em casa.
Um passe social L123 + StcotUrb (para quem viva em Carcavelos e trabalhe em Lisboa), custa 100 Euros por mês, quer ande quer não ande. O gasóleo para o mesmo percurso custa 80 Euros por mês.
No final das contas, as empresas que não recebiam dinheiro suficiente começaram a receber ainda menos.
Toda a gente já percebeu que o governo não quer admitir a crua realidade.
Que fazer?
Inventar uma história da carochinha para enganar os palermas.
Conclusão
Este Sérgio Monteiro é um monteiro de lixo. Nunca mais ninguém pode acreditar no que ele diz. É pouco inteligente, incompetente, ou mentiroso.
Sabem aquela história: "Uma vaca ordenhada uma vez por dia dá 10 litros de leite, portanto se ordenharmos dez vezes dará 100 litros. Pois é, mas se a vaca morrer deixa de dar leite completamente.
No limite, no limite, quando um comboio levar um único passageiro, o bilhete de Oeiras ao Cais do Sodré deve custar para aí uns 500 Euros.
Hoje Francisco Louçã teve mais um rasgo de boa imaginação nas suas imagens figuradas para ilustrar a realidade.
Face aos problemas dos países do Sul, o governo de Paços Coelho inibe-se de tomar posição e defender-se junto daqueles com quem partilha os mesmos problemas (Grécia, Irlanda, Espanha e Itálida). Portugal vai beneficiar da contestação dos gregos e da sua dificuldade em cumprir os compromissos com a troica.
Em vez disso prefere fazer a figura de “bom aluno”, ou seja, neste caso, não reagir a nenhuma das imposições de austeridade, de pagamento de juros exagerados, defender o aumento de prazos de pagamento, etc.
Paços Coelho prefere fazer de morto e esperar que os problemas se resolvam sem ele ter de lutar.
Mais ou menos é como no desembarque da Normandia alguns soldados fazerem de mortos para não chamarem a atenção dos alemães. Individualmente esta estratégia pode aumentar ligeiramente a probabilidade de sobreviver, mas essa salvação será à custa de outros que lutam.
Imagine-se então que todos os soldados que desembarcavam tinham a mesma ideia e todos se deitavam na praia sem dar um tiro, à espera que os alemães tivessem pena deles e lhes poupassem as vidas. Poderiam morrer todos sem causar a mínima baixa aos alemães, ou então os alemães poderiam descer à praia, prender todos e enviá-los como escravos para um campo de concentração onde morreriam de fome. É esta a opção de Paços Coelho – a salvação através da cobardia e da submissão. É um coelho! Está tudo dito.
Mas se alguém tiver a verdade, talvez não saiba que a tem.
Por este motivo é que devemos ouvir todos. Ouvir aqueles com quem tendemos a discordar e aqueles com quem tedemos a concordar.
Então se concordam com esta motodologia ouçam este homem,
Funcionários públicos, uma palavra feia para designar trabalhadores pagos pelo Estado (professores, médicos e enfermeiros, serviços de segurança, bombeiros, pessoal dos laboratórios de Estado, serviços de normalização e inspeção, militares, serviços de limpeza, etc.), tudo é dispensável.
Alguém há-de fazer o trabalho deles, pago certamente. Se este pessoal depender de privados tem de haver uma empresa a gerir, a ir aos concursos, a tomar a decisão de admitir e de despedir pessoas, logo, alguém que só manda mas não trabalha (não faz as tarefas práticas realmente indispensáveis).
Aparece neste serviço privado uma nova parcela, que é o lucro do empresário, do "Deus" empreendedor (ver exemplo em *Nota).
Mas para vencer os concursos é preciso demonstrar eficácia ao menor preço, mas também ter bons contatos, bons amigos no governo. Pelo menos é isto que se tem vindo a ver em muitos casos - as clientelas políticas, as fortunas hereditárias familiares (Champalimaud, Belmiros, Alexandres Soares dos Santos, Américos Amorins, etc., filhos de papás ricos, mulherzinhas gastadoras e primos na Suíça).
Conclusão. Quem trabalha recebe menos, quem não trabalha recebe mais. Deixa de haver ou fica muito reduzida a classe média.
Para onde vai então o dinheiro dos salários pagos aos funcionários públicos? Se não meterem debaixo do colchão, ou não queimarem em cigarrilhas de notas, ou não gastarem em viagens de luxo no estrangeiro ou a comprar SUVs, nem roupa de marca, nem telemóveis desnecessários, é distribuído pelos pequenos comerciantes, pelos agricultores, pelos dentistas e oculistas, ou pelos médicos privados, advogados, oficinas, cabeleireiros, etc., até pelas senhoras de limpeza e enfermeiras que tomam conta de idosos.
O dinheiro que não vai para o estrangeiro circula e faz estimular a economia, fazendo uma distribuição com critério de serviço bem prestado, melhor do que o Estado dar subsídios de TSU e fundos perdidos, ou beneficiar os "empreendedores" dos serviços públicos privatizados.
Acaba-se com a classe média que muda de opinião com as asneiras dos políticos, que faz crítica às decisões dos governos, que promove a cultura, e no final temos uma sociedade de miseráveis imbecilizados, a viver de umas esmolas dos patrões ricos.
Certamente não é isto que muita gente que votou no PSD quer, mas é para aqui que caminhamos com a "inevitabilidade" e com o "não há dinheiro". Não há dinheiro mas há muito dinheiro. Mesmo que haja menos dinheiro, o muito que ainda há mudou ou está a mudar de mãos. Quem defende este sistema tem vantagem.
Eu sou trabalhador pago pelo Estado com 38 anos de serviço. Já não posso ir procurar outro trabalho. Fiz um contrato e descontei cerca de 20% a 30% do salário que me pagavam para ter uma reforma que não me querem dar. Ajudei com o meu trabalho muitas empresas a ganhar dinheiro, muito dinheiro, ensinei jovens a trabalhar, deixei muitos textos escritos com informação técnica para as indústrias trabalharem, distribuí quase todo o dinheiro que ganhei pelo setor privado.
E agora? Voltamos à idade média? Sem protestar? Alegremente? Agradecendo uma esmola de uma sopa? Entregando as poucas reservas amealhadas para pagar prejuízos dos bancos?
Queixam-se dos comunistas, mas montaram uma fábrica de fazer comunistas. Esperem pela resposta.
*Nota: Sabem que são os defensores do sistema? Dois exemplos:
http://fait-divers.blogs.sapo.pt/309576.html
Carlos Moedas e Borges
Os arautos da transparência, têm como exemplo disso mesmo (transparência). O adjunto do primeiro-ministro, o senhor Carlos Moedas, veio agora a saber-se, tem 3 empresas ligadas às Finanças, aos Seguros e à Imagem e Comunicação. Como sócios, teve os senhores Pais do Amaral, Alexandre Relvas e Filipe de Button, a quem comprou todas as quotas em Dezembro passado. Como clientes, tem a REN, a EDP, o IAPMEI, a ANA, a Liberty Seguros, entre outros. Nada obsceno, para quem é adjunto de Pedro Passos Coelho! E não é que o bom do Moedas até comprou as participações dos ex-sócios para "oferecer" o bolo inteiro à mulher?! (Disse-o ele à Sábado). Não esquecer ainda que Carlos Moedas é um dos homens de confiança do Goldman Sachs, a cabeça do Polvo Financeiro Mundial, onde estava a trabalhar antes de vir para o Governo.
Também António Borges é outro ex-dirigente do Goldman, e que está agora a orientar (!?) as Privatizações da TAP, ANA, GALP, Águas de Portugal, etc. Adoráveis, estes liberais de trazer por casa, dependentes do Estado, quer para um emprego, quer para os seus negócios. Vale a pena lembrar uma vez mais que o Goldman and Sachs, o Citygroup, o Wells Fargo, etc., apostaram biliões de dólares na implosão da moeda única.