Eu ouvi notícias sobre cobranças milionárias da Brisa a devedores de portagens, e ainda por cima com a colaboração dos serviços públicos das finanças.
Pensava que poderia ser um exagero da comunicação social, ou ter acontecido a poucos casos sem exemplo.
Pois esta ideia veio a revelar-se falsa quando recebi este mês a carta:
O pior desta carta é esta parte ameaçadora,
A explicação é esta. O identificador começou a dar semáforo amarelo e fui de pronto à Brisa substituir a bateria. Propuseram-me alterar o contrato e passar a usar um identificador alugado, ficando a manutenção e baterias a cargo da Brisa. Como a pilhas eram uma roubalheira, 8 Euros de dois em dois anos, aceitei a alteração do contrato, embora sabendo que era outra roubalheira, uma forma de anuidade, para além da facilidade que a via verde dá à empresa a nível de cobrança e redução de pessoal.
O pedido de pagamento da contra-ordenação deveu-se aos serviços da Brisa terem cancelado o contrato anterior num dia e só ter iniciado o novo contrato de aluguer dois dias depois. Durante um dia, um aderente de muitos anos, sem nenhum aviso, ficou sem contrato válido. A consequência foi logo o envio de cobrança com multa e ameaça de pior.
Descrição sumária da tentativa de assalto Taxa em dívida: 0,60 € Custos Administrativos em dívida: 2,21 € Total da dívida: 2,81 € (2,81/0,60=4,68 vezes) O não pagamento voluntário implicaria a cobrança pelos serviços de finanças de 10 vezes o valor da portagem = 6 €, mas nunca inferior a 25 € e ainda o quíntuplo do valor da coima 2,21x5= 11,05 € Para começar a festa 0,60 € transformam-se rapidamente em 36,05 € seja, 60 vezes mais. |
Com negócios destes é fácil ser rico e famoso.
Pois eu senti-me vítima de um assalto.
É evidente que preenchi o impresso do livro de reclamações, no que fui apoiado pela colaboradora da Brisa.
Só paguei os 0,60 € porque não estava distraído.