COVID 19
A comunicação social está prestes a matar a comunicação social.
Depois da infeção da comunicação social saudável pelos virus da informação e jornalistas de sarjeta, Correios Manhosos e pelas televisões CManhosas, agora com o novo Corona vírus COVID 19, aproxima-se o fim, a morte da comunicação social séria e saudável.
Já não se pode ligar a televisão nem ver as capas do jornais sem ficar de imediato contagiado com o pânico, com a repetição infinita das mesmas peças, as mesmas pessoas, o alarmismo.
Morrem dezenas de pessoas em acidentes de viação por mês em Portugal, milhares numa semana no Mundo inteiro e ninguém (ou muito poucos) se importam com a condução agressiva que se vê todos os dias. Ninguém critica os fabricantes de automóveis que vendem carros que atingem velocidades de 180, 220, 250 e mais quilómetros por hora, quando as regras de trânsito (com raras exceções) limitam a circulação a mais de 120 ou 140 km/h. Poucos se escandalizam por a polícia só muito raramente ir no encalço dos "Fittipaldis" de meia tigela que ameaçam a vida de todos nós todos os dias, pois a todas as horas em todas as estradas somos ultrapassados por carros de alta cilindrada quando circulamos nos limites estabelecidos. Portanto, são dezenas a não cumprir as regras, o que todos podemos comprovar apenas nuns poucos quilómetros de façamos na nossa ida para o trabalho.
Só o COVID assusta e mobiliza os jornalistas. Estão todos a preparar o caldo para as farmacêuticas ganharem milhões de milhões em medicamentos de eficácia "talvez" duvidosa. Aliás, se uma fábrica de medicamentos fizer um grande "bluff" e apresentar um medicamento ou vacina que digam curar 60% dos infetados (menos do que a cura natural da doença) fica famosa e muitas vezes bilionária.
E tudo isto com a ajuda de quem?
Da comunicação social irresponsável que só luta pelas audiências, pelo dinheiro, pela notícia fácil. Horas à porta dos hospitais para falar com as mulherzinhas e homenzinhos da rua, que nada sabem de nada. A incompetência e a ganância no seu melhor.
Certo que vão morrer pessoas, assim como vão continuar a morrer muito mais de outras doenças, muitas das quais curáveis ou evitáveis com simples boas condições e hábitos de vida, educação e civismo, ou ainda com alimentação mais saudável. Há dezenas de anos que morrem milhares em acidentes de automável, ou por doses excessivas de drogas, o que vai continuar, se não, aumentar.
Mas a comunicação social só aparece na espuma das ondas, até ao dia que ninguém lhes dará mais atenção.
Eu não gosto nada destes jornalistas armados em polícias de investigação, em procuradores e em juízes. O verdadeiro três em um. É mau de mais.
Esta e outras dizem tudo o que lhes vem à cabeça, ou o que lhes fazem chegar por encomenda.
Isto não é justiça, atirar para a lama nomes de pessoas, muito antes de serem julgadas nos tribunais.
E depois ainda se admiram que haja alguém que não goste do que fazem.
Se sair da TVI é um bem para a TVI. Não lhe faltarão sítios bons para fazer porcaria, ou no Sol ou no Correio da Manha ou ainda no CMTV.
Vai é fazer concorrência a Felícia Cabrita. Podiam criar o "Canal do Esgoto" e juntarem lá Felícia Cabrita, Moura Guedes, Fátima Felgueiras e Ana Leal. Só se estragava uma televisão.
António Barreto sobre a Actual Comunicação Social
" É simplesmente desmoralizante. Ver e ouvir os serviços de notícias das três ou quatro estações de televisão é pena capital. A banalidade reina. O lugar-comum impera. A linguagem é automática. A preguiça é virtude. O tosco é arte. A brutalidade passa por emoção. A vulgaridade é sinal de verdade. A boçalidade é prova do que é genuíno. A submissão ao poder e aos partidos é democracia. A falta de cultura e de inteligência é isenção profissional.
Os serviços de notícias de uma hora ou hora e meia, às vezes duas, quase únicos no mundo, são assim porque não se pode gastar dinheiro, não se quer ou não sabe trabalhar na redacção, porque não há quem estude nem quem pense. Os alinhamentos são idênticos de canal para canal. Quem marca a agenda dos noticiários são os partidos, os ministros e os treinadores de futebol. Quem estabelece os horários são as conferências de imprensa, as inaugurações, as visitas de ministros e os jogadores de futebol.
Os directos excitantes, sem matéria de excitação, são a jóia de qualquer serviço. Por tudo e nada, sai um directo. Figurão no aeroporto, comboio atrasado, treinador de futebol maldisposto, incêndio numa floresta, assassinato de criança e acidente com camião: sai um directo, com jornalista aprendiz a falar como se estivesse no meio da guerra civil, a fim de dar emoção e fazer humano.
Jornalistas em directo gaguejam palavreado sobre qualquer assunto: importante e humano é o directo, não editado, não pensado, não trabalhado, inculto, mal dito, mal soletrado, mal organizado, inútil, vago e vazio, mas sempre dito de um só fôlego para dar emoção!
Repetem-se quilómetros de filme e horas de conversa tosca sobre incêndios de florestas e futebol. É o reino da preguiça e da estupidez."
....
O texto é maior, mas o essencial está dito.
Eu não podia estar mais de acordo, aliás, este artigo de opinião só ven reforçar o que eu penso e tenho dito aos bocados neste blogue.
Só faltou dizer que quem tem definido a agenda noticiosa é um ou dois jornais de sarjeta, a começar pelo Caneiro das Manhãs. Quanto aos imbecilóides todos sabem os nomes, os investigadores/as Otaviados, Mourarias Guedes, Felicianas Cabritas, Felgueiredas, Anas Desleais, etc...
Na tarde de dia 19 de novembro de 2018 parte de uma estrada municipal que liga Vila Viçosa a Borba colapsou para uma pedreira, tendo caído uma máquina e automóveis que passavam na altura. Vários mortos ainda não contabilizados com precisão.
A seta indica a zona da derrocada.
Imagens Google Maps
Um acidente grave que podia acontecer a qualquer um de nós. Quem vai na estrada não podia desconfiar de nada. Nem sequer se via o abismo. Caiu neste sítio como pode cair em muitos outros sítios. De notar que este ano tem chovido muito mais do que o habitual.
Agora todos os comentadores televisivos e políticos dão explicações técnicas a recordam avisos que ninguém conhecia. Também os engenheiros e geólogos dizem coisas obvias "a estrada devia ter sido encerrada, blá, blá, ...". Parecem os comentadores de futebol. Como sempre, diagnósticos depois do jogo estão sempre certos.
A verdade é que ninguém tinha a certeza se a estrada colapsava, como ninguém sabe se a ponte 25 de abril vai cair, ou a Torre dos Clérigos desabar. Todos os acidentes podem ser previsíveis dentro de uma escala de probabilidade. Mesmo os aconteceimentos muito pouco prováveis podem acontecer e são os mais surpreendentes e difíceis de explicar.
Quando ninguém sabe dar uma explicação científica de engenharia de geologia, de medicina, ou de outra especialidade chamam-se os sabe-tudos da praça. Os Procuradores do Ministério Público, a Polícia Judiciária e tudo acaba por ser decidido por um qualquer Juiz de cortina preta às costas.
Já começou o circo
É o que temos. Os "sabe-tudo" sabem de todos os assuntos e ninguém lhes pode dizer,
"O senhor é um burro, não sabe o que está a dizer".
Investigadores e mais investigadores
Acabem-se com as universidades das engenharias, com os hospitais universitários e centros científicos. Em vez disso forma-se uma multidão de juristas para serem procuradores, juízes e investigadores policiais. O Mundo vai ficar muito melhor, mais justo e a funcionar melhor. Será mesmo?
Pelo menos nos acidentes aéreos nos Estados Unidos existe uma entidade de investigação própria para acidentes com aviões, a NTSB - National Transportation Safety Board. Esta entidade é formada por engenheiros e peritos cuja principal tarefa é descobrir o motivo que levou ao acidente, não para castigar e enviar os culpados para a prisão, mas sim a prevenção de futuros acidentes pela mesma causa. Os resultados estão à vista. Cada vez é mais seguro fazer uma viagem de avião.
Então não seria melhor aqui no nosso rectângulo de pedra começarmos por estudar os motivos técnicos para a ocorrência de um acidente por peritos da área, que depois definiriam medidas corretivas e preventivas para evitar potencias acidentes? Eu acho que assim é que devia ser, porque estou quase certo que não houve intenção de causar danos e mortes. O que é que se ganha em condenar um presidente de câmara ou um técnico? Evita outros acidentes se não forem explicadas as razões do que correu mal?
Quando estava a escrever "banqueiro" o computador fugiu para a verdade, apareceu "banquet room". Ora isto do Miguel Relvas ser um banqueiro só pode ser uma grande festa numa sala de banquetes, tal como suspeitaram os ingleses (já com os convidados todos bêbados).
Então este pé rapado tem dinheiro para fazer parte de um consórcio na compra de um banco?
Tal como fizeram com Sócrates, prendam já o senhor para ser investigado. Estes sinais de riqueza não ficam atrás dos almoços de Sócrates em Paris, antes pelo contrário, são muito mais brilhantes.
Se os senhores procuradores ainda não iniciaram as investigações porque não tiveram uma denúncia anónima como aconteceu no caso Freeport, então inventem uma depressa.
Isto tem de ter uma explicação. Quem está por trás do Relvas?
Porque razão os jornais falam nisto envergonhadamente. Nem o pasquineiro Correio Manhoso fez uma capa com a cara do Relvas numa pose desfavorável.
Não é justo!
Noutros processos, como no Face Oculta condenaram-se pessoas, não por terem recebido dinheiro por fora, mas porque poderiam vir a receber no futuro, e sem sequer provas de crime para além das imaginativas suspeitas do ministério público.
Relvas não é menos do que Vara. Investigue-se Relvas e condene-se se ele alguma vez pensou em receber algum empréstimo de algum amigo daqui a 10 anos.
Num país e numa Europa em que todos os responsáveis dizem e fazem asneiras, pelo menos os resultados assim o confirmam,
também um cidadão anónimo como eu tem o direito a falar sobre aquilo em que não é especialista.
Dizem os economistas que as crises financeiras da dívida se resolviam mais facilmente com a emissão de moeda própria. Ora isto não pode ser feito por Portugal porque estamos na meoda Euro.
Mas eu lembro-me de outra coisa que acontecia nos tempos antigos - as taxas alfandegárias. Quando um país não tinha dinheiro (divisas) para comprar bens ao estrangeiro, colocavam-se taxas alfandegárias aos produtos importados e as pessoas tinham de passar sem esses bens ou fabricar e utilizar produtos nacionais.
Agora dizem que o comércio livre não permite o controlo das importações. Porquê? Porque não? Se ajudar a resolver o problema é isso mesmo que temos de fazer.
Segue um esquema de funcionamento da economia feito por mim.
Mesmo que isto resolva a crise dos países endividados, os que dizem que ajudam não permitem. Porque será?
Terão eles vantagem em que outros estejam nesta situação aflitiva? Será uma forma de colonialismo económico, dizendo que têm de ser eles a tomar conta dos atrasados, dos desorganizados, dos preguiçosos?
Onde é que ouvimos nós isto?
A Europa rica só se vai assustar quando sentirem que a Grécia e Portugal se podem tornar em novas Cubas, aqui mesmo debaixo das saias da Europa.