Domingo, 25 de Abril de 2010

Renováveis - Manifesto dos 33 da vida airada

O manifesto contra as energias renováveis encontra-se em várias localizações na inertnet.

Os autores subscritores são personalidades políticas, economistas, engenheiros e empresários:

Alexandre Relvas; Alexandre Patrício Gouveia; Angelo Esteves; António Borges; António Cardoso e Cunha; Augusto Barroso; Bruno Bobone; Carlos Alegria; Clemente Pedro Nunes; Demétrio Alves; Fernando Mendes dos Santos; Fernando Santo; Francisco Van Zeller; Henrique Neto; Horácio Piriquito; Jaime da Costa Oliveira; Jaime Ribeiro; João Duque; João Salgueiro; Jorge Pacheco de Oliveira; José Luís Pinto de Sá; Luís Campos e Cunha; Luís Malheiro da Silva; Luís Mira Amaral; Luís Valente de Oliveira; Manuel Avelino de Jesus; Manuel Lancastre; Miguel Cadilhe; Miguel Horta e Costa; Nuno Fernandes Tomás; Pedro Sampaio Nunes; Pedro Ferraz da Costa; Sérgio Ferreira.

 

Mesmo para um leitor não especialista nota-se uma abordagem tendenciosa e pouco séria do assunto. O debate entre Carlos Pimenta e Henrique Neto, no programa de Miguel de Sousa Tavares, foi já bastante esclarecedor. Este ex-empresário, assim como outros, têm dinheiro em excesso e procuram nichos de investimento, tendo em mente a energia nuclear.

 

Uma boa resposta aos senhores do manifesto foi dada por quem sabe alguma coisa sobre o assunto, Miguel Barreto, ao Económico Digital, em 12/04/2010,

http://economico.sapo.pt/noticias/energia-de-borla_86446.html

 

Algumas passagens:

"Energia de borla

Sem energias renováveis, o preço da electricidade teria sido pelo menos 20 euros/MWh mais caro, o que no total de um ano representa cerca de 1.000 milhões de euros poupados. Um pouco mais que o actual sobre-custo das renováveis, mas alguém se esqueceu deste pequeno pormenor...

No longo prazo, o que muitos sabem, mas não querem dizer, talvez porque não lhes interessa, é que em 2020 já não haverá subsídio para muitas das eólicas entretanto instaladas, mas as centrais a carvão ou gás natural continuarão a ter de comprar os seus combustíveis a preços cada vez mais caros durante muitos e bons anos.

Em 2020 o enorme aumento da oferta de energia que o movimento das energias renováveis está a gerar empurrará de forma "brutal" os preços de energia para baixo. E aí, pagaremos todos valores muito mais baixos, nós, os espanhóis, o cidadão comum e os empresários.

Custa-me ver tantos ilustres com medo da falta de competitividade e aumento de custos "brutal" aos consumidores. Esquecerem-se de criticar os custos escondidos na factura eléctrica que em nada contribuem para os consumidores, agora ou no futuro. Por que é que 7% dos preços pagos pelos consumidores em baixa tensão revertem directamente para os municípios, não servindo para pagar quaisquer custos do sistema eléctrico? É curioso que não existe equivalente taxa na nossa vizinha Espanha, mas não se vêem manifestos contra essa taxa.

Atribuir o défice tarifário ao sobre-custo das renováveis é desonesto. O défice tarifário resulta essencialmente do enorme aumento dos custos dos combustíveis. Comparar o custo das renováveis com um custo de mercado, que só é tão baixo porque existem as mesmas energias renováveis é mais do que desonesto, é profundamente errado. Atacar a aposta em nova energia eólica com os custos da tecnologia do início da década é desonesto. O custo médio actual dos equipamentos instalados na década passada ronda os 90 euros por MWh, mas os últimos leilões para as novas eólicas resultaram em tarifas de 60 euros/MWh, apenas protegidas durante 12 a 15 anos. Onde está o aumento de custo brutal para o consumidor?"

 

Lembrem-se dos nomes dos iluminados. Daqui a alguns meses ou anos, veremos quem tem razão e depois tiramos conclusões, sobre o que eles realmente são e ao que vinham.

publicado por Eu mesmo às 23:55

link do post | comentar | favorito

pesquisar

 

Novembro 2023

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30

posts recentes

Renováveis - Manifesto do...

arquivos

Novembro 2023

Janeiro 2021

Outubro 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Novembro 2019

Agosto 2019

Abril 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Novembro 2018

Outubro 2018

Agosto 2018

Maio 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Maio 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Julho 2009

Setembro 2008

Agosto 2008

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

tags

todas as tags

links recomendados

blogs SAPO