Uma das discussões mais antigas da humanidade é sobre a existência de um Deus ou de vários Deuses. Há ou não há? É como nos dizem os religiosos? O problema é que há muitas religiões e todas dizem coisas muito diferentes. Também ao longo da história e todas as civilizações sempre houve a crença em algo superior ao próprio homem e sobre ele tem todos os poderes e decisão. A humanidade tem milhões de anos, embora só haja memória de há cerca de 10 000 anos atrás, as civilizações egípcia e chinesa entre outras deixaram claros sinais de crenças religiosas. Porque razão a verdade que a civilização ocidental tenta impor como única e definitiva – o cristianismo, tem de ser mais verdadeira do que das religiões dos habitantes das ilhas do pacífico ou dos feiticeiros de África?
Acreditar num Deus parece ser uma necessidade, uma inevitabilidade, muito mais do que uma invenção temporal por alguma vantagem de um grupo social. Uma invenção ou uma moda não pode ser, porque é demasiado constante no tempo e por todos os povos e civilizações conhecidas. Tem de haver portanto outras explicações.
Numa coisa todos estão de acordo e é o facto de atribuírem aos seus Deuses a sua própria criação, a protecção, o destino, a decisão do bem e do mal, que sabe tudo, e a quem nós não podemos compreender nem comandar.
Então pensem no que são os nossos pais enquanto somos bebés e crianças até aos 3 ou quatro anos. Com excepção de alguns pais, chamados “desnaturados”, todos os outros são realmente como um Deus para os seus filhos. Dão-lhes origem, alimentam-nos, protegem e orientam durante 24 horas por dia, tomam todas as decisões, sabem tudo, mas a própria criança, embora reconhecendo-os, nada compreende sobre eles.
Assim sendo, temos bem gravado no nosso cérebro que há qualquer coisa que é muito superior a nós e a quem temos de recorrer nas situações mais difíceis, incluindo a protecção da vida, mesmo com próprio sacrifício deles próprios.
Afinal há mesmo grandes semelhanças do que dizem ser um Deus e o que são os pais relativamente aos seus bebés e crianças pequenas.
Era realmente bom que pudéssemos continuar ao longo da nossa vida como jovens e adultos poder continuar a sentir a protecção de alguma coisa parecida com os nossos pais – os nossos Deuses particulares. Quem trabalhasse por nós para nos alimentar, que nos aconselhasse sobre o que é melhor em cada momento, que nos protegesse e compensasse das coisas boas que fazemos e ainda que nos perdoasse nas asneiras que cometemos.
Só que o Mundo é como é e não como nós queremos ou imaginamos, portanto penso que muita gente consegue “remediar” esta necessidade de uma coisa superior a eles próprios, com a fé num Deus que na realidade pouco ou nada se manifesta em situações concretas. Restou ao homem encontrar os religiosos profissionais, os padres, bispos, pastores, curandeiros, feiticeiros, bruxos, talibans, etc., até às mais altas hierarquias como Papa, o Dalai Lama, os Ayatolas, etc., para representarem na terra o seu Deus.
Veja-se então os milhões de pessoas que vão ver o Papa.
O Papa é um homem, mas representa para muitíssima gente muito mais do que realmente ele próprio é e vale.
Conclusões
Deus não se sabe se existe ou não mas é bom. Existiu pelo menos numa certa altura da nossa vida.
Os Deuses que as religiões nos “vendem” não existe com toda a certeza!
A pior pergunta que se pode fazer a um religioso é: Uma pessoa não acredita em Deus mas é uma pessoa boa e ajuda sempre que pode o seu semelhante. Por outro lado, há outra pessoa com fé, que vai à igreja e cumpre todas as regras da sua religião, mesmo fazendo mal a outros que não são da sua fé, pedindo o devido perdão ao seu Deus. Qual destas duas pessoas um Deus justo premeia por melhor comportamento? Claro que nenhum religioso responderá que é a pessoa sem fé, porque já o facto de não ir à igreja e não acreditar nos pastores já é crime suficientemente grave para merecer todos os castigos.
As religiões dependem dos seus representantes. Grande parte dos religiosos são gente bem intensionada e boa, mas é bom desconfiarmos de alguns deles.