António Domingues ao pequeno almoço, café da manhã, almoço, lanche, jantar e ceia.
Chega! Basta!
Uma nova epidemia ou desequilíbrio emocional maníaco-depressivo dos jornaleiros do Correio Manhoso e da revista Sabádos.
A perseguição ao banqueiro presidente da Caixa Geral de Depósitos – António Domingues não passa de uma arma de arremesso contra o governo. Querem lá saber do bem do país! Pretendem a polémica, o escândalo para vender mais jornais, ao mesmo tempo que dão uma preciosa ajuda aos amigalhaços do PSD de Passos Lebre (ou coelho ou lá o bicho que seja).
Não conheço o Sr. António Domingues nem sei se é uma pessoa séria, bom ou mau caráter, mas o que acho inaceitável é a perseguição que alguns pasquins resolvem fazer a certos alvos. Sã como cães de raças agressivas. Quando ferram os dentes não largam. Fizeram o mesmo com Sócrates, com os arguidos dos processos Face Oculta, Casa Pia, Freeport, etc., etc., etc., mais recentemente Pedro Dias. Quem se seguirá?
Não sabendo nada o quase nada do senhor António Domingues acabo por lhe dar razão em não querer dar acesso público ao seu património. Já não se trata de um assunto transparência e honestidade pois os documentos ficam em autoridades oficiais que fiscalizam a legalidade do que tiverem de controlar. Trata-se sim de não ver a sua vida privada nas capas daqueles detestáveis jornais. A sua casa, os seus automóveis, a sua família, tudo e mais alguma coisa na boca de toda a gente em cafés de ociosos, nos barbeiros mais rascóficos, nas salas de espera das manicuras, etc. Um escândalo porque o senhor tem um iate. Olha a novidade! Há centenas ou milhares de iates, grandes e pequenos, nas marinas deste país. Todos têm algum dono.
Por que razão o CM não vai mostrar os iates ou a casa do senhor que é presidente do automóvel clube de Portugal e que por acaso foi quem criou e depois vendeu o Correio Manhoso. Este senhor fez uma queixa de um roubo de uma coleção de relógios num valor de milhões de Euros que depois reclamou ao seguro. Onde é que eu já vi isto?
Direito de informar. O quê? Informar?
Informar é dar uma notícia uma vez e não repetir o mesmo acontecimento dias seguidos, para fritar (em lume lento) a personalidade em causa. A prova é que apenas dois ou três jornais usam esta forma de "des-informar". Então quer dizer que os outros jornais estão enganados e não informam?
Que pena o microfone ter sido atirado para o lago. Vai poluir a água. O microfone CMTV devia ter sido atirado para um caixote de lixo tóxico e mal cheiroso, isso sim, é o que estaria correto.
Esta imagem diz tudo ou quase tudo sobre esta tentativa falhada de ser um jornal. Ficou-se por uma coisa mais ou menos parecida com "O Diabo" de Vera Lagoa.
Durante a campanha eleitoral tanto elogiaram o BE, que Catarina era uma revelação, que isto e aquilo..., porque achavam que dava jeito para tirar votos ao PS.
E foi verdade, conseguiram tirar votos ao PS, também com a ajuda das sondagens manipuladoras e a capa do jornaleco Sol, que ficou todo o fim de semana nas bancas (já em período de reflexão) com a imagem de "... (quase) maioria absoluta".
Acabaram por dar um grande tiro no pé. Pelo que agora diz o Sol, os PaFiosos votaram no BE. Mas que justificação tão desajeitada.
Poderia dizer-se que "Quem com ferro mata, com ferro morre". Os justiceiros dos "... cabritos vende ..." não fariam melhor.
Bfs.
E ainda há pessoas que pensam que o progresso é garantido e que as civilizações não podem andar para trás.
A história ensina que já muitas culturas se perderam e voltaram à barbarie, quase sem darem por isso.
É a triste realidade. Com os jornais, jornalistas, justiça e políticos que temos já não falta muito para os interesses egoistas tomarem conta da solidariedade e da generosidade.
Ver capa
Depois,
O mais importante do desmentido
http://www.sol.pt/noticia/402958
"- que a vossa redactora, ao atribuir-me um investimento de "dois milhões" estava a elaborar num erro primário ou de má-fé, que consistia em somar todas as poupanças que fui depositando ao longo de anos no tal fundo, sem somar correspondentemente as saídas, chegando então a um "investimento" único de dois milhões - cuja conta nem sequer sei se está certa. Ou seja: transformaram liquidez em investimento e somando todas chegaram a um montante único que se refere a centenas de produtos diversos mas que foram todos reduzidos ao "chapéu" do GES, para assim tentar sacar um "escândalo" a partir do nada..."
Nota: Vergonhoso e nojento é ler os comentários de alguns leitores. Na verdade nem vale a pena ler.
Conclusão
Quando duas opiniões não coincidem só duas coisas podem acontecer: 1. Ou um deles está a dizer a verdade e o outro a mentir; 2. Ou os dois estão a mentir.
A possibilidade de os dois dizerem a verdade é impossível.
Neste caso opto por acreditar em Miguel de Sousa Tavares, 99 contra 1. Não me parece que um escritor se fosse arriscar a negar uma coisa que pudesse facilmente ser provada que era verdade. Já de um pasquim desesperado para se salvar da falência tudo se pode esperar.
Se somarem todos os depósitos do meu vencimento ao longo de um ano e dissessem que era o meu investimento nesse banco seria obviamente uma grande mentira, porque entretanto houve levantamentos para a minha vida diária. Ao final do ano tenho o mesmo dinheiro, ou até posso ter menos.
Manipular informação é actualmente uma forma de ganhar a vida, porque até os desmentidos das mentiras dão lucro. O que é preciso é vender. Ética, deontologia e honestidade intelectual? Mas o que é isso para essa gente?
Miguel Sousa Tavares, Recapitulando [hoje no Expresso]:
‘Espero bem que o país não se esqueça de ajustar contas com essa gente um dia. Esses economistas, esses catedráticos da mentira e da manipulação, servindo muitas vezes interesses que estão para lá de nós, continuam por aí, a vomitar asneiras e a propor crimes, como se a impunidade fizesse parte do estatuto académico que exibem como manto de sabedoria.
Essa gente, e a banca, foram os que convenceram Passos Coelho a recusar o PEC 4 e a abrir caminho ao resgate, propondo- -lhe que apresentasse como seu programa nada mais do que o programa da troika — o que ele fez, aliviado por não ter de pensar mais no assunto. Vale a pena, aliás, lembrar, que o amaldiçoado José Sócrates, foi o único que se opôs sempre ao resgate, dizendo e repetindo que ele nos imporia condições de uma dureza extrema e um preço incomportável a pagar. Esta maioria, há que reconhecê-lo, conseguiu o seu maior ou único sucesso em convencer o país que o culpado de tudo o que de mal nos estava a acontecer foi Sócrates — o culpado de vinte anos sucessivos de défice das contas públicas, o culpado da ordem vinda de Bruxelas em 2009 para gastar e gastar contra a recessão (que, curiosamente, só não foi cumprida pela Alemanha, que era quem dava a ordem), e também o culpado pela vinda da troika. Mas, tanto o PSD como o CDS, sabiam muito bem que, chumbado o PEC 4, o país ficaya sem tesouraria e não restava outro caminho que não o de pedir o resgate. Sabiam-no, mas o apelo do poder foi mais forte do que tudo, mesmo que, benevolamente, queiramos acreditar que não mediram as consequências.
E também o sabia o PCP e a CGTP, que, como manda a história, não resistiram à tentação do quanto pior, melhor. E sabiam-no Francisco Louçã e o Bloco de Esquerda, que, por razões que um psicanalista talvez explique melhor do que eu, se juntaram também à mais amoral das coligações direita/extrema-esquerda, com o fim imediato e mais do que previsível de obrigar o país ao resgate e colocar a direita e os liberais de aviário no poder, para fazer de nós o terreno de experimentação económica e desforra social a que temos assistido.’