Manipulação clara da informação.
Veja-se em detalhe a caixa de texto da capa do jornal Sol.
O que entende uma pessoa mais desprevenida é que Perestrelo concordaria com um hipotético pagamento a Luís Figo.
Uns dias depois (dia 22 de Fevereiro) o jornal Correio da Manhã publica na página 28 uma pequena caixa de texto onde se desmente a notícia feita passar dias antes em letras gordas.
O texto do desmentido, acima mostrado, diz o seguinte:
“O secretário de Estado da Defesa desconhecia e foi contra a entrada de Figo na campanha do PS, tendo como contrapartida o contrato com o TagusPark. O CM sabe que os investigadores do processo terão considerado a escuta relevante porque foi aí que conheceram o contrato. Todavia, o que Marcos Perestrello afirma na conversa com Paulo Penedos, assessor jurídico do administrador da PT Rui Pedro Soares, é apontado como uma evidência de que ele não sabia e que se terá manifestado contra. A passagem em que Perestrello fala do que valeriam os 250 mil euros por ano a pagar a Figo em subsídios de desemprego é valorizada a seu favor. Na altura, era candidato à Câmara de Oeiras, mas não tinha funções na campanha. O contrato não foi feito por João Carlos Silva, militante do PS e administrador do TagusPark”.
Assim, se prova que Perestrello quando disse que isso valia muitos subsídios de desemprego, era para não concordar com o pagamento. Tudo ao contrário do que quis fazer crer o Sol.
O Sol nem um desmentido em letras minúsculas teve a coragem de publicar.
O Correio da Manhã cumpriu o seu objectivo – vender jornais. O Sol quis vender jornais, e ainda, manipular a opinião pública.
Admiram-se quando alguém chama a isto jornalismo de sarjeta?