Porque razão anda tanta gente insatisfeita com a União Europeia e a sua complicadíssima e burocratísiíma organização? Muitos motivos. Cada país terá os seus.
Os ingleses terão as suas razões e devemos tentar compreender. Pena que alguns decidiram a saída pelas razões erradas e os que defendiam a permanência faziam-no também maioritariamente por razões egoístas e com o argumento do medo.
Os portugueses também ficam espantados com algumas coisas que a CEE lhe tem feito.
Vejam a última:
Tribunal de Justiça da UE condena Portugal - três milhões de euros
Num acórdão hoje divulgado, o Tribunal de Justiça da UE condena Portugal, além do pagamento da quantia fixa de três milhões de euros, a uma sanção pecuniária compulsória de 8.000 euros por dia de atraso no cumprimento da directiva relativa ao tratamento das águas residuais urbanas, concretamente em Vila Real de Santo António (Algarve) e Matosinhos (Porto).
Na fixação da multa de três milhões de euros, o tribunal teve em conta outras falhas de Portugal no tratamento de águas residuais e o facto de estar em causa a saúde e o ambiente, considerando que o montante é uma medida dissuasiva.
Conclusão
Se não houve dinheiro para fazer as obras até agora, com menos 3 milhões é que nunca mais se fazem. Ou será porque este governo não é da cor política que o chefe do tribunal gosta?
Estes é que ditam as regras. Alguém os elegeu?
Sabe quem são? Conseguem dizer os nomes dos bichos?
São estes que mandam numa parte da Europa de quase 300 milhões de habitantes.
Desta vez não vale a pena eu gastar muito latim. As imagens tiradas de jornais esta semana devem ser suficientes para fazer compreender a uma pessoa com inteligência mínima, mesmo sem saber ler ou escrever, que há uns pançudos com uma barriga 90 vezes maior do que a dos que trabalham todos os dias a seu lado.
A maior parte deles de empresas que vivem de exclusividade de serviços, de que pagamos preços dos mais elevados da Europa (energia elétrica, combustíveis e comunicações).
E ainda dizem que os portugueses vivem acima das suas possibilidades?
Quem? Os portugueses? Não serão os pançudos?
https://aviagemdosargonautas.net/2016/03/27/sinais-de-fogo-os-piratas-da-holanda-por-soares-novais/
É interessante saber tudo quase ao mesmo tempo.
Agora que se fala nas empresas que “evitam” os impostos, com sedes em paraísos fiscais, vai-se sabendo quem enriqueceu sem contribuir para a sociedade, mas ao mesmo tempo vestiam peles de cordeiro e ditavam obrigações e moral para os outros.
Estão neste caso os donos dos pasquins Sol e Correio da Manha. Afinal o dono do Sol é uma empresa offshore - Pineview Overseas SA.,
O jornal dos moralistas baratos,
Grande obra do pequeno arquiteto,
Felícia Cabrita que tantos criminosos descobriu não se lembrou de investigar os seus patrões. Isto é que tinha sido um bom serviço à humanidade.
Também a Cofina do CM, que tanto persegue Sócrates e tudo o que cheira a Socialista, recebeu dinheirinhos da mesma offshore do Sol, mas mesmo com esta ajuda e mais os jornalecos vendidos nas tabernas e nos barbeiros, ainda não chegou para pagar os impostos.
A falta de vergonha é tanta que dois dias depois de se saber da penhora à Cofina por parte do fisco, aparece a capa a dizer que Sócrates escondeu dinheiro em offshore. Panamá? Olha quem fala. Como sabem, viram-no lá certamente, ou até viajaram no mesmo avião.
Por isso é que eu digo.
Ainda se vão encontrar todos no balcão da mesma offshore.
Quem tirou a senha primeiro? O juiz que diga ...
Muitos ditados portugueses se aplicam:
- Em casa de ferreiro espeto de pau.
- Quem muito fala pouco acerta.
- Mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo.
- Bem prega Frei Tomás. Faz o que ele diz, não o que ele faz.
- Consegue-se enganar uma pessoa toda a vida, algumas pessoas durante algum tempo, mas não todo o Mundo durante todo o tempo.
- Quem nasce torto tarde ou nunca se endireita (quem vendeu o CM à Cofina, quem foi?).
Bem, aqui está o que ninguém esperava. O grupo do jornaleco que mais vende não paga o que deve ao Estado (a todos nós). Uns verdadeiros ranhosos. Além de um jornalismo de sarjeta que mete nojo, não paga os impostos. O Otávio, ou Otário, ou lá o que é, mais o imbecil semi-senil Dâmaso ou Damásio, ou lá o raio que os parta, só conhecem as leis para se aplicarem aos outros?
Ora aqui estaria uma boa capa para o pasquim. Será também culpa de Sócrates?
Nota final: Qual a razão de tanto azedume?
É só uma. Para quem tanto deve a Sócrates de sucesso de vendas dos pasquins e para os moralistas exigentes do cumprimento das leis, isto de dever ao Estado fica muito mal. Quem é pior? Sócrates por eventuais vigarices, que aliás tardam a ser provadas, ou os Cofinas por incumprimentos fiscais de que não há a mínima dúvida de serem verdadeiras e já chegaram à decisão final => penhora?
Está claro que não vão pagar!
O que é mais mais espantoso e triste é a justiça ir a reboque desta gente.
Quando um jornal tem livre acesso aos documentos de um processo judicial para ter matéria para noticias diárias, sem nenhum respeito pelos direitos de um cidadão, e para além disto muita gente compra este monte de lixo e parece concordar inteiramente com este método, aliás, incentivado e alimentado por alguns responsáveis da própria justiça.
O que mais dizer ou fazer? - Pouco ou nada!
É um povo ou um país perdido, acéfalo, acrítico. Vale tudo!
O massacre de todos os dias, digo, todos os dias mesmo.
Acaso? Não é por acaso!
Sócrates recusou abrir um quinto canal aberto para a CMTV.
A bem da nossa saúde mental. Isto temos de agradecer a Sócrates.
Fui de viagem ao Norte e felizmente, desde os locais mais aprazíveis até às tascas e cafés mais humildes, quase não se vê o pasquim da manhã, mas vê-se mais o Jornal de Notícias. Mais uma vez vai ser o Norte a manter Portugal livre dos maus espíritos? Oxalá.
Um pasquim encontra sempre uma maneira manhosa de dar uma notícia.
A imaginação do jornalismo de sarjeta, desonesto e ranhoso, não tem limites.
Einstein dizia: "Existem apenas duas coisas infinitas - o Universo e a estupidez humana. E não tenho tanta certeza quanto ao Universo".
O exemplo mais recente:
Para quem tiver um pouco mais de tempo e paciência para me aturar eu explico melhor o que se passa.
Há um certo jornalismo que em vez de dar as notícias opta pela estratégia de fazer intriga política, devassar a vida íntima das pessoas mais conhecidas, fazer investigação policial, entrar em guerras e polémicas pessoais. Isto é também uma forma de ganhar audiências e vender jornais. Para completar a cereja em cima do bolo, colocam umas fotos de umas raparigas quase nuas e umas notícias de crimes horrendos contados com todos os detalhes.
Em Portugal nenhum jornal ou órgão de comunicação social desempenha melhor este papel do que o CM - Correio Manhoso.
O pior e mais preocupante, é que há todos os sinais que este pasquim recebe informações de alguns elementos do sistema de justiça.
É todos os dias. Uma vez é Sócrates (de umas das vezes durante mais de 40 dias seguidos), depois foi por algum tempo Miguel Macedo, agora é Pinto da Costa.
Quando a justiça decide de forma contrária ou menos simpática para as preferências do Correio Manhoso, este serve-se do meio de comunicação para deturpar as opiniões e decisões dos outros.
Veja-se o exemplo do título que inicia este artigo. Um processo contra Rui Rangel foi arquivado, portanto aproveita-se para levantar a suspeita que foi jogo de secretaria. Tem sido sempre assim. Alguém que seja contrário à “pasquinice” aparece logo na capa do dia seguinte com qualquer insinuação caluniosa. Se alguém protesta, vem o grito de socorro:
"-Aqui-d’el-rei" que querem amordaçar a informação independente".
Um nojo!
Uau! A grande conclusão dos jornalistas de sarjeta.
Se parece é! Limpinho, limpinho!
Outro “bom” serviço dos jornalistas do lixo: Se não se conseguem provar os crimes, ou porque nunca existiram, ou porque os fracos investigadores não conseguiram apresentar as provas, então condena-se na comunicação social. Basta ter uns ajudantes de diabo, tipo Felícias, Dâmasos; Tânias, Otávios; Fernandos Esteves, etc., super desajuizados e procuradores do clã “Vida Limpa”.
Os exemplos são mais do que muitos.
Tenho dúvidas que Carlos Cruz seja mesmo culpado pelos crimes que o mantêm na cadeia, mas um dos casos mais escandalosos de “condenar ao kilo” passou-se no processo Face Oculta.
(Transcrições exatas do texto do acórdão).
Pág 2636 - A pena do Contradanças
Apesar da sua anti-juridicidade, os factos praticados por José Contradanças, comparativamente com os levados a cabo por outros, em termos de ilícito de corrupção, estão próximo dos limites mínimos da gravidade, sendo certo que se tratava de um Administrador de uma empresa pública (a “IDD”). Há ainda a considerar a menor intensidade do dolo, além de que não recebeu qualquer contrapartida de Manuel Godinho, nem este obteve adjudicações por seu intermédio. Assim, não possuindo antecedentes criminais e ponderando ainda as circunstâncias enunciadas, considera-se ajustado fixar a pena seguinte: - a pena de 1 (um) ano e 6 (seis) meses de prisão, pela prática de um crime de corrupção passiva para acto ilícito, previsto e punido pelo artigo 372.º, n.º 1, do Código Penal (Parte IV).
Leram bem?
“Não recebeu qualquer contrapartida” e “nem este obteve adjudicações por seu intermédio”, “... considera-se ajustado fixar a pena seguinte: - a pena de 1 (um) ano e 6 (seis) meses de prisão”.
As páginas 1815 e 1816 também têm coisas interessantes deste género.
Está escrito por juízes. Não fui eu que inventei.
Noutras decisões também do Face Oculta os “condenados em primeira instância” entraram em choque com o corrupto assumido e provado (Godinho), mas isso para os juízes é: “… ter uma conduta correta para dar um ar de aparente inocência …”, numa altura em que ainda não se sabia que ia haver problemas com a justiça. Vai lá vai!
O caso Sócrates também começa a levantar muitas dúvidas. Qualquer pessoa que ouse ter alguma dúvida sobre a culpabilidade ou inocência de Sócrates é acusado nos pasquins de ser colaboracionista e também criminoso, aparece logo a sua fotografia e difamação nas capas dos lixos informativos, assim como da sua família e amigos.
Assim vale tudo! Isto que eu digo verifica-se todos os dias.
Portugal é um país original em muitas coisas, uma delas é no cumprimentos e/ou não cumprimento de regras. Cada um acha-se no direito de cumprir ou não as regras estabelecidas em função da sua própria vontade. São exemplos disto os horários das reuniões e dos encontros, ou mesmo das próprias leis. E isto acontece quase sem consequências.
Há sempre uma maneira de não cumprir uma lei, quanto mais não seja, pelas próprias exceções que a lei estabelece. Convém relembrar que as leis são feitas pelos deputados consultores de gabinetes de advogados que depois são chamados para interpretar a lei à vontade dos seus interesses, dos seus clientes e dos seus amigos.
O exemplo mais recente e mais mediático foi o fim de prazo de inquérito do processo em que está envolvido José Sócrates. O prazo, já dilatado pela complexidade do processo (e que já estava consolidado há quase um ano), terminou em 19 de outubro de 2015.
Estamos em finais de novembro e nada. Nem acusação nem arquivamento. Agora diz o ministério público e alguns comentadores convenientes, que os prazos escritos na lei como “máximos” são meramente indicativos.
Veja-se na prática o que isto significa. A velocidade máxima nas autoestradas é de 120 quilómetros por hora, mas será apenas um valor indicativos. Os carros de boa cilindrada sentem-se no direito de circular a 160 km/h ou mais. Até acendem as luzes a quem vai a cumprir a velocidade estabelecida. Portanto sentem que estão dentro da razão.
Para abreviar vou mostrar exemplos mais fáceis de demonstrar a falsidade da interpretação dos máximos “indicativos”.
Em vez de palavras fiquem com os vídeos:
Altura indicativa 1:
Altura indicativa 2:
Agora vão perguntar ao Alex e aos advogados e juízes pafiosos o que têm a dizer aos motoristas destes camiões. Podem continuar a passar nas pontes baixas porque os avisos de altura máxima são apenas indicativos, tal como prazos da justiça portuguesa? São estes especialistas que eu não gostaria de ver a conduzir camiões, a pilotar aviões, a fazer intervenções cirúrgicas, ou sequer a cortar o meu cabelo. São um perigo para a natureza e uns inúteis.
Nota: De um país que elegeu duas vezes o presidente que temos em Belém, o que era de esperar?
Boi de piranha é uma expressão utilizada no Brasil para caricaturar a situação dos políticos sacrificarem um dos seus para distrair a justiça e a opinião pública deixando os restantes do seu grupo na paz e sossego para continuarem ou esconderem as suas tropelias.
O termo tem origem numa técnica utilizada pelos grandes criadores de gado do Brasil que consiste em deitar um boi para um rio que esteja infestado de piranhas, normalmente um boi escolhido por ser mais fraco ou mais velho. Enquanto todas as piranhas se ocupavam o comer o chamado “boi de piranha” o resto da manada pode passar o rio sem perigo de mordidelas das piranhas.
O mesmo que aqui refiro parece estar a ser feito com Miguel Macedo do PSD. Este antigo deputado e ministro da administração interna foi nitidamente atirado às piranhas da justiça e da comunicação social. Deste modo pretende-se passar a manada do resto dos malfeitores do partido (Marcos Antónios Costa, Menezes pai e filho, Migueis Relvas, Dias Loureiros, etc., etc.).
Estas capas não têm outro significado?
5 Nov. 15
8 Nov. 15
É sempre de desconfiar quando as notícias são repetidas e dadas de forma sensacionalista, como também foi acontecendo com Sócrates. Escolhe-se a fotografia mais desfavorável e umas letras bem gordas. O conteúdo da notícia pode dizer o contrário, ou nada, porque pouca gente lê e sempre dá geito para desculpa perante a justiça. A lavagem ao cérebro dos mais distraídos é uma técnica praticada por jornalismo de sarjeta, diga-se, com grande eficácia e profissionalismo. Também existe o termo do "crime perfeito", nestes casos as difamações perfeitas.
O que acho, quer para os da minha simpatia política, quer para todos os outros:
- Enquanto os casos estão nas mãos da justiça, não interessa, não se deve, nem se pode, estar a deitar lama para cima das pessoas.
As suspeitas são suspeitas, só depois de provadas, se forem provadas, é que se tornam crimes.
Correio Manhoso perseguido – quem acredita? Coitadinhos!
Depois da detenção de Sócrates no aeroporto da Lisboa em 22 de novembro de 2014, o Correio Manhoso publicou capas consecutivas com a cara de Sócrates durante mais de dois meses. Digo consecutivas é mesmo todos os dias, todas as edições. Nenhum outro jornal fez tal coisa nem parecido.
Veja-se em, Prémio Jornalismo de Sarjeta 2014
http://eu-calipto.blogs.sapo.
O pior é que iam aparecendo muitas “mentiras?”, mas muitas coisas que só poderiam vir do sistema de justiça, como se veio a comprovar mais tarde. Isto constituiu uma campanha de julgamento popular que condicionou a própria justiça, se é que não foi propositadamente alimentada por alguns elementos da justiça. Foi o julgamento popular chinês à moda portuguesa (manhosa). Ficou visto e provado que o super juiz almoçou pelo menos uma vez com jornalistas do grupo do Correio Manhoso. Nada de mal, mas que levanta suspeitas isso é inegável. Cada um tem os amigos que merece.
Os advogados de Sócrates não podiam desmentir as notícias do Correio Manhoso, não só porque isso os obrigasse a dizer o que estava realmente no processo, mas porque eles próprios não tinham acesso aos detalhes da acusação e às provas recolhidas. Só o Correio Manhosos sabia tudo e passava aos outros meios de comunicação social.
A cegarrega continuou mais ou menos continuamente, alguns dias de descanso ou notícias requentadas em letras muito pequeninas, até ao dia em que o tribunal da relação obrigou ao fim do segredo de justiça para os arguidos, 17 de outubro de 2015.
Depois desta data começaram a aparecer todos os dias grandes capas do Correio Manhoso com informações do processo. Até que o tribunal da relação aprovou em 27 de outubro uma providência cautelar a proibir os “sarjetos” de continuar a publicar peças do processo em segredo.
O que aqui aparece, ou são coisas tiradas do segredo de justiça, ou são mentiras. As duas opções são crime!
O Tribunal da Comarca de Lisboa deferiu na terça-feira, 27 outubro, a providência cautelar interposta pela defesa de José Sócrates para impedir a divulgação de notícias relacionadas com o processo "Operação Marquês" pelo grupo Cofina, proprietário do Correio da Manhã.
Segundo escreveu Eduardo Dâmaso (CM), “Numa democracia que tem a liberdade de imprensa e de expressão como pilares, este tipo de silenciamento aproxima-se perigosamente da ideia de censura prévia".
Esta providência cautelar só foi pedida para alguns órgão de (des)informação, diga-se Grupo Cofina (os mal-cheirosos). Surpresa geral? Mas é não querer ver a realidade, penso eu.
O segredo de justiça foi aberto só para os interessados. Supresa sim, é:
“Operação Marquês - A lista de assistentes inclui jornalistas de quatro órgãos de comunicação social: “Correio da Manhã”, “Sol”, “i” e “Sábado”.
O quê? A que propósito? Com que utilidade?
Mas o segredo continuou a ser obrigatório para a sociedade em geral. Isto é a lei. Quem deve julgar são os tribunais, por muito que não confiemos neles (ou nalguns juízes).
Os jornalistas comentadores, tipo Rodrigues dos Santos & Comp. Lda., começaram aos berros que está a haver censura, blá, blá, blá.,
Logo a estratégia dos manhosos mudou e agora são as vítimas de perseguição. Os coitadinhos!
As virgens ofendidas. Mas mesmo assim não deixam de continuar a tomar a mesma droga e a servir o mesmo veneno aos outros. Optam agora por denegrir os juízes e todos os que ousem dar opinião contrária. Isto é a vingança à moda dos mafiosos. Aparece logo a vida privada, a fotografia, a difamação, o mal dizer. Um nojo. Um mau cheiro que não se aguenta.
Só não vê quem não quer ver.
O semanário Expresso tem sido um dos jornais mais credíveis e sérios da imprensa portuguesa, honra seja feita aos seus dirigentes e profissionais.
Mas, como diz o povo, no melhor pano pode cair uma nódoa.
Explico.
A palavra “Sócrates”, ou a sua fotografia, ajudam a vender jornais. Um acontecimento que nada tem a ver com Sócrates tem Sócrates no título da notícia e toda a gente é levada a ler, os que gostam e os que não gostam.
De vez em quando também o Expresso ensaia esta estratégia suja, nojenta, do Correio da Manha & Comp. Lda. Não com muita frequência felizmente mas hoje aconteceu.
http://expresso.sapo.pt/sociedade/2015-10-24-Caso-Socrates-custa-33-mil-a-Mourinho
Para além da ignorância do jornalista, que diz que José Mourinho é treinador do Manchester, ainda dá erros de ortografia, “... conservatória fo registo predial …”.
Um parágrafo infeliz para o jornalista Micael Pereira. Um deslise. Este profissional até tem outros artigos equilibrados e bem escritos.
Apenas se faz este reparo no sentido construtivo. Um aviso de amigo: – Expresso, não vá por aí! Esse caminho está todo cheio de parasitas e porcaria mal cheirosa.
Veja-se a vergonha de jornalismo que existe, e vende, e vende, e vende muito.
Operação Marquês
A lista de assistentes inclui jornalistas de quatro órgãos de comunicação social: “Correio da Manhã”, “Sol”, “i” e “Sábado”.
O quê? A que propósito? Com que utilidade?
Colocar a raposa a tomar conta do galinheiro?
Ou melhor,
Colocar manteiga em focinho de cão, esperando que o canídeo não estique e língua para fora da boca para lamber a manteiga, impossível, impensável, inacreditável, mas acontece.
Desde o fim do segredo de justiça no caso Marquês que o Correio Manhoso tem todos os dias detalhes do processo, aliás, nada de concreto no que diz respeito aos crimes, só chachadas.
Como é possível uma coisa em segredo de justiça estar acessível a jornais de sarjeta?
É ISTO O FIM DA IMPUNIDADE?
Lamente-se.
Fica uma dúvida em forma de humor. Será que os caixotes têm algo dentro?
Até ao dia de hoje isto continua verdade. Onde está a acusação?
Artigo de Clara Ferreira Alves* no Expresso, em 22 de novembro de 2014.
Podia ser publicado hoje e ainda estava atual.
(* Escritora e jornalista portuguesa. Licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra, trocou a advocacia pelo jornalismo e a escrita)
http://expresso.sapo.pt/opiniao/opiniao_clara_ferreira_alves/a-justica-a-que-temos-direito=f899406
Aqui fica a reprodução integral:
"A Justiça é antes de mais um código e um processo na sua fase de aplicação. Ou seja, obediência cega, essa sim cega, a um conjunto de regras que protegem os cidadãos da arbitrariedade. Do abuso de poder. Do uso excessivo da força. Essas regras têm, no seu nó central, uma ética. Toda e qualquer violação dessa ética é uma violação da Justiça. E uma negação dos princípios do Direito e da ordem jurídica que nos defendem.
Num caso de tanta gravidade como este, o da suspeita de crimes graves e detenção de um ex-primeiro-ministro do Partido Socialista, verifico imediatamente que o processo foi grosseiramente violado. Praticou-se, já, o linchamento público. Como?
1) Detendo o suspeito numa operação de coboiada cinemática, parecida com as de Carlos Cruz e Duarte Lima, a uma hora noturna e tardia, num aeroporto, quando não havia suspeita de fuga, pelo contrário. O suspeito chegava a Portugal. Porque não convocá-lo durante o dia para interrogatório ou levá-lo de casa para detenção?
2) Convidou-se uma cadeia de televisão a filmar o acontecimento. Inacreditável.
3) Deram-se elementos que, a serem verdadeiros, deviam constar em segredo de Justiça. Deram-se a dois jornais sensacionalistas, o "Correio de Manhã" e o "Sol", que nada fizeram para apurar o que quer que seja. Nem tal trabalho judicial lhes competia. Ou seja, a Justiça cometeu o crime de violação do segredo de Justiça ou pior, de manipulação do caso, que posso legitimamente suspeitar ser manipulação política dadas as simpatias dos ditos jornais pelo regime no poder. Suspeito, apenas. Tenho esse direito.
4) Leio, pela mão da jornalista Felícia Cabrita, no site do "Sol", pouco passava da hora da detenção, que Sócrates (entre outros crimes graves) acumulou 20 milhões de euros ilícitos enquanto era primeiro-ministro. Alta corrupção no cargo. Milhões colocados numa conta secreta na Suíça. Uma acusação brutal que é dada como certa. Descrita como transitada em julgado. Base factual? Fontes? Cuidado no balanço das fontes, argumentos e contra-argumentos? Enunciado mínimo dos cuidados deontológicos de checking e fact-checking? Nada. Apenas "o Sol apurou junto de investigadores". O "Sol" não tem editores. Tem denúncias. Violações de segredo de Justiça. Certezas. E comenta a notícia chamando "trituradora" de dinheiro aos bolsos de Sócrates. Inacreditável.
5) Verificamos apenas, num estilo canhestro a que a biógrafa de Passos Coelho nos habituou (caso Casa Pia, entre outros) que a notícia sai como confirmada e sustentada. Se o Watergate tivesse sido assim conduzido, Nixon teria ido preso antes de se saber se era culpado ou inocente. No jornalismo, como na justiça, há um processo e uma ética. Não neste jornalismo.
6) Neste momento, não sei nem posso saber se Sócrates é inocente ou culpado. Até prova em contrário é inocente. In dubio pro reo. A base de todo o Direito Penal.
7) Espero pelo processo e exijo, como cidadã, que seja cumprido à risca. Não foi, até agora. Nem neste caso nem noutros. Isto assusta-me. Como me assustou no caso Casa Pia. Esta Justiça de terceiro mundo aterroriza-me. Isto não acontece num país civilizado com jornais civilizados. Isto levanta-me suspeitas legítimas sobre o processo e a Justiça, e neste caso, dada a gravidade e ataque ao regime que ele representa, a Justiça ou age perfeitamente ou não é Justiça.
8) Verifico a coincidência temporal com o Congresso do PS. Verifico apenas. Não suspeito. Aponto. E recordo que há pouco tempo um rumor semelhante, detenção no aeroporto à chegada de Paris, correu numa festa de embaixada onde eu estava presente. Uma história igual. Por alturas da suspeita de envolvimento de José Sócrates no caso Monte Branco. Aponto a coincidência. Há um comunicado da Procuradoria a negar a ligação deste caso ao caso Monte Branco. A Justiça desmente as suas violações do segredo de Justiça. Aponto.
9) E não, repito, não gosto de José Sócrates. Nem desgosto. Sou indiferente à personagem e, penso, a personagem não tem por mim a menor simpatia depois da entrevista que lhe fiz no Expresso há um ano. Não nos cumprimentamos. Não sou amiga nem admiradora. É bizarro ter de fazer este ponto deslocado e sentimental mas sei donde e como partem as acusações de "socratismo" em Portugal.
10) As minhas dúvidas são as de uma cidadã que leu com atenção os livros de Direito. E que, por isso mesmo, acha que a única coisa que a Justiça tem a fazer é dar uma conferência de imprensa onde todos, jornalistas, possamos estar presentes e fazer as perguntas em vez de deixar escorregar acusações não provadas para o "Correio da Manhã" e o "Sol". E quejandos. Não confio nestes tabloides para me informarem. Exijo uma conferência de imprensa. Tenho esse direito. Vivo num Estado de Direito.
11) Há em Portugal bom jornalismo. Compete-lhe impedir que, mais uma vez, as nossas liberdades sejam atropeladas pelo mau jornalismo e a manipulação política.
12) Vou seguir este processo com atenção. Muita. Ou ele é perfeito, repito, ou é a Justiça que se afundará definitivamente no justicialismo. Na vingança. No abuso de poder. Na proteção própria. O teste é maior para a Justiça porque é o teste do regime democrático. E este é mais importante que os crimes atribuídos a quem quer que seja. Não quero que um dia, como no poema falsamente atribuído a Brecht, venham por mim e não haja ninguém para falar por mim. A minha liberdade, a liberdade dos portugueses, é mais importante que o descrédito da Justiça. A Justiça reforma-se. A liberdade perde-se. E com ela a democracia".
CONCLUSÃO
Uma das boas formas de saber se alguém é intelectualmente sério e competente é ler o que escreveram como previsão do futuro em dias passados. Assim podemos verificar se acertaram. Lembro Paulo Portas no parlamento em 2006 a insultar Ferro Rodrigues, que ainda se havia de lamentar quando fossem mostradas as provas das armas de destruição maciça que deram origem à guerra do Iraque. Bom, até hoje nada! Ferro Rodrigues ainda não teve de se arrepender por duvidar.
Genial ! Genial !
Parabéns Sr. Dr. Carlos Carreiras.
Mas não há dinheiro para limpar os espaços verdes.
Alguma coisa não bate certo.
Porque não prendem este senhor para investigar?
Coloquem escutas e vasculhem as contas bancárias ...
Os motivos de prisão de Armando Vara no processo Marquês não podem ser conhecidos porque estão em segredo de justiça. excepção feita por especial favor ao Correio Da Manhã e revista Sábado. (Desta vez o Sol não conseguiu nada. Felícia Cabrita, desde o livro do Homem Invulgar, foi-se abaixo).
Mas o acórdão do processo Face Oculta já não está em segredo de justiça. Qualquer um pode ler, mas não se encontra facilmente.
Podem consultar e imprimir aqui (clicar):
págs. 874 a 877
Escuta a Armando Vara ocorrida em 18-06-2009, pelas 22.17 horas, entre Francisco Bandeira e Armando Vara, cujo teor é o seguinte:
Pág. 874
“Armando Vara - Sim.
Francisco Bandeira - Ó pá. Desculpa lá estar-te a chatear.
Armando Vara - Então ?
Francisco Bandeira - Ó pá tu sabes alguma… oh, a gaja demitiu o Cardoso dos Reis. Então, a três meses das eleições vai demitir o gajo !
Armando Vara - Como é que é ?
Francisco Bandeira - Oh pá, demitiu o gajo. Eh pá diz que foi o Primeiro Ministro e (imperceptível)… eh pá, um gajo nosso… (imperceptível), desde há trinta anos, é pá, esta merda está porreira, pá, um gajo dá tiros nos pés, carago.
Armando Vara - Coisa esquisita !
Francisco Bandeira - (imperceptível) jantar com o gajo ao galito ou o carago.
Armando Vara - Mas demitiu com que justificação ?
Pág.875
Francisco Bandeira - Oh pá, não sei, pá… não estive com o gajo, pá. “É preciso mudar nesta altura, pá, é preciso mudar !”
Armando Vara - É pá, vou fazer… vou mandar uma mensagem, o gajo está lá pr’a…
Francisco Bandeira - Uhh ?
Armando Vara - Vou mandar uma mensagem.
Francisco Bandeira - A quem ? Ao gajo ?
Armando Vara - Não. Ao Primeiro.
Francisco Bandeira - É pá, vê lá isso, pá.
Armando Vara - Tá, tá, até já. (…)
Armando Vara - Até logo.” (Produto 253, do Alvo 1X372M).
A segunda conversa ocorreu logo na manhã do dia seguinte (19-06-2009, pelas 11.08 horas), entre o depoente Francisco Cardoso dos Reis e Armando Vara, cujo teor do diálogo é o seguinte:
“Armando Vara - Francisco !
Francisco Reis - Tás bom ? (…)
Armando Vara - Já foste…
Francisco Reis - (imperceptível)… Se ?
Armando Vara - Já foste notificado que continuas ?
Francisco Reis - Não. É pá, eu só queria saber o que, a tua opinião. Eu tenho uma carta feita a pôr o meu lugar à disposição do Governo…
Armando Vara - Ehh !
Francisco Reis - …com o meu sentido de lealdade que tenho que ter.
Armando Vara - Oh pá, mas… (imperceptível).
Francisco Reis - O Senhor Primeiro Ministro, pá…
Armando Vara - Sim !
Francisco Reis - …o Senhor Primeiro Ministro quer fazer alterações e eu imediatamente ponho o lugar à disposição. Ponto final.
Pág. 876
Armando Vara - O Primeiro Ministro hoje deve, deve… já falou ao Mário Lino, já ficou fodido com o assunto, não é ! E, tanto quanto eu percebo, já deu instruções para parar tudo. O movimento do não sei quê e o caraças…
Francisco Reis - É pá, eu acho isto uma loucura completa. A gaja passou-se dos cornos, pá.
Armando Vara - Ah ! Ah ! A gaja é tola.
Francisco Reis - Ela passou-se dos cornos, pá… (imperceptível).
Armando Vara - O que foi que ela te disse ? O que é que ela te disse ? Que ias sair dali, prós, prós Portos ?
Francisco Reis - Ela disse-me, ela disse-me o seguinte: “Olha, tenho duas notícias para ti. Uma boa e uma má. A má é que o, isso sabes como é que é estas coisas, o Primeiro Ministro, o Ministro querem fazer alterações e mais não sei que mais, pá, portanto nós temos que mexer aqui nas empresas, pá, e tu devias sair da CP. É pá, a boa notícia é que vais para administrador do IPTM.”
Armando Vara - Uh !
Francisco Reis - Eu disse: “É pá, olha. Eh, a minha resposta é a seguinte: vou pensar, eh, há uma coisa que eu te digo. É que não te vou deixar pendurada, nem ó Governo. Portanto, ah… das duas uma: ou saio porque vou para outro sítio, pá… eh, ou aceito aquilo que me… (imperceptível)”
Armando Vara - Uh !
Francisco Reis - Não te vou é entalar-te e deixar-te numa situação, eh, eh, delicada. Da forma como ela me diz, pá, eu, eu penso, o Mário Lino está por trás disto e o Sócrates também. Portanto, é pá.
Armando Vara - Não. O Sócrates não estava, pá. Então mandei-lhe a mensagem, quando soube… mandei-lhe a mensagem e já me ligou hoje de manhã.
Francisco Reis - Eu vi…
Armando Vara - Já me ligou de manhã, não é !
Francisco Reis - Eu estava com o Bandeira lá no, no Galito… estávamos a comer.
Armando Vara - Não. Aguarda, pá, aguarda. É evidente que os lugares, estes lugares estão sempre à disposição, não é !
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Francisco Reis - Pois, é pá… e eu é só dizerem-me para sair que sou um gajo bem mandado, pá, tudo porreiro e mais não sei quê. O problema, sabes qual é ? É que, eh, eh, o próximo Conselho de Ministros vai ser a última oportunidade que há de nomear administradores públicos, eh, porque no período que medeia a convocação de eleições e… (imperceptível)…
Armando Vara - Não vai nomear, tá descansado.
Francisco Reis - …não pode nomear ninguém, pá.
Armando Vara - Está descansado que ele não vai nomear, pá.
Francisco Reis - Eu, eu percebo isso, pá. Agora a loucura da gaja, pá, num… não se percebe, pá… não se percebe.
Armando Vara - Vais-te manter onde estás, pá, tudo ok, pá.
Francisco Reis - Bom. Ó Armando. Eh, como… como deves imaginar, eh..
Armando Vara - Se houver novidades manda-me um toque, está bem ?
Francisco Reis - Tá bem. Como deves imaginar eu agora vou, vou ser atacado pela gaja todos os dias, mas vou-me aguentar.
Armando Vara - Não vais, ó pá, não vais nada. Ela nem sabe que foste… ela nem sabe de nada, pá… não é ? O assunto foi exposto ao Primeiro Ministro… O Primeiro Ministro disse que tenham… tenham juízo.
Francisco Reis - Eu vou mas é…
Armando Vara - Tá ?
(…)
Francisco Reis - Bom dia, adeus.”
(Produto 253, do Alvo 1X372M).
O teor destas conversas vai de encontro ao que, antes da sua própria audição, foi explicado pela testemunha Francisco Cardoso dos Reis quanto à intervenção de Armando Vara (que ele assumiu nessa conversa telefónica) na sua manutenção na presidência do CA da CP, ao contrário do que lhe havia sido comunicado pela sua tutela directa, a Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, invocando esta a vontade do respectivo Ministro e do próprio Primeiro Ministro.
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Conclusão (minha)
Assim podem compreender melhor como se faz a justiça em Portugal e como se condena quem se quiser com coisas destas.
=> Condenação a 5 anos de prisão efetiva por tráfico de influências.
Conversas privadas entre pessoas que se conhecem, embora mostrem um certo jogo de influências, uma linguagem muito livre, quem atira a primeira pedra de nunca ter falado ao telefone com amigos sobre outros amigos?
Estaria mais de meio Mundo preso.
Só espero que desta vez não seja por coisinhas pescadas com tanto esforço.
Ou provam crimes a sério, ou ficamos com esta sensação de mal estar no estômago de poderem estar a condenar alguns inocentes, como aconteceu nos processos Casa Pia e Face Oculta.
Quantos recursos gastos para fazer escutas, horas, dias e meses, para depois escolher umas partes destas quase ridículas , em vez de usar os "poucos" meios disponíveis para investigar os milhares de milhões desaparecidos nos submarinos e nos bancos BPN e BES, Câmara de Gaia, subsídios a técnicos de aeroportos que não têm atividade, etc., etc., etc., etc., etc.
Este processo, tal como o outro, não é político, pois não?
Então é o quê? Talvez uma doença mental ... !
O caldo está entornado entre a Ministra da Justiça e os juízes e magistrados.
A ministra diz que não pode pagar os aumentos pedidos.
Os sindicatos dos “justiços” cortam relações com a ministra, mas dizendo que não é por questões salariais.
Mas afinal no que ficamos?
Em janeiro de 2015 saíram nas TVs estas notícias, não desmentidas:
http://eu-calipto.blogs.sapo.pt/aumentos-para-pagar-o-que-151002
(6 janeiro 2015)
que aqui repito,
Dizem as más línguas que Sócrates começou a ser perseguido pelos “justiços” porque lhes tirou as férias de 3 meses.
Agora a ministra da justiça está a pedi-las. Nem sabe com quem se está a meter.
Começam a aparecer as fugas de informação sobre a investigação da Marco António (vice-presidente do PSD) e hoje contra Miguel Macedo.
Temos de concordar com a frase do advogado de Sócrates, João Araújo:
“Estupidez dos que pensam que os crocodilos poupam ao jantar os que os deixaram almoçar em paz”.
http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=4572231&opiniao=Convidados
E é mesmo assim.
Sócrates - Os truques da justiça e/ou da defesa, ou ambos!
Segredo de justiça? Onde?
Dois jornalecos publicaram transcrições do interrogatório a Sócrates realizado pelo procurador Rosário Teixeira no dia 27 de junho de 2015.
Foi de imediato aberto um processo de investigação à violação do segredo de justiça.
Alguém falou para onde não devia e sobre o que não podia.
Os apoiantes de Sócrates dizem que está visto que só pode vir do sistema de justiça.
Acontece que os serviços do Ministério Público se apressaram a dizer que tinham dado aos advogados de Sócrates uma cópia das gravações do interrogatório, portanto abrem a porta à possibilidade de ter sido a defesa a violar o segredo de justiça.
Em quem acreditar? Receio bem que cada um decida a favor das suas simpatias pessoais! Eu também …, sou um deles. Tenho a minha ideia.
O que me espanta seria que a defesa de Sócrates fosse confiar nos jornais mal cheirosos que mais perseguição têm feito a Sócrates – Correio da Manha e revista Sábado. Nem mais nem menos, foram só estes a revelar as conversas, nenhum outro jornal. Vejam o risco que os advogados corriam se confiassem nos jornais que eles tanto odeiam. Era uma boa cilada para acabar de vez com os advogados, bastava o jornaleiro ter seguido o rasto de chegada da informação. Só se os advogados fossem malucos, acho eu.
Por outro lado, a partir do momento em que o sistema de justiça (procurador ou seus funcionários) deram uma cópia do inquérito aos advogados sentiram-se livres para passar as informações por baixo da mesa aos informadores habituais. Nada lhes pode acontecer agora. A verdade só se saberá se o culpado cometer um dia um erro fortuito muito evidente.
Estejamos portanto preparados para nunca saber a verdade, sabendo que alguém está a mentir.
Conclusão
Justiça nunca haverá. Há muito que se finou. Não percam mais tempo com isto!
Eu sei uma maneira de desvendar a origem das fugas de informação e violação do segredo de justiça. Era prender o jornalista até ele dizer quem lhe passou a informação. Pelo menos não estávamos a condenar um inocente mas um colaborador próximo do criminoso e também criminoso. Com Felícia Cabrita e Octávio Ribeiro na prisão queria ver se mais alguém abria a boca.
A minha? Não! A de Isaltino Morais.
Enquanto não estiver no youtube têm de clicar no link.
NãO conhecimentos sobre o assunto para poder dar uma opinião a culpar ou a desculpar Isaltino. Mas gostei de ouvir as razões dele por viva voz e não pelos jornalecos.
Algumas coisas que ele diz são verdade. Os juízes são vulneráveis à opinião pública feita pelos jornais de sarjeta. Depois do julgamento popular a justiça mostra ter muita dificuldade em fazer um juizo justo e independente.
Cada um faça o seu julgamento.
Quem manda nos países?
Quem manda é quem tiver o poder para prender e para libertar uma pessoa da prisão, quem puder entrar na nossa casa para revistar tudo e retirar o que quiser, quem puder ouvir as nossas conversas telefónicas e saber das nossas contas bancárias e dos nossos amigos, quem decidir o que está bem e o que está mal. O poder está em quem pode fazer tudo isto e não lhe acontecer nada, nem puder ser criticado quando se engana.
Então quem é “quem”? São os reis? Sim, mas só nos países mais “atrasados”.
No passado os reis tinham o poder sobre tudo e todas as coisas. Podiam mandar matar e prender, retirar os bens, torturar as pessoas, etc., etc. Não se podia colocar em dúvida a autoridade ou a justeza das decisões dos reis. Eram reis pronto.
Depois quem passou a mandar foi a igreja, a que se seguiram os ditadores, depois os governos das repúblicas. Uma longa história…
Agora nas chamadas “democracias” quem manda em tudo é uma autoridade sem rosto a que se chama, por ironia do destino, “justiça”. Eu disse nos países ditos “civilizados”.
Pois a justiça é que tem o poder nos dias de hoje, até para matar nalguns sítios. Para o bem e para o mal.
Estes senhores podem interrogar quem lhes apetecer, com a boa desculpa das suspeitas de alguma coisa menos “legal”. Podem ir buscar uma pessoa a sua casa, levar para a prisão e manter lá meses ou anos. Podem escutar as nossas conversas telefónicas, ler as cartas e mensagens que enviamos ou recebemos dos nossos amigos e familiares, ver as nossas contas bancárias. Retirar os nossos bens. Podem condenar com poucas ou nenhumas provas.
Ninguém está livre desta nova “máquina trituradora” das sociedades.
Quando alguém não está satisfeito com uma decisão da justiça pode fazer um recurso para outros. Sim. Por vezes resulta, mas é um jogo de sorte ou azar. A decisão final, a que tem de se chamar “verdade” depende também da avaliação de pessoas falíveis, que podem ter simpatias ou antipatias com quem decidiu antes dele. A prova disto é com frequência, para um mesmo julgamento, haver decisões completamente contraditórias/contrárias.
Mas se eles se enganarem nalguma decisão alguma coisa lhes acontece? Pouco ou nada, pois quem os vai avaliar são outros colegas e amigos. Toda a gente sabe que na mesma classe há a tendência para pensar que hoje foi o meu colega que se enganou e sou eu a julgá-lo, mas amanhã posso ser eu a enganar-me e ser ele a julgar.
Aliados ou ferramentas do poder => comunicação social.
Portanto, como conclusão, voltamos à lei mais básica da natureza, mais importante do que ter amigos e ser sério é ter sorte.
Na verdade a nossa existência na Terra é um jogo de sorte ou azar. Podemos ficar doentes dum dia para o outro, quer sejamos boas pessoas ou más pessoas. Pode cair um avião na nossa cabeça ou um meteorito, sem termos feito nada de mal a ninguém.
Mas, por que razão isto acontece e poucos se indignam?
O advogado João Araújo deu a resposta adequada. A razão da passividade e cumplicidade de muitos deve-se à “Estupidez dos que pensam que os crocodilos poupam ao jantar os que os deixaram almoçar em paz.”.
http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=4572231&opiniao=Convidados
No fim, no fim, vamos todos para um buraco escuro e sujo e tornamo-nos em pó, sejamos justos ou pecadores.
Vivam bem. Tenham muita sorte.
Muuiiinnta sorte...
Industrial de sucesso.
Outro Homem Invulgar
Mas,
http://visao.sapo.pt/os-tres-pecados-de-dias-loureiro=f819508
Procurador Rosário Teixeira?
Não fez nada?
Hummm, já vi o filme.
Dali só dá Sócrates.
Já começamos a estar habituados, que dos países “civilizados”, aqueles que nos dão ralhetes e “bons” conselhos, por vezes vêm os piores exemplos.
Criminosos e assassinos em série, o que não há memória de ter acontecido nos países atrasados e desorganizados do Sul.
Só alguns exemplos:
Finlândia
Pekka Eric Auvinen. Massacre na escola Jokela em 7 de novembro de 2007 - matou 8 pessoas numa escola.
Noruega
Anders Behring Breivik assassinou a tiro, em 22 de Julho de 2011 , 85 jovens num encontro da Juventude do Partido Trabalhista.
Bélgica
O pedófilo Marc Dutroux, entre 1995 e 1996, sequestrou, torturou a abusou sexualmente de 6 meninas e matou 4 delas.
Alemanha
Em 2011, Detlef Spies foi condenado a 14 anos e meio de prisão por ter violado, durante mais de 20 anos, a filha, o enteado e a enteada, de quem teve oito filhos.
Áustria
Josef Fritzl, foi condenado em 2009 a prisão perpétua por ter sequestrado e violado a filha durante 24 anos e ter tido sete filhos dela.
Agora em 2015, da Alemanha, temos o supremo exemplo da maldade humana. Um co-piloto de uma das melhores companhias aéreas de aviação, Andreas Lubitz leva intencionalmente para a morte 150 pessoas que nem sequer conhecia nem tinha nenhum motivo contra elas.
Dos Estados Unidos é melhor nem falar, é outro campeonato.
Aqui na velha Europa, deixem os países do Sul serem atrasados, pelo menos no que diz respeito à violência extrema. “Preguiçosos” mas com espírito mais humano e solidário.
Uma Santa Páscoa.