Para os juizes portugueses, crianças maltratadas em centenas de crimes sexuais e mortes com desaparecimento de cadáveres é quase a mesma coisa do que roubar nas pesagens de umas poucas toneladas de entulho e ferro velho.
Rei Ghob 17 anos, Godinho 15 anos.
Critérios
Porque é que eu estou muitas vezes contra os juizes e o ministério público? Porque li os acordãos dos Processos Casa Pia e Face Oculta e fiquei a saber que é fácil condenar inocentes, ou acusar e condenar sem provas, desde que a comunicação social de sarjeta ajude.
Noutros casos há uma inexplicável complacência, como acontece com crimes de mortes violentas. Rei Ghob é a cereja em cima do bolo. 17 anos! Ao fim de 9 anos diz que está arrependido e fica livre. Um inocente, se insiste que está inocente vê a pena agravada.
Desta vez faço um desafio, para os leitores treinarem a sua perspicácia.
Trata-se de dar resposta a uma adivinha.
Garanto que não é difícil.
Descubram a que jornal diz respeito a notícia destacada com a bola vermelha na figura abaixo. A notícia saiu no mesmo dia em todos eles.
Têm três hipóteses.
Então?
Ver capa
Depois,
O mais importante do desmentido
http://www.sol.pt/noticia/402958
"- que a vossa redactora, ao atribuir-me um investimento de "dois milhões" estava a elaborar num erro primário ou de má-fé, que consistia em somar todas as poupanças que fui depositando ao longo de anos no tal fundo, sem somar correspondentemente as saídas, chegando então a um "investimento" único de dois milhões - cuja conta nem sequer sei se está certa. Ou seja: transformaram liquidez em investimento e somando todas chegaram a um montante único que se refere a centenas de produtos diversos mas que foram todos reduzidos ao "chapéu" do GES, para assim tentar sacar um "escândalo" a partir do nada..."
Nota: Vergonhoso e nojento é ler os comentários de alguns leitores. Na verdade nem vale a pena ler.
Conclusão
Quando duas opiniões não coincidem só duas coisas podem acontecer: 1. Ou um deles está a dizer a verdade e o outro a mentir; 2. Ou os dois estão a mentir.
A possibilidade de os dois dizerem a verdade é impossível.
Neste caso opto por acreditar em Miguel de Sousa Tavares, 99 contra 1. Não me parece que um escritor se fosse arriscar a negar uma coisa que pudesse facilmente ser provada que era verdade. Já de um pasquim desesperado para se salvar da falência tudo se pode esperar.
Se somarem todos os depósitos do meu vencimento ao longo de um ano e dissessem que era o meu investimento nesse banco seria obviamente uma grande mentira, porque entretanto houve levantamentos para a minha vida diária. Ao final do ano tenho o mesmo dinheiro, ou até posso ter menos.
Manipular informação é actualmente uma forma de ganhar a vida, porque até os desmentidos das mentiras dão lucro. O que é preciso é vender. Ética, deontologia e honestidade intelectual? Mas o que é isso para essa gente?
Sacado do O Inimigo Público: http://inimigo.publico.pt/
Aqui não há o "podia ter acontecido". Metade das coisas ditas aconteceram mesmo. Foi Marcelo que disse na missa da TV I que Portas era ... . O Ministério Público aceitou mesmo a queixa de Mário Machado.
Criticar os erros da justiça é desacreditá-la, ou é dar contribuição para a melhorar?
Criticar os exageros e mentiras da comunicação social, é estar contra ela ou é uma forma de distinguir os bons dos maus jornalistas?
São estas as perguntas que quase ninguém faz, porque não são politicamente correctas ou pelo menos socialmente oportunas.
Parece que em Portugal ninguém quer dizer que o rei vai nu, mesmo que o vejam completamente em pelota. Ninguém quer ter opinião contrária à opinião dominante e induzida pela comunicação social.
Onde quero chegar? Aos processos mediáticos dos últimos anos! Às suas verdades e às suas nentiras.
Agora com a opinião pública com ideia já formada, como vai a justiça sair disto se não encontrar provas de tudo o que se disse? Ou tem de julgar e condenar inocentes ou irregularidades menores (para salvar a sua Face), ou passará mais uma vez por incompetente ou perdulária para com os “criminosos”.
Este dilema da justiça resulta de culpa própria, pois foram eles que permitirem e alimentaram a acusação prematura e os julgamentos feitos na comunicação social antes de serem feitos nos tribunais.
Depois quando os tribunais não provam os graves crimes que toda a gente já julgou, lá vêem as frases feitas:- “Os grandes safam-se sempre”; “A justiça nunca apanha ninguém”; etc.
Em Portugal todos parecem ter medo da verdade! Criam-se as condições para a verdade não ser aceite e a justiça não ser feita. A justiça vive condicionada pela comunicação social e pela opinião pública. A comunicação social vende a alma ao diabo para salvar a carteira, pois os jornalistas com carácter e responsabilidade vendem menos jornais e têm menos audiências do que os imbecis e irresponsáveis sem carácter.
Está tudo ao contrário! Há medo ou não conveniência de admitir a verdade. Há interesses escondidos. Há politização da justiça como admitiu Noronha do Nascimento.
Falta coragem à justiça! Falta coragem para se fazer justiça e para não culpar inocentes quando não há provas para condenar os culpados.